No último final de semana, a Shell se reuniu em Búzios (RJ) com representantes de 20 comunidades quilombolas do Rio de Janeiro e Espírito Santo para o 2º Encontro Regional das Comunidades Quilombolas do QUIPEA (Quilombos no Projeto de Educação Ambiental).
O encontro, que reuniu cerca de 130 quilombolas de oito municípios, serviu não só para promover o intercâmbio entre as comunidades que fazem parte do projeto, mas, principalmente, para definir as diretrizes para o desenvolvimento da sua fase 3, que deve ter início no segundo semestre deste ano. O evento contou com uma série de reuniões regionais, onde a base comunitária discutiu ponto a ponto cada eixo organizador da próxima fase.
Nascido em 2010 como condicionante de licenciamento ambiental federal da Shell Brasil Petróleo Ltda, o QUIPEA tem como principal objetivo o fortalecimento da organização social e a promoção da autonomia das comunidades nas decisões que as afetam.
“A Shell se preocupa em desenvolver comunidades tradicionais e vulneráveis em todos os lugares onde opera. Nossa missão é prepará-las para que consigam participar ativamente na gestão ambiental do local onde vivem”, explicou Anídio Correa, gerente de Meio Ambiente da Shell Brasil.
Próximos passos
Coordenadora do QUIPEA, a analista de Performance Social e Meio Ambiente da Shell Brasil, Suely Gaiga ressaltou ainda que esta reunião e as últimas sete reuniões preparatórias também irão contribuir para o desenvolvimento do planejamento participativo do projeto. “Definir como vamos agir na fase 3 é primordial para o sucesso da busca por autonomia das comunidades, que vem a seguir”, explicou.
Além da Shell e dos quilombolas, também estiveram presentes no encontro representantes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), da Fundação Cultural Palmares, do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), do INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural), do SEPPIR (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), da AQUILERJ (Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Estado do Rio de Janeiro) e da Associação Zacimba Gaba, associação estadual das comunidades quilombolas do Estado do Espírito Santo.
Anderson Vicente, analista ambiental do Ibama, avalia positivamente a iniciativa da Shell em atuar com comunidades quilombolas e afirma que hoje já consegue observar grandes avanços. “Nos demos conta de que a questão da territorialidade é fundamental para essas comunidades. Muitos nem sabiam o que era ser quilombola e hoje já entendem a importância de preservar a cultura”, comenta.
Segundo Rejane Maria, coordenadora de campo da Região dos Lagos e moradora do Quilombo Maria Joaquina, em Cabo Frio, desde que surgiu o QUIPEA, as comunidades estão mais seguras de seus direitos e muito mais organizadas. “Com o projeto, muitas comunidades estão se mobilizando para conquistar a titularidade das terras, o que antes não acontecia. Percebemos também um maior envolvimento dos jovens com as questões quilombolas”, explicou.
Sobre o QUIPEA
O QUIPEA é uma condicionante do licenciamento ambiental federal para as atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural da companhia.
Com forte atuação na Bacia de Campos, a Shell escolheu trabalhar com as comunidades quilombolas pela presença importante na área de influência de suas operações, uma vez que é um território historicamente ocupado pelo trabalho escravo. A companhia identificou que essas comunidades são afetadas por impactos como migração interna, ocupação desordenada do solo urbano e pelo grande fluxo de pessoas em busca dos empregos e renda gerados pela indústria do petróleo, fatores que ameaçam a preservação dos sítios históricos naqueles municípios.
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