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Rodolfo Witzig Guttilla


Sócio-diretor da CAUSE, agência de advocacy e defesa de interesses públicos. Foi presidente do Conselho Deliberativo da Aberje, presidente executivo da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) e primeiro vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Foi diretor de Comunicação da Natura. Presidiu e foi conselheiro de organizações internacionais, como Union for Ethical Biotrade, Global Reporting Initiative e World Federation of Direct Selling Association.

Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura

              Publicado em 29/07/2015

Há um mês, representantes do setor privado e da sociedade civil (1) lançaram a “Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura”. Como celebrou o Instituto Arapyaú em recente newsletter, trata-se de “uma ótima notícia para o Brasil e para o mundo, em num ano decisivo para o tema das mudanças climáticas”.

Recentemente, cientistas de mais de cem países reuniram-se em Paris, entre 7 e 10 de julho, para discutir as alterações climáticas e propor um calendário para a diminuição de gases de efeito estufa (GEE), em evento preparatório para a 21ª Conferência da ONU sobre mudanças climáticas (COP 21), que ocorrerá na mesma cidade, em dezembro. O objetivo dessa iniciativa de alcance global é promover um novo acordo de forma a reduzir de 40% a 70% as emissões de poluentes causadores do efeito estufa, até 2050.

Tendo em vista o malogro da “Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas”, de Copenhague, em 2009, e a tibieza da agenda brasileira nessa conferência, o Brasil precisa ter papel preponderante em Paris, assumindo a liderança nesse debate.  E propondo um modelo de economia de baixo carbono, uma vez que possui a segunda maior área florestal do planeta, o maior estoque de biomassa, além de despontar entre as principais lideranças mundiais na produção de alimentos.

Nesse contexto de grandes transformações, a coalizão definiu quatro princípios que deveriam orientar a agenda brasileira no debate. São eles:

  1. a determinação de uma visão de longo prazo sobre as emissões;
  2. a definição da justa medida para a contribuição do Brasil para a redução da emissão de GEE;
  3. a razoabilidade (econômica, ambiental e social) para a diminuição das emissões do país;
  4. os mecanismos e incentivos econômicos para que os compromissos assumidos sejam viabilizados.

Dentre as propostas apresentadas a representantes do Poder Executivo, a coalização recomenda maior controle sobre a exploração e manejo de áreas florestais, eliminando a extração e o comércio ilegais de madeira (que ocorrem, especialmente, em áreas que deveriam ser preservadas). No caso do agronegócio, por sua vez, a coalizão sugere que a agenda governamental inclua incentivos para a recuperação de áreas degradadas para a produção de alimentos (com a adoção de técnicas que aumentem a produtividade e, ao mesmo tempo, diminuam a emissão de GEE); a criação de um cadastro federal integrado sobre o direito ao uso da terra e um plano de regularização fundiária e ordenamento territorial.

Como se vê, trata-se de iniciativa sem precedentes, reunindo organizações que, até recentemente, não dialogavam em torno de uma agenda econômica e socioambiental viável. Para o bem-estar da sociedade. E de nosso futuro comum.

Essa é a causa. Estou nessa. Vamos juntos?

 

  1. Participam da coalizão organizações como Akatu, Amata, AVINA, Basf, Biofílica, CAUSE, Companhia Siderúrgica Nacional, (CSN), Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Diálogo Florestal, Editora Abril/Planeta Sustentável, Embrapa Florestal, Fibria, Fundação Getúlio Vargas/Centro de Estudos da Sustentabilidade, Greenpeace, Grupo O Boticário, IMAFLORA, Instituto Arapyaú, Instituto Ethos, Instituto Semeia, Instituto Sócio Ambiental (ISA), Klabin, Natura, Observatório do Clima, Sociedade Rural Brasileira, SOS Mata Atlântica, Suzano, The Nature Conservancy (TNC), ÚNICA e World Wild Foundation (WWF), entre tantas outras que aderiram à iniciativa.

 


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1107

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