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Embrapa divulga usos energéticos da biomassa na Biotech Fair 2012

31/10/2012

 A Embrapa está apresentando possibilidades de uso da biomassa para produzir biocombustíveis, no 7º. Congresso Internacional de Bioenergia e na 5ª. Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustível – Biotech 2012. Os eventos acontecem no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo-SP, de terça a quinta-feira desta semana, das 10h às 19h.

Na exposição, a Embrapa Agroenergia (Brasília-DF) está mostrando diversas matérias-primas que podem ser utilizadas para produzir briquetes. Esse biocombustível sólido é usado como substituto da lenha em fornos de pizzarias, padarias, churrasqueiras e caldeiras industriais, por exemplo. É obtido por meio da compactação de materiais como casca de arroz, bagaço de cana-de-açúcar, serragem e casca de amendoim. “A produção de briquetes agrega valor à biomassa e permite aproveitar resíduos que seriam desperdiçados, possivelmente causando danos ambientais”, afirma o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroenergia, José Manuel Cabral.

Outra matéria-prima que pode ser empregada na produção de briquetes é a palha da carnaúba. O pesquisador Silvio Tavares, da Embrapa Solos (Rio de Janeiro - RJ), está expondo no congresso os resultados da pesquisa que realizou para utilização da carnaúba e as outras biomassas para fabricação da lenha ecológica na região do Baixo-Açú, no Rio Grande do Norte. Em parceria com a Petrobras, Tavares e sua equipe estão trabalhando para introduzir a produção de briquetes naquele local. O pesquisador da unidade carioca da Embrapa, explica que a demanda da indústria de cerâmica vermelha por lenha tem comprometido a preservação da caatinga.

Para 2013, está previsto o início do funcionamento de uma fábrica de briquetes que o projeto vai instalar na região, com capacidade para produzir 1,5 tonelada por hora. Como matéria-prima será utilizada a palha da carnaúba, um resíduo florestal muito comum ali. Além dessa palmeira, a equipe do projeto estudou outras quatro biomassas que poderiam ser empregadas na produção da lenha ecológica: capim-elefante, capim-vetiver, macrófitas e palmeira real.

Tavares conta que a carnaúba foi escolhida como principal matéria-prima não só pela abundância na região, mas também pelas características físicas e térmicas. Para que os briquetes a serem produzidos tenham uma densidade mais adequada, a palha da palmeira será misturada ao capim-elefante para a compactação. Cerca de 15 hectares devem ser cultivados com a forrageira para compor essa mistura e garantir o abastecimento da fábrica em caso de quebra de safra da carnaúba.

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