Mais do que um conceito, sustentabilidade é o que permeia as ações da Itaipu Binacional, tanto nos processos internos quanto no seu relacionamento com a comunidade. E é exatamente o “case” da sustentabilidade em Itaipu que será apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20, entre 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro.
Itaipu apresentará na conferência mundial as ações do Programa Cultivando Água Boa e a Plataforma Itaipu de Energias Renováveis, que estão em acordo com os dois principais temas da Rio+20: “A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e “A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável”.
Mesmo com programas que hoje podem ser replicados em todo o Brasil e no exterior, a Itaipu Binacional trabalha para cumprir uma meta ambiciosa: até 2020, pretende se consolidar como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.
Planejamento estratégico
Hoje, o planejamento estratégico de Itaipu se baseia em 16 objetivos, dos quais cinco deles fazem referência direta ao desenvolvimento sustentável. O objetivo estratégico 3, estabelece a busca da liderança mundial em sustentabilidade corporativa, atendendo aos preceitos de empresa “socialmente justa, ambientalmente correta, economicamente viável, culturalmente aceita”.
O objetivo estratégico 4 prevê “contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável das áreas de influência”, atuando em conjunto com os governos e sociedades do Brasil e do Paraguai. O objetivo 9 é “pesquisar e fomentar o desenvolvimento de fontes de energia renováveis e limpas, e de tecnologias, visando contribuir para o desenvolvimento sustentável da área de influência”.
O objetivo 11 é “apoiar projetos nas áreas de ciência, tecnologia e inovação com preocupação especial com a sustentabilidade”, enquanto o objetivo 12, por fim, é consolidar os programas de gestão socioambiental da Itaipu para, entre outros objetivos, obter-se “autossuficiência alimentar com geração sustentável de renda”.
Parcerias por futuro melhor
Na prática, o Programa Cultivando Água Boa, com atuação nos 29 municípios da Bacia Hidrográfica do Paraná 3 (BP3), é um trabalho desenvolvido em parcerias para amenizar e corrigir passivos ambientais, além de procurar que a sociedade mude seus valores, para se chegar a um futuro sustentável.
O programa, na verdade, é tão amplo que inclui 20 programas e 65 projetos/ações de responsabilidade socioambiental. Entre eles, o diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu Binacional, Nelton Friedrich, cita, por exemplo, o Coleta Solidária, um trabalho feito com os catadores de materiais recicláveis, tendo como resultado tanto a dignificação da função que exercem como contribuir para que materiais reaproveitáveis não sejam lançados na natureza.
Nelton exemplifica ainda com o Vida Orgânica, programa que incentiva os cerca de 26 mil proprietários rurais da região a passarem para a agricultura sustentável, isto é, que não utilize agrotóxicos e fertilizantes químicos e aproveite da forma mais sábia os elementos naturais. Para isso, os técnicos de Itaipu dão apoio no processo produtivo, estimulam a transformação artesanal dos produtos, ajudam a organizar a comercialização e, em muitos casos, a fazer com que a propriedade seja utilizada como atração turística rural.
Lixo vira energia
A Plataforma Itaipu de Energias Renováveis é outro bom exemplo, ao transformar dejetos e lixo orgânico
Atualmente, 33 pequenas propriedades da Bacia do Paraná 3, reunidas no Condomínio Ajuricaba, produzem biogás a partir dos dejetos da pecuária. O biogás, canalizado para uma microcentral, transforma-se em energia elétrica e em calor, usado na secagem de grãos.
Uma grande propriedade da Bacia do Paraná 3 é referência nacional em energias renováveis. Na Granja Colombari, que mantém mais de três mil suínos, a produção de biogás atende a propriedade e o excedente é transformado em energia elétrica, vendida para a companhia de energia do Paraná (Copel).
Ideias em prática
Os trabalhos que serão apresentados pela Itaipu Binacional na Rio+20 atendem ao que a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defende que seja o foco da conferência: “A Rio +20 é uma conferência política, mas o que esperamos dela são resultados práticos e ações. Precisamos colocar as ideias em prática, porque as pessoas precisam comer, beber água, viver de forma sustentável nas cidades em todas as partes do mundo”.
Visão de futuro
É com base no resultado desse planejamento e no que desenvolve atualmente que a empresa binacional se prepara para 2020 e, em especial, para 2023, quando o Tratado de Itaipu completa 50 anos e seu Anexo C poderá ser revisto.
O Anexo C estabelece as bases financeiras e a prestação dos serviços de eletricidade de Itaipu. Por esse documento, assinado em 26 de abril de 1974 pelos governos do Brasil e do Paraguai, a tarifa de Itaipu é fixada de forma a poder honrar o pagamento dos encargos financeiros dos empréstimos feitos para a construção da usina e também para a amortização desses empréstimos.
Fim da dívida
O pagamento da dívida representa em torno de 80% do orçamento anual da Itaipu. A intenção é estabelecer projetos e programas que possam fazer com que esses recursos permaneçam na área onde se localiza a hidrelétrica, para tornar a região sustentável economicamente. Para isso, além das verbas de Itaipu, seria estimulado o investimento privado, tanto no Brasil como no Paraguai.
O linhão, financiado pelo Fundo para Convergência Estrutural do Mercosul – Focem, ligará a Subestação da Margem Direita de Itaipu – lado paraguaio da usina - à Subestação de Villa Hayes, perto da capital, Assunção. Com energia em abundância, o Paraguai poderá se preparar para um surto de industrialização sem precedentes.
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