Santander investirá 600 milhões de euros em projetos universitários

O Banco Santander destinará 600 milhões de euros nos próximos cinco anos para financiar projetos universitários e convênios com instituições de ensino superior, assim como para o Universia - a maior rede de universidades do mundo. O anúncio foi feito por Emilio Botín, presidente do Universia e do Banco Santander, durante a abertura do 2º Encontro Internacional de Reitores Universia, que contou com a presença do presidente do México, Felipe Calderón. Durante seu discurso, Emilio Botín lembrou a aposta clara e contundente do Santander na educação. "Acreditamos firmemente que os melhores investimentos de futuro são feitos nos momentos de dificuldade econômicas", declarou. Ele acrescentou que "a crise financeira mundial chamou a atenção para uma educação socialmente responsável: planejar a longo prazo, prudência e limitação nas decisões e trabalho em equipe".

Emilio Botín convocou os representantes das mais de mil universidades presentes em Guadalajara a discutir aspectos como a internacionalização das instituições de ensino superior e a mobilidade entre os estudantes universitários, assim como apresentar propostas concretas para potencializar o papel das universidades como "motor do progresso social". Em sua opinião, o 2º Encontro Internacional de Reitores Universia representa "uma oportunidade estratégica para dar respostas às necessidades da nossa época, à crise econômica e aos questionamentos de alguns valores em que se baseiam a nossa cultura".

Entre os desafios para a construção de um espaço ibero-americano do conhecimento está o aumento do número de estudantes. Emilio Botín destacou que nos últimos dez anos entraram no mercado de trabalho mais de 2 milhões de universitários iberoamericanos e outros 3 milhões de estudantes do ensino médio entraram no ensino superior. No entanto, o presidente do Banco Santander lembrou que "a América Latina tem que resolver a questão pendente da educação, que é a chave para a consolidação do seu desenvolvimento econômico", e citou como um desafio inevitável "a necessidade de se aumentar o número de universitários para que a América Latina ocupe o papel mundial que corresponda a seu potencial humano, patrimônio cultural e capacidade de desenvolvimento".

Para alcançar este objetivo e com a convicção de que "o conhecimento é um bem social que é necessário transmitir, difundir e aplicar se queremos promover o bem-estar e a prosperidade coletiva", o presidentes Botín destacou o papel que o Universia deve desempenhar nos próximos anos. O Universia vai aumentar a colaboração entre a universidade e a empresa e será mais decisivo na sua contribuição para a modernização tecnológica e internacionalização da educação.

Emilio Botín ressaltou também a importância do Universia como um local de intercâmbio das melhores práticas universitárias e encorajou os reitores a compartilhar e aprender com experiências dos cinco sistemas universitários presentes no encontro: latinoamericano, europeu continental, britânico, norte-americano e chinês.

Por último, destacou que a chamada Iberoamérica (que inclui América Latina, Portugal e Espanha) é uma região de talentos e que é fundamental oferecer oportunidades adequadas para que este talento possa seguir se desenvolvendo na região, uma vez que se promova o intercâmbio de experiências e conhecimento com as principais universidades de outros países.