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COLUNAS


Varda Kendler
vkendler@hotmail.com

Mestre em Administração. Especializada em Marketing, Comunicação e Gestão Empresarial e Gestão Estratégica da Informação. Graduada em Publicidade e Propaganda.
Mais de vinte anos de experiência em Comunicação Organizacional e Marketing, em empresas de grande porte, em cargos de gestão. Atua também como consultora e professora.
Áreas de atuação: planejamento; comunicação integrada; comunicação interna e endomarketing; gestão de públicos estratégicos e crise; desenvolvimento pessoal e de equipes.

Inovação da Comunicação Interna: na técnica e na atitude?

              Publicado em 28/04/2015

Muito se tem falado das aceleradas inovações em diversos campos e na Comunicação não é diferente. Inovações tecnológicas ganham destaque nas organizações e têm transformado as formas de trabalho, das relações, dos processos e dos comportamentos dos indivíduos. Mudanças que afetam as organizações e exigem um olhar diferenciado para o ambiente externo e interno.

Esse fenômeno da sociedade moderna envolve adaptar-se a essa nova realidade. No que tange à Comunicação Interna, as inovações permeiam seus canais, instrumentos, práticas e até políticas com o público interno. Novas possibilidades, novas formas de se comunicar. Mas será que essas transformações permeiam somente as técnicas e tecnologias ou perpassam também pelos comportamentos e atitudes?

Retomemos as formas de comunicação, que até hoje são usualmente tipificadas em meios impressos, eletrônicos/digitais e face a face. Os meios digitais foram os que mais evoluíram na perspectiva da instrumentalização dos veículos de comunicação. Eles possibilitam inúmeras soluções de circulação das informações e interatividade.

 

 

Nessa direção, vejamos a gama de opções que as organizações podem implantar, desde os mais simples meios até plataformas mais complexas:

- SMS (short message corporativo por meio de aparelhos celulares);
- Whatsapp (aplicativo de chat para grupos intra ou inter áreas);
- Wall paper nas telas dos computadores;
- Email marketing;
- Newsletter online, em diversos formatos;
- Webcast (transmissão de áudios e vídeos);
- Mural digital;
- Reuniões por videoconferência com equipamentos moderníssimos que simulam a situação real do encontro;
- Universidade corporativa com cursos e treinamentos a distâncias, ebooks, games empresariais, dentre outros;
- TV Corporativa;
- Blogs (muito usual o “blog do Presidente”);
- Chats e grupos de discussão;
- Intranets 3.0 (com funcionalidades acompanhando a terceira onda da Internet, colaboração e uso mais inteligente do conhecimento);
- Redes sociais internas.

(ufa!)

 

Lembrando que todos esses meios podem ser customizados em termos de periodicidade, público e formato. E que essas diversas possibilidades podem ser acessadas em qualquer lugar em que o colaborador estiver, dentro ou fora da empresa, via dispositivos móveis (smartphone, tablet, netbook, notebook, ultrabook, laptop...). Isto é, os meios de comunicação interna ultrapassaram as divisórias e paredes das organizações e podem chegar em tempo real a diversas pessoas.

Com a evolução tecnológica, vieram, portanto, novos canais de comunicação bem como meios tradicionais repaginados. Alguns desafios acompanham essa evolução: ter verba e “braços” para gerir tantos meios; contemplar o público operacional; ter dinamicidade e atratividade inerentes a esses veículos e, claro, uma gestão sistêmica da comunicação.

No entanto, o maior e mais antigo desafio para a Comunicação, para os gestores e para os profissionais não pode ser deixado de lado frente a esse tsunami digital: a comunicação direta, presencial, face a face. Essa, sim, é um baita desafio diário. Afinal, o processo comunicativo é algo vivo, dinâmico, complexo, criador de sentidos e de relações. Envolve transferência e compreensão de significados, realização e renovação da cultura e conflitos, um bocado de conflitos. Isso, sim, requer dinamismo e habilidade!

Então, quando falamos em inovação na área de comunicação interna, nos referimos apenas a instrumentos, recursos e mídias? Ou também a processos, comportamentos e atitudes? Ao implantarmos uma super mega power intranet 3.0 estamos preparados somente para os seus desafios tecnológicos? Ou o horizonte do debate, da interação humana e da transparência serão contemplados?

Mais que inovação na técnica, precisamos cuidar do real sentido da conexão entre as pessoas.


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1723

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