Estudo da consultoria global de gestão de negócios Hay Group revela que a maioria dos líderes de empresas globais faz uso de apenas um estilo de liderança – o desmotivador – segurando o desempenho organizacional. Segundo pesquisas da Universidade de Harvard, os gestores podem empregar até seis estilos para obter melhores resultados.
Apesar de boa liderança ser sinônimo de flexibilidade com abordagens adaptáveis às diferentes situações, um terço (36%) dos líderes não dominam nenhum ou apenas um estilo de liderança, em comparação a 26% que são capazes de adotar quatro ou mais.
Como resultado, os ambientes de trabalho em todo o mundo estão sofrendo, com mais da metade (55%) dos líderes criando climas desmotivadores contra 19% promovendo locais de trabalho de alto desempenho.
Líderes do EMEA (Europa, Oriente Médio e África) são os menos flexíveis, com apenas um em cada cinco (22%) capaz de usar quatro ou mais estilos de liderança recomendados. Consequentemente, 57% estão criando climas desmotivadores.
Na Ásia, dois terços (66%) criam climas desmotivadores – o pior desempenho de todo o mundo – onde apenas 24% dominam quatro ou mais estilos. Já os líderes norte-americanos são os que criam os ambientes de trabalho mais positivos: menos da metade dos colaboradores (49%) apontam que o clima organizacional é desmotivador. Ainda assim, há espaço para melhorias.
“O comportamento do líder é o principal fator que influencia o trabalho em equipe. A boa liderança tem o poder de energizar, envolver e motivar o pessoal para entregar os melhores resultados. Por outro lado, uma liderança pobre cria um ambiente desmotivador ao longo do tempo e gera turnover e faltas frequentes”, explica Glaucy Bocci, gerente e Líder da Prática de Liderança para América Latina do Hay Group. “Em um momento em que as organizações de todo o mundo estão buscando melhora de desempenho é preocupante o fato de que poucos líderes estão criando climas favoráveis”, completa.
Líderes na Europa praticam o estilo 'just do it' de liderança
À medida que a crise da Zona do Euro continua e a incerteza econômica prevalece, os líderes europeus utilizam o estilo coercivo da liderança. Caracterizado por uma atitude "just do it", o líder assume o controle de instruir e gerir os trabalhadores com um olhar crítico.
Esta é a abordagem usada para mais de um terço (31%) dos líderes - em comparação com 23% na América do Norte e 24% na região do Pacífico. Apesar disso, é surpreendente que apenas 17% dos líderes na Europa são capazes de criar um ambiente de alto desempenho para seus empregados.
Glaucy Bocci comenta: "Apesar de eficaz em uma crise, um excesso de confiança no estilo de liderança coercitiva é insustentável no longo prazo, minando a inovação e criatividade. Com uma média de 56% dos líderes europeus criando climas desmotivadores de trabalho, há uma necessidade urgente das organizações ajudarem seus líderes a saírem dessa mentalidade de crise”.
Clima desmotivador é visto na Ásia e na América Latina
Nos mercados emergentes, o estilo coercivo é dominante com metade dos líderes da Ásia e da América do Sul (48% e 60%, respectivamente) citando-o como seu estilo dominante. As abordagens democrática, treinadora, afetiva e autoritária estão começando a ser usadas pelos líderes locais, melhorando as condições de mercado.
No entanto, apenas um quarto (24%) dos líderes da Ásia e um terço (37%) da América do Sul são capazes de utilizar quatro ou mais estilos. Isso se reflete no ambiente de trabalho com 66% dos líderes da Ásia e 59% na América Latina produzindo climas desmotivadores.
Líderes brasileiros
No Brasil, 63% dos líderes criam um clima desmotivador, contra 12% que criam climas que motivam os colaboradores. A adoção dos estilos de liderança fica dividida da seguinte forma:
*Coercitivo: 59%
Dirigente: 45%
Afetivo: 48%
Democrático: 55%
Modelador: 22%
Treinador: 50%
* Os números não somam 100% porque os líderes adotam mais de um estilo.
Clima motivador
As organizações norte-americanas estão superando os seus vizinhos, com um terço (37%) dos líderes criando com sucesso um clima de alto desempenho e motivação.
O estilo dirigente é o dominante, adotado por 47% dos líderes, e a pesquisa revela que eles se mostram bem sucedidos ao fornecer uma visão clara de longo prazo para a sua equipe.
No entanto, apesar de entregarem ambientes com climas mais positivos se comparados a outras partes do mundo, ainda há um espaço grande para mudança. Quase metade (49%) ainda criam climas desmotivadores.
No Pacífico, o quadro é semelhante com apenas 23% dos líderes dominando quatro ou mais estilos de liderança e mais da metade (52%) criando climas desmotivadores. “Cada estilo tem o seu lugar e cada um pode ser eficaz em diferentes circunstâncias. Mas o ideal é que os líderes sejam capazes de utilizar múltiplas abordagens e ajustá-las para cada membro da equipe ou situação de negócios. Quanto maior a variedade de estilos, maior a probabilidade de criar um clima de alto desempenho”, explica Glaucy Bocci.
Coercitivo: são os líderes que dizem à equipe o que fazer, são vigilantes e tendem a criticar o que está sendo feito errado, sem elogiar o que está sendo feito corretamente.
Dirigente: é o líder com foco e visão a longo prazo e que garante que todos estejam motivados. Os líderes dirigentes conquistam as pessoas e criam um clima positivo que motiva que a equipe dê o seu melhor.
Afetivo: é o líder que se esforça para criar harmonia dentro da equipe, dando mais atenção às pessoas que às tarefas. Eles creditam que tratando bem os colaboradores serão recompensados com lealdade e alto desempenho.
Democrático: o líder democrático quer obter o melhor de sua equipe com decisões e responsabilidades partilhadas. Para alcançar o compromisso e o consenso, os líderes democráticos envolvem os membros da equipe nos processos de tomada de decisões.
Modelador: é o líder que acredita que sua forma de realizar o trabalho é sempre a melhor. Por isso, dá instruções detalhadas para ajudar os membros da equipe a realizar tarefas e espera resultados de grande excelência.
Treinador: O líder treinador investe tempo para entender os pontos fortes e fracos dos indivíduos e trabalha com eles para alcançar seus objetivos de desenvolvimento pessoal. O estilo se concentra na construção de capacidade a longo prazo, mesmo em detrimento do desempenho de curto prazo.
Sobre o estudo: O estudo da consultoria global de gestão de negócios Hay Group analisou o banco de dados de Estilo e Clima da consultoria que conta com mais de 95 mil líderes de mais de 2200 organizações. A amostra do Brasil é comporta por 3089 líderes.
Sobre o Hay Group: é uma empresa global de consultoria que trabalha com líderes para transformar estratégia em realidade. Com grande experiência em gestão empresarial e de pessoas, o Hay Group conta com equipe de consultores de excelência e está sempre na vanguarda, investindo fortemente em pesquisas. Hoje a consultoria tem 2.600 funcionários, distribuídos por 85 escritórios em 48 países e atendem mais de sete mil clientes. Além do trabalho de consultoria desenvolvido há quase 70 anos, desde o início de 2012, também tem uma nova área de atuação que oferece ferramentas online relacionadas para apoiar as principais atividades recorrentes de recursos humanos. Essas soluções trazem a expertise do Hay Group, com preço competitivo e produtos de fácil utilização através de plataformas eletrônicas.
Para informações adicionais e para conhecer os produtos e serviços, acesse o site www.haygroup.com/br ou as redes sociais: Facebook: Hay Group Brasil e Twitter: @haygroupbrasil
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