CIEE dá posse a novos conselhos

 

 

 

 

 

 

Autoridades, educadores, empresários, estudantes e executivos dos mais diversos setores da economia lotaram o Teatro CIEE no último dia de maio durante a cerimônia de posse dos Conselhos de Administração de Administração, Consultivo e Fiscal do CIEE para o triênio 2012-2015. A solenidade, que poderia reconduzir Ruy Martins Altenfelder Silva à presidência do Conselho, após ser reeleito por unanimidade em abril, e diplomar os conselheiros, avivou o debate sobre o valor social dos programas de estágio e aprendizagem.
 

Entre os convidados, o tom era de preocupação com o futuro do Brasil e de reconhecimento ao trabalho do CIEE. “O índice de desemprego jovem é sempre muito maior do que o da população como um todo, o que exige atitudes como as que o CIEE vem tomando nos seus 48 anos de atuação. Pois, o futuro começa hoje e se chama juventude”, diagnosticou o governador Geraldo Alckmin. Ele lembrou a resistência dos vereadores e da população à inauguração, numa cidade interiorana, de uma unidade da então Fundação do Bem Estar do Menor (Febem), hoje Fundação Casa. “Quando se encontra uma mudinha de planta desamparada, as pessoas colocam cercas e estacas para auxiliar seu crescimento. Quando é um ser humano, ninguém estende a mão”, sentenciou Alckmin, creditando a frase ao prefeito da cidade.
 

A figura da mão estendida para a juventude não poderia ser mais adequada para descrever a atuação do CIEE. Em 2005, por exemplo, diante da desigualdade de oportunidades entre os jovens de Santa Catarina com 1,7% dos moradores em extrema pobreza e os do Maranhão com seus 26,3% de miseráveis, “em vez de apenas lamentar a situação, criamos o Programa CIEE de Educação à Distância (EaD) pela internet para nivelar, dentro de nossas possibilidades, a oportunidade de acesso a cursos de desenvolvimento pessoal e profissional, beneficiando estudantes dos mais remotos rincões”, relata Ruy Martins Altenfelder Silva, chamando a atenção para a proximidade de um recorde: dentro de alguns meses, o programa ultrapassará a marca de dois milhões de matrículas. Respeita-se, assim, o artigo 203 da Constituição Federal que determina: “a assistência social será prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuição à seguridade social”.

 

Governança corporativa. Os conselhos do CIEE contam com voluntários que colaboram com sua expertise para nortear estrategicamente o seu planejamento, resultado de um pioneirismo, pois foi um das primeiras instituições do 3º Setor a adotar a governança corporativa, um modelo que privilegia a profissionalização do quadro de colaboradores e a transparência. A transformação do planejamento em realidade é tarefa da gestão executiva, presidida por Luiz Gonzaga Bertelli à frente de um corpo de 1,7 mil funcionários, estagiários e aprendizes, distribuídos em mais de 350 pontos de atendimento nas principais cidades do país. 
 

A missão, entretanto, não é fácil. Por exemplo, quando Altenfelder assumiu seu primeiro mandato, em 2009, o CIEE se defrontava com o forte impacto da então nova Lei do Estágio – aprovada abruptamente, sem o necessário período de transição – e a crise econômica norte-americana, que reduziram os investimentos na formação de novos talentos. A situação, enfim, foi revertida no triênio 2009-2011, com a retomada do crescimento da oferta de vagas de estágios e aprendizagem, bem como do número de empresas e órgãos públicos parceiros. De sua parte, o CIEE turbinou sua parte, mantendo e criando novas – sempre com total gratuidades – ações para estimular o desenvolvimento pessoal, profissional e cidadão dos jovens beneficiados. Atualmente, o CIEE apresenta números que, nas palavras de Alckmin, “têm o tamanho de país”.

 

11 milhões de estudantes encaminhados para oportunidades de estágio em 250 mil empresas e órgãos públicos parceiros, nos seus 48 anos de atuação;
 

1,5 milhão de jovens cadastrados no banco de dados;
 

105 mil aprendizes contratados para formação profissional em mais de 10 mil empresas em todo o País, desde 2003;
 

17 mil instituições de ensino conveniadas;
 

500 jovens em cursinhos pré-vestibulares instalado em regiões de alto índice de vulnerabilidade social;
 

1,1 milhão de jovens frequentaram cursos e oficinas do Programa de Desenvolvimento Estudantil, desde 1996;
 

1,9 milhão de matrículas no Programa de Educação à Distância desde 2005;
 

8 mil estudantes com deficiência encaminhados para estagiar em empresas e órgãos públicos, desde 2004.