Em pesquisa realizada pela KPMG no Brasil com cerca de 500 altos executivos de grandes empresas do país, apenas 21% dos respondentes afirmaram que sua empresa não participaria de um ato de corrupção. “É alarmante notar que 62% dos empresários brasileiros acreditam que sua empresa participaria de um ato de corrupção e 17% não têm certeza, ou seja, aproximadamente oito em cada dez empresas poderiam participar de um ato de corrupção”, afirma Gerónimo Timerman, sócio da área forense da KPMG no Brasil.
Outro dado importante da pesquisa é que 33% dos entrevistados afirmaram que sua empresa participou de um ato de corrupção nos últimos 15 meses. “Estes dados servem para justificar o desejo do governo com a lei anticorrupção, que entrou em vigor no último dia 29”, analisa o executivo.
Concorrência e controles internos
Quando questionados se as empresas concorrentes praticam atos de corrupção, 60% acreditam que isso acontece frequentemente, 25% que estes atos são raros, e apenas 5% afirmam que isto não ocorre. Os outros 10% não souberam responder. “Esta visão serve para fazer com que atos como este se perpetuem”, analisa Timerman. “Aumentar os controles internos é a melhor maneira de minimizar os riscos de se deparar com casos de corrupção dentro da sua empresa”.
A pesquisa deixou clara a necessidade de investimentos neste tipo de controle. Apenas 7% dos casos de corrupção foram descobertos através deste controle. Por outro lado, os mecanismos que mais ajudaram a descobrir estes casos foram informantes internos/boatos (22%) e linha telefônica para denúncia (19%). “Uma empresa não pode depender de boatos para descobrir casos de fraudes e corrupção. Além disso, ter um canal de denúncia deve ser encarado como um item básico para as companhias. Auditoria interna, código de ética e conduta e, principalmente, controles internos devem fazer parte da linha de defesa das empresas”, analisa Timerman.
Fraudes
Seguindo os resultados obtidos nos questionamentos sobre corrupção, 85% dos respondentes também acreditam que a sua organização poderia ser objeto de fraude. Além disso, 55% afirmam que sofreram fraude nos últimos 15 meses. “Infelizmente estes dados mostram que a maioria das empresas passam por episódios de fraudes. Estas ações acabam por não permitir o crescimento pleno de um país. Por isso, é essencial que as empresas instituam programas antifraude e anticorrupção para combater e minimizar os riscos gerados por estas condutas”, finaliza o executivo.
Sobre a KPMG
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No Brasil, a organização conta com 4.000 profissionais distribuídos em 13 Estados e Distrito Federal, 22 cidades e escritórios situados em São Paulo (sede), Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Joinville, Londrina, Manaus, Osasco, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, São Carlos, São José dos Campos e Uberlândia.
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