O filme hollywoodiano Matrix, estrelado por Keanu Reeves em 1999, pode inspirar um feito histórico, 11 anos após sua exibição. É que um jovem engenheiro brasileiro, de apenas 32 anos, está prestes a concluir um projeto inspirado na obra cinematográfica: trata-se de um boné que consegue capturar imagens de objetos que estejam próximos aos deficientes visuais e enviar pequenos estímulos elétricos ao cérebro, tornando possível o desvio de obstáculos e eventuais acidentes.
O autor desta façanha é Gustavo Brancante, pós-graduando em Gestão de Projetos pelo ITA-Instituto Tecnológico da Aeronáutica e funcionário da Alcoa em Poços de Caldas-MG. "O princípio desse método é captar imagens do ambiente, num raio de seis metros, por meio de sensores de ultrassom acoplados em um boné. Assim, quando o deficiente visual está utilizando o boné e chega perto de um obstáculo ou objeto, os sensores emitem sinais ao cérebro através de contatos com o couro cabeludo indicando que ele deve desviar", explica.
O Projeto VER-Visão Eletrodinâmica Receptível tem como objetivo facilitar a inclusão de pessoas com deficiência visual por meio da tecnologia. A iniciativa, voluntária e sem aporte financeiro de terceiros, foi apresentada a representantes da AADV-Associação de Assistência aos Deficientes Visuais de Poços de Caldas e a funcionários da unidade da Companhia naquela cidade.
"A minha intenção é que futuramente o deficiente visual tenha uma visão em 3D, além de mais mobilidade e independência, sem comprometer outros sentidos. Funcionará como um Braille 3D", resume Gustavo.
O engenheiro conta que teve de utilizar microcontroladores e diversos componentes eletrônicos, muitos dos quais precisaram ser importados. "Ainda não concluí o trabalho, porque tive de esperar pela chegada de algumas peças e também porque não tive muito tempo para me dedicar ao desenvolvimento do projeto".
Apesar de investir recursos próprios, Gustavo revela que o produto tem custo extremamente acessível, o que viabiliza a produção em escala industrial. "Estimo que cada unidade custe em torno de US$ 200".
A iniciativa é colaborativa, de patente aberta e sem fins lucrativos. Conheça mais sobre o projeto em http://www.projetoVER.com.
"Fico feliz pela iniciativa"
Antonio Marcos Ferreira de Oliveira, 27 anos, foi um dos primeiros deficientes visuais a testar o boné. Ele conta que ficou tão feliz com a experiência que até teve dificuldades para expressar sua emoção. "É muito legal. Andei livremente pelo corredor, sem a ajuda de bengalas ou guias. Senti leves "choques elétricos" na cabeça cada vez que andava na mesma direção. Isso prova que ajuda a desviar de objetos. Se aperfeiçoado, pode ajudar muita gente ainda", revela. O teste foi realizado na semana passada, na sede da AADV, em Poços de Caldas.
O deficiente visual também não deixou de elogiar a iniciativa voluntária do funcionário da Alcoa. "Fico feliz pela iniciativa. É sempre importante quando as pessoas tentam ajudar de alguma forma. Espero que esse movimento se intensifique".
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