Quem não gostaria de começar a vida profissional numa grande empresa, estável e com perspectivas de crescimento? Engana-se quem pensa que jovens só conseguem chances como essa nas grandes cidades. Em Petrópolis, famosa cidade serrana do Rio de Janeiro, centenas de novos profissionais já realizaram esse sonho, graças à parceria entre a GE Celma e o SENAI.
Há 20 anos os dois parceiros abrem inscrições para o curso de formação de mecânico aeronáutico. Neste ano, 60 profissionais foram selecionados para frequentar um ano de preparação teórica, que vai habilitá-los a estagiar na fábrica de manutenção e reparos de motores da GE Aviation no Brasil. O próximo passo será a chance de, num prazo de cinco anos, após todas as extensões de aprendizado concluídas, obter o certificado de mecânico de aviação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) – órgão nacional que regulamenta o setor. Atualmente, cerca de 70% dos que passam por esses dois anos iniciais de treinamento são contratados. A parceria já empregou mais de 600 jovens na fábrica da empresa.
“O programa com o SENAI inclui o primeiro ano de conhecimento teórico e orientação prática para, a partir do segundo ano, o aluno estagiar dentro da GE Celma acompanhado por um profissional experiente”, explica Luciana Costa, líder de RH da GE Celma. “Os alunos passam por provas e entrevistas de avaliação e os aprovados tornam-se profissionais com condições técnicas para trabalhar na empresa como auxiliar de mecânico – primeira etapa no processo da carreira de mecânico aeronáutico”, completa. As provas são aplicadas pelo SENAI, mas as entrevistas e dinâmicas da segunda fase são feitas na GE Celma, em Petrópolis (RJ).
“O SENAI sempre estará de portas abertas para novas parcerias e projetos que possam atender às necessidades da GE Celma”, diz Paulo Roberto Ramos da Silva, gerente executivo da unidade do SENAI em Petrópolis. Segundo ele, a parceria com a GE significa para a sociedade uma oportunidade de capacitação profissional e empregabilidade. “Para o SENAI trata-se de investimento de recursos direcionados ao mercado de trabalho e uma grande oportunidade de evolução tecnológica”.
Embora o mundo da mecânica seja predominantemente ocupado pelos homens, em especial o da aviação, no caso da GE Celma algumas moças já atuam na linha de produção no chão de fábrica, por meio do programa. A operadora de estruturas compostas, Renata Inácio, foi a primeira soldadora na GE Celma e está na empresa há 16 anos. Já Rosemere Pinheiro é mecânica há dez anos na empresa.
Ela conta que o começo foi bem difícil, mas com a ajuda dos amigos e professores, conseguiu realizar o sonho de assumir esse cargo. “Comecei como auxiliar de inspeção e hoje sou mecânica inspetora, mas acredito que meu crescimento ainda não parou. Há três anos tive uma grande experiência quando fiz um curso nos Estados Unidos e fui a primeira mulher da América Latina a trabalhar com motores novos”, afirma.
A GE Celma, há 63 anos em operação, já revisou cerca de oito mil turbinas de mais de 60 companhias aéreas espalhadas pelo mundo. Os profissionais que cumprem a preparação básica sabem da importância e responsabilidade que terão ao lidar com uma área sensível, que requer precisão, qualidade, eficiência e atenção redobrada. O compromisso da empresa na formação desses funcionários está diretamente relacionado à qualidade do serviço oferecido, não só ao mercado brasileiro, mas mundial.
Com 70 anos de experiência em educação, o SENAI fornece soluções educacionais e tecnológicas para a indústria em geral e possui quase uma centena de escolas técnicas. Com a GE, além do convênio com a unidade de Petrópolis, mantém parceria com outras divisões da companhia no Brasil, como GE Transportation, GE Healthcare, GE Power Conversion (unidade Campinas) e GE Oil & Gas.
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