Pesquisa da Michael Page realizada com 1,8 executivos brasileiros aponta que 23% dos profissionais esperam movimentar-se dentro da própria empresa que trabalham em 2013. O percentual é quase o dobro do identificado no ano passado, quando apenas 11,6% dos executivos mencionavam essa expectativa.
O fraco desempenho da economia brasileira no ano passado, que provocou diminuição do ritmo das contratações, talvez este fato tenha exercido alguma influência sobre os profissionais, explica o diretor de marketing do PageGroup para o Brasil e América Latina, Sérgio Sabino. “Outro motivo igualmente importante se dá pelo fato de que é raro encontrar bons profissionais desempregados hoje no nosso país”, ressalta o executivo.
Para Sabino, as movimentações internas muitas vezes podem se converter em um bom negócio para a empresa e para o funcionário. “A movimentação dentro da mesma empresa se torna uma opção interessante quando considerada a dificuldade em encontrar talentos no mercado de trabalho, o que faz de uma simples contratação um processo caro e demorado. Em alguns casos, é preciso roubar o executivo de uma concorrente, investimento considerado alto. Desta forma, a solução mais simples é trazer alguém de dentro de casa para assumir a função”, explica.
Ainda de acordo com Sabino, deslocar uma pessoa de uma função para outra na mesma empresa, elimina alguns passos da adaptação, já que o profissional já conhece a cultura da companhia. “O profissional já conhece a empresa, sua política e cultura, tem relação com quem toma decisões, enquanto quem vem de fora precisaria de um tempo para entender isso”, diz.
A pesquisa aponta que entre os profissionais empregados em companhias multinacionais o desejo de mudança interna de cargo é maior, apontado por 29% dos profissionais. Já entre os executivos de empresas nacionais, apenas 18% querem se movimentar internamente.
“Vale destacar que a mudança só será concretizada se a empresa não apenas entender que o profissional tenha o perfil para assumir um novo desafio, assim como ter garantias de que terá condições de substitui-lo adequadamente na antiga posição”, ressalta Sabino.
Veja o gráfico abaixo:
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