Quem nunca ouviu essa frase? Ela é no mínimo curiosa. Sempre que ouço isso, penso a respeito. Não sei se pra você também é assim. Acho que quem disse não sabe direito a quem culpar e daí culpa a “entidade” comunicação. Por quê?  Não sei ao certo, mas algumas hipóteses me vêm à mente, afinal, alguém (o emissor) quis dizer alguma coisa (a mensagem) para outro alguém (o receptor), mas alguma coisa deu errado ou, porque não, todas elas. Vamos às hipóteses : o emissor não soube se expressar, mas achou que estava sendo claro; o receptor não entendeu e não questionou e tudo deu errado. Não é assim? O mais incrível de tudo isso é que a “entidade” comunicação paga o pato e ninguém ou todo mundo é culpado, inclusive ela mesma.

Se pra você pareceu brincadeira de telefone sem fio, na comunicação acontece o tempo todo. Comunicar bem não é fácil e, pra piorar, todo mundo acha que sabe fazer bem.

Quero compartilhar uma historinha que não sei onde li nem quem escreveu então desculpe-me se não dou o devido crédito, mas que pra mim traduz o que estou dizendo.

Um homem estava tentando mover seu sofá quando este ficou emperrado na porta de entrada da sua casa. Decidiu chamar o vizinho para lhe ajudar. Empurra daqui, puxa dali, e nada do sofá desemperrar. Depois de muito tempo tentando, já exaustos, o vizinho exclamou:

- Não tem jeito. Acho que nunca vamos colocar isso para dentro!

E o dono do sofá disse, olhando perplexo para o vizinho:

- Para dentro ??!

Ah, essa comunicação!  Por causa dela, países entram em guerra; empresas vão à falência; povos odeiam outros povos; religiões são criadas; filhos odeiam os pais;  maridos e mulheres acabam se divorciando.

Pra quem trabalha com ela, existem alguns cuidados mínimos a serem tomados sempre que falamos em projetos (aqui falando sob a perspectiva da área de comunicação como prestadora de serviço e, portanto,  receptora da mensagem). Pergunte, pergunte e pergunte. Quanto mais você souber do projeto (Pra quê? Por quê?  Que problema resolve? Qual  a intenção? etc...) menor , menor a probabilidade de falha na entrega final.  Maior a possibilidade de conseguirem empurrar o sofá pra fora da sala.