Como avaliar os benefícios da contação de histórias para as crianças hospitalizadas? Foi com o objetivo de responder a esta pergunta que a Associação Viva e Deixe Viver uniu-se à Fundação Itaú Social e ao Hospital Infantil Menino Jesus no desenvolvimento de uma pesquisa inédita. Os primeiros resultados deste importante levantamento, chamado de “Avaliação de Impacto do Programa Viva e Deixe Viver”, foram divulgados em primeira mão aos participantes do Fórum de Humanização da Saúde, que o Viva promoveu nos dias 10 e 11 de abril de 2015, durante a Virada da Saúde em São Paulo.
A iniciativa teve o propósito de avaliar os efeitos das ações lúdicas desenvolvidas no âmbito do programa Viva e Deixe Viver sobre as crianças internadas no Hospital Municipal Infantil Menino Jesus. “A pesquisa é importante porque consolida o entendimento acerca da efetividade das ações com a criança”, explica Valdir Cimino, fundador e presidente do Viva.
A partir de uma metodologia desenvolvida pela Fundação Itaú Social, as crianças foram observadas por médicos residentes por três dias. Neste período, os residentes ficaram encarregados de fazer anotações a respeito do comportamento da criança, mais especificamente em relação a humor e dor. Os pais, por sua vez, responderam a um questionário que abordou questões sobre o stress, preocupações com seus filhos, hábitos de leitura e perfil familiar.
“Um dos pontos já levantados mostra que, entre as crianças que apresentaram medo ao dar entrada no hospital, mais da metade ficou livre desta sensação depois de internada. Ponto positivo para o hospital, por gerar esta percepção de segurança”, afirma Bruno Leão Medeiros, da Gerência de Avaliação de Projetos da Fundação Itaú Social.
No que se refere à Associação Viva e Deixe Viver, especificamente, a contação de histórias teve aprovação quase unanime dos entrevistados. “Mais de 95% dos pais e responsáveis falaram que, além das ações dos contadores de história no hospital ajudar na melhora e recuperação da criança, eles também acharam que a contação é um caminho que pode aproximá-los de seus filhos e melhorar o relacionamento”, destaca Medeiros.
A mobilização inicial envolveu uma série de reuniões até que todos os envolvidos, entre eles, a ouvidoria do Hospital Menino Jesus, responsável pelas ações de humanização, estivessem confiantes no projeto. A partir da coleta de dados realizada pelos voluntários e residentes, a equipe da Fundação Itaú Social trabalha na consolidação dos resultados. “Tem sido um trabalho árduo, mas recompensador”, sintetiza Medeiros.
Para o diretor executivo do Hospital Menino Jesus, Dr. Antonio Carlos Madeira de Arruda, a boa avaliação obtida na pesquisa é decorrente das ações realizadas há muitos anos pela instituição. O hospital tem por tradição trabalhar também o acolhimento e não só a recuperação física, a cura da doença. “Este projeto da Associação Viva e Deixe Viver está em sintonia com o que procuramos fazer aqui dentro. Ficamos muito felizes de participar, até porque acreditamos muito neste tipo de trabalho que quer trazer um pouco de alegria, de distração para quem está internado, para quem está longe de família”, destaca o médico.
Sobre a atuação dos voluntários do Viva, o Dr. Madeira comenta: “Se contar história para criança não tivesse nenhum outro benefício que distrair, fazer com que a criança tenha menos dor, menos sofrimento naqueles momentos em que ela está em companhia do contador de história, já seria de muita valia. Mas o que a gente observa é que isto aí acaba repercutindo até na recuperação da criança, apressando muitas vezes o tempo de internação”.
Sobre a Associação Viva e Deixe Viver - www.vivaedeixeviver.org.br - Fundada em 1997, pelo paulistano Valdir Cimino, a Associação Viva e Deixe Viver é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que conta com o apoio de voluntários que se dedicam a contar histórias para crianças e adolescentes hospitalizados, visando transformar a internação hospitalar num momento mais alegre, agradável e terapêutico, além de contribuir para a humanização da saúde, causa da entidade. Hoje, além dos 1.131 fazedores e contadores de histórias voluntários, que visitam regularmente 82 hospitais em todo o Brasil, a Associação conta com o apoio das empresas Mahle Metal Leve, Pfizer, Mattos Filho Veiga Filho Marrey Jr. e Quiroga Advogados.
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