Uma pesquisa sobre acionamentos do seguro automóvel feita pelo GRUPO SEGURADOR BANCO DO BRASIL E MAPFRE revelou que a maior parte dos acidentes envolvendo enchentes ocorre no estado de São Paulo, que responde, sozinho, por 33,36% do total de ocorrências nacionais.
O estado é seguido por Santa Catarina (11,25%), Rio Grande do Sul (9,06%), Paraná (8,33%), Rio de Janeiro (7,28%) e Minas Gerais (5,96%). Juntos, correspondem a 75,24% do total dos sinistros ocorridos no Brasil como consequência de enchentes.
O levantamento foi feito pelo Centro de Experimentação e Segurança Viária (CESVI) e leva em consideração a base de dados do GRUPO de janeiro de 2011 a dezembro de 2014. No período analisado, a companhia totalizou 7.917 ocorrências de sinistros por motivo de enchente – incidência que vem caindo, com registro de decréscimo de 40,52% nos casos de sinistros no último ano.
A região Sudeste é a que possui maior frequência de veículos atingidos por enchente, sendo responsável por 49,33% do total de sinistros. É seguida pela região Sul (28,64% dos sinistros) que, em alguns meses, supera a região Sudeste no número de casos de sinistros.
O Nordeste vem em seguida, respondendo por 10,87% dos casos, seguido pela região Centro-Oeste, com 8,71%, e pela região Norte, com 2,46%. As regiões Sudeste e Sul, juntas correspondem a 77,96% dos casos registrados em todo país.
O estudo revela, ainda, que os acionamentos por enchentes acontecem, em sua maioria, nos meses de janeiro, fevereiro, março, julho, novembro e dezembro e não ocorrem, necessariamente, nos grandes centros urbanos.
A capital São Paulo, por exemplo, maior cidade brasileira em volume de veículos (mais de 25 milhões, o que representa 30% da frota nacional, segundo dados do Detran), contribuiu, no período pesquisado, com 25% do total de acionamentos do estado, enquanto as capitais Boa Vista (RR) e Macapá (AP) contribuíram com 100% dos casos dos seus estados. Manaus (AM) e Aracaju (SE) vêm na sequência, com 95% e 93% do total de casos em seus estados, respectivamente.
“O que pode explicar esse fenômeno é a frequência com que ocorrem os alagamentos em algumas cidades. São Paulo, por exemplo, têm seus pontos de alagamento mapeados pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), o que faz com que as pessoas evitem esses locais e busquem rotas alterativas. Quanto a outras cidades, não existem estatísticas fidedignas a respeito dos pontos de enchente, o que certamente poderia contribuir para a redução da frequência de sinistros”, opina Jabis Alexandre, diretor geral de Automóveis do GRUPO SEGURADOR BANCO DO BRASIL E MAPFRE.
Outro dado curioso apontado na pesquisa diz respeito à variação do custo médio de reparo dos veículos danificados por ocorrência de enchente. Os valores variaram de R$ 1,4 mil e R$ 2,6 mil (Alagoas e Tocantins, respectivamente) a R$ 19,8 mil e R$ 21,8 mil (Distrito Federal e Roraima). O “ponto fora da curva” é o estado do Ceará, com um custo médio de R$ 28.193,28.
“Primordialmente, as variações de preços estão relacionadas a uma maior ou menor oferta local de serviços no atendimento da frota, o que impactaria o preço, bem como a questões logísticas, por exemplo, o transporte de peças necessárias aos reparos”, pontua Alexandre.
O calço hidráulico é o problema mais comum apresentado pelos veículos sinistrados. Ele ocorre quando uma grande quantidade de água entra pela admissão de ar do motor e não permite que o cilindro realize a compressão, causando assim danos em componentes internos.
“Alguns itens do motor, se reparados logo após o contato com a água, podem voltar a funcionar. Quando, ao contrário, os reparos demoram, elas oxidam, condenando o componente”, explica o diretor do BB E MAPFRE.
Outra agravante, segundo o estudo, é o fato de veículos antigos, ao contrário dos novos, não terem seus circuitos impressos das unidades de controles eletrônicos protegidos com vernizes e resinas, o que dificultaria o processo de oxidação. Apenas 7% da frota analisada na pesquisa estaria livre de danos em caso de enchente. A compra das peças que geralmente são danificadas em um caso de calço-hidráulico, como jogos de pistões, de bielas, de anéis, de bronzinas, de válvulas de admissão, de válvulas de escapamento e árvore de manivelas, pode chegar a 6% do valor do automóvel, excluindo a mão-de-obra e insumos.
De acordo com o estudo, o custo médio nacional para conserto de veículos avariados por enchentes é de R$ 10,4 mil.
Sobre o GRUPO SEGURADOR BANCO DO BRASIL E MAPFRE
Resultado da união estratégica entre o Banco do Brasil e a MAPFRE Seguros, o GRUPO SEGURADOR BANCO DO BRASIL E MAPFRE é o maior nos ramos em que atua, com mais de 6 mil colaboradores, mais de 41 mil pontos de venda, incluindo corretores e agências bancárias. Possui um dos mais amplos portfólios de produtos do mercado, além de unidades de negócios especializadas, presença territorial abrangente e distribuição multicanal.
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