Comprometimento e ousadia são fundamentais numa carreira de sucesso, diz Sonia Campos

Ela é graduada em Matemática e em Engenharia Mecânica pela UNITAU e pós-graduada em Administração pelo ITA. Acaba de finalizar Doutorado focado em Mecânica e Engenharia de Produção. Também é mãe de dois filhos, hoje já graduados e casados. Tem uma carreira consolidada em uma multinacional do setor automobilístico e muita energia para compartilhar.

Esse é parte da trajetória trazida aos participantes do projeto Cafés Universitários Aberje, em sua edição de 28 de outubro de 2014, por Sonia Campos, Diretora do Complexo Industrial de São Caetano do Sul e Mogi  das Cruzes da GM do Brasil. Sua palestra “Unindo carreira acadêmica e vida profissional: um caso da indústria automotiva”, feita no Espaço Aberje Sumaré em São Paulo/SP, demonstrou que responsabilidade, assertividade, comprometimento e uma dose de ousadia podem ser pontos fundamentais numa carreira.

Sonia já ocupou várias posições ao longo de sua carreira na General Motors. Foi Gerente de Operações de Qualidade e Diretora de Planejamento de Materiais e Controle de Produção em São Caetano do Sul. Já na Alemanha, ocupou o cargo de Diretora da Fábrica de Eisenach. De volta ao Brasil, foi Diretora da Fábrica da Powertrain em São José dos Campos. É especialista em Transformação Enxuta, em áreas como implementação de Mmateriais, redução de custos, mudança gerencial, gerenciamento de projetos e de qualidade, desenvolvimento de pessoas e estratégia de desenvolvimento a longo prazo. Foi responsável pelos lançamentos dos veículos Cruze Sedan, Cruze Sport, Cobalt e SPIN - os principais veículos hoje na linha de montagem da Fábrica de SCS. Em sua opinião, ter sucesso no trabalho é uma junção de sorte, oportunidade e esforço próprio – “é preciso fazer a sua parte, que é o que está na sua mão”, resume.

A palestrante, além do relato de vida, teve a preocupação de falar com os estudantes sobre o convívio de diferentes gerações no ambiente de trabalho. Sobre os “tradicionalistas”, comentou sua dedicação, rigidez de ordem e procedimentos, compreensão sobre hierarquias e aceitação de recompensas tardias. Já sobre os “baby-boomers”, falou em otimismo, alta lealdade, aceitação de hierarquias e busca por estabilidade. A “geração X”, por sua vez, traz indivíduos autônomos, independentes, individualistas e leais mediante reciprocidade. Os nativos tecnológicos autoconfiantes e multifuncionais representam a “geração Y”, que só aceitam regras e hierarquias se fizerem sentido e são leais ao chefe e não à organização. Por fim, Sonia trouxe a “geração Z”, acostumados com o contato virtual, tem a tecnologia como extensão do corpo, ritmo acelerado entre diversos dispositivos, sem barreiras à comunicação e com o desafio de saber selecionar informação e relacionar-se face-a-face.

Todos estes comportamentos ainda podem estar presentes de maneira misturada em determinados colegas, o que torna a função de líder ainda mais difícil. “São modelos mentais diferentes, que vêm de educação e experiências distintas. É preciso aprender a observar e compreender na convivência”, aconselha. Ao líder, cabe descobrir as motivações de cada um, entendendo que as pessoas são diferentes e que não há fórmula mágica para relacionamentos saudáveis. Cada geração tem sua forma de comunicação, sendo indicado usar sempre da transparência e uma aguçada capacidade de ouvir.

Os Cafés Universitários Aberje têm patrocínio da GM. Para saber sobre as próximas edições ainda em 2014, entre em contato com Amanda Thiemi pelo e-mail cafeuniversitario@aberje.com.br ou ainda pelo telefone 11-3662-3990 ramal 280.