As grandes empresas brasileiras cada vez mais apostam em lideranças de comunicação organizacional. Em 50% dessas companhias, os profissionais da área se reportam diretamente à presidência, evidenciando o caráter estratégico da função. A soma de vice-presidentes, superintendentes, diretores e gerentes do segmento alcança 76% dos cargos apontados, seis pontos acima de levantamento semelhante realizado em 2007. Os dados são da pesquisa “Comunicação Interna 2012”, estudo exclusivo da Aberje, em parceria com o instituto DMR Consulting e realizado com 179 empresas associadas à entidade, de diversos segmentos e setores da economia, entre as 1.000 maiores organizações do País.
Segundo Paulo Nassar, diretor-geral da Aberje e professor-doutor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, o crescimento das redes sociais na internet, a expansão econômica do Brasil e a globalização de empresas brasileiras são alguns dos fenômenos que explicam a aposta crescente em lideranças de comunicação. “Pode-se perceber, portanto, o grau de importância que o diálogo e as narrativas vêm ganhando nas organizações”, complementa.
Comunicação interna não é mais um assunto predominantemente das áreas de Recursos Humanos das grandes empresas brasileiras. De 2007 para 2012, caiu de 40% para 25% os comunicadores que se reportam aos departamentos de RH, evidenciando uma tendência consistente de independência do segmento. Afinal, em 50% das corporações nacionais o reporte passa a ser direto para profissionais do mesmo segmento de atuação. E 64% das companhias contam com equipes internas e terceirizadas para tocar os projetos do setor.
Computadores, ultrabooks, smartphones e tablets. Todos esses equipamentos continuam sendo objetos de ficção-científica na comunicação interna para boa parte dos empregados das maiores empresas brasileiras. Em 49% delas, por exemplo, metade dos colaborares não tem acesso a veículos digitais de divulgação. “Parece um contrassenso, pois as organizações cada vez mais apostam em mídia eletrônica para divulgação interna, mas ainda mantêm boa parte de seus colaboradores em estado de exclusão digital”, pondera Nassar. O mesmo levantamento evidencia que o comunicado por email é o preferido por 44% das companhias na comunicação exclusiva para gestores.
Mas é possível dizer que se foi o tempo do jornal-mural, do boletim ou da revista impressa. Hoje, 50% das grandes empresas brasileiras apostam na intranet e no email como as principais ferramentas de comunicação com seus colaboradores. Em apenas cinco anos, a queda dos veículos tradicionais foi de espantosos 26%, em um segmento que tradicionalmente resiste a modismos. O estudo ainda mostra que 39% das companhias já contam com veículos de comunicação de periodicidade diária para seus colaboradores.
As mulheres hoje são a franca maioria nos cargos de gestão em comunicação das grandes empresas brasileiras. Este foi outro dado confirmado no estudo. Nos últimos anos, o avanço se consolidou a ponto do gênero feminino ocupar hoje 74% das posições de diretoria, gerência e coordenação das corporações de maior porte no País. E a liderança, além de feminina, é jovem. Cerca de 66% dos gestores de comunicação têm de 25 a 40 anos de idade.
Segundo a pesquisa, tudo indica que o setor de comunicação empresarial das grandes empresas brasileiras vai investir R$ 760 milhões em 2012. O volume se refere ao desenvolvimento de projetos e ações de diálogo com públicos estratégicos, na construção de marcas e na administração da reputação corporativa, excluindo recursos destinados à propaganda institucional ou de produtos. E 71% das organizações contam com planos integrados de comunicação, mostrando que se foi o tempo de ações desconexas e sem continuidade na área.
A concepção e o planejamento da pesquisa foram de Paulo Nassar, com coordenação de Carlos Ramello. Para mais informações, entre em contato pelo c.ramello@aberje.com.br ou ainda no telefone 11-3662-3990 ramal 229.
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