Um estudo divulgado pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) e Ipsos Public Affairs mostra os aspectos do comportamento do brasileiro em relação à doação para instituições sem fins lucrativos. Apenas 14% da população preferem doar tempo e recursos para ONGs e 14% informaram que não doam porque não confiam nas organizações. A pesquisa que ouviu 3 mil pessoas em 70 cidades do Brasil mostra a necessidade de diminuir o caráter puramente assistencialista do Terceiro Setor e recorrer a novas fontes de recursos.
Para tentar mudar esta realidade, nos últimos três anos, a Fundação Salvador Arena - FSA, criada para oferecer iniciativas de transformação e promoção social, capacitou mais de 300 dirigentes de ONGs com o objetivo de torná-los melhores administradores dos recursos. Para Luis Carlos Rabello, membro do Conselho Curador da FSA, a ausência de práticas de gestão nesta área torna a instituição cada vez mais dependente de doações. O último balanço divulgado pelo Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE) mostra que 24% das entidades associadas não possuem políticas de captação de recursos. Além disso, 13% delas não têm conselho fiscal e as que possuem, em 61% dos casos não são atuantes.
“A administração de uma organização não-governamental não deve ser diferente dos modelos adotados por empresas capitalistas. Metas e organização são fundamentais para que bons resultados sejam alcançados em qualquer área de atuação”, explica Rabello. A Fundação Salvador Arena foi a primeira entidade sem fins lucrativos do país a conquistar a Certificação ISO 9001, considerada a melhor estrutura de qualidade, utilizada por quase 800 mil organizações do mundo.
A Fundação recebeu, por duas vezes consecutivas, a medalha de bronze no Prêmio Paulista de Qualidade da Gestão – PPQG, na categoria: Instituições sem Fins Lucrativos. O prêmio é concedido para empresas que buscam a excelência na gestão.
A Cidade dos Meninos, programa mantido pela Associação Missionária dos Franciscanos Menores Conventuais em Santo André, é um dos exemplos de que o assistencialismo não é o único caminho para a sobrevivência. Com o dinheiro arrecadado na academia de ginástica, implantada pela FSA, e através do curso de capacitação oferecido pela Fundação, os representantes da associação passaram a depender menos do dinheiro público.
“Graças ao apoio da Fundação Salvador Arena e às práticas de gestão que adotamos após o treinamento, hoje os recursos gerados pela academia cobrem metade da nossa despesa mensal”, conta Carlos Alberto Alborguete, coordenador administrativo da Cidade dos Meninos. Parte da verba ainda financia integralmente outros dois projetos da associação – o Centro Franciscano da Terceira Idade, que atende mais de 200 pessoas, e o Programa de Iniciação Profissional, que forma 70 auxiliares administrativos anualmente.
As mudanças na Instituição Assistencial Irmão Palminha, que atende mais de 4 mil pessoas em São Bernardo do Campo, também foram significativas após o curso de capacitação da FSA. “Ampliamos a nossa visão de Terceiro Setor e a formalização da nossa instituição foi o primeiro passo para darmos continuidade ao nosso trabalho”, conta Denise Fustinoni, coordenadora técnica da entidade. A ONG que até então atuava somente através de serviço voluntário, hoje emprega diretamente mais de 50 pessoas.
Rabello explica que o Terceiro Setor tem ganhado cada vez mais espaço, principalmente na Educação onde, de acordo com o GIFE, 86% das entidades sem fins lucrativos atuam. “Exercemos um papel extremamente importante no processo de transformação social e o profissionalismo deste setor é a base para que tudo dê certo”, completa.
Sobre a Fundação Salvador Arena
Idealizada e criada em 1964 pelo engenheiro Salvador Arena, empresário do setor metalúrgico e proprietário da Termomecanica São Paulo S. A., a Fundação Salvador Arena é uma instituição civil de finalidade filantrópica, direito privado e sem fins lucrativos que mantém atividades de apoio social voltadas à transformação social e, em especialmente, educação.
Hoje, a Fundação Salvador Arena é administrada por um Conselho Curador, que manteve os projetos originais e vem ampliando os investimentos sociais e educacionais ao longo dos últimos anos. Além de desenvolver projetos próprios, como o Colégio Termomecanica e a Faculdade de Tecnologia Termomecanica, a Fundação implementa programas que visam ao fortalecimento do terceiro setor por meio do apoio a entidades beneficentes, filantrópicas e ONGs e da capacitação de dirigentes e técnicos dessas organizações.
Em 2013, o foco de investimento da Fundação Salvador Arena foi educação, que recebeu o maior volume de recursos, da ordem de R$ 41 milhões, seguido de assistência social, para a qual mais de R$ 6 milhões foram aplicados em iniciativas de desenvolvimento social, comunitário e fortalecimento de organizações do terceiro setor.
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