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Produtores do Paraná têm estímulo para empreender

29/11/2011

 A construção de uma granja de suínos, um aviário e a aquisição de uma plantadeira, três projetos desenvolvidos em 2011, durante o Programa Empreendedor Rural. Três propostas simples que transformaram a vida de produtores do Paraná e que ganharam, nesta semana, reconhecimento público, durante o Encontro Estadual de Empreendedores e Líderes Rurais, promovido pelo Sistema Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep)-Serviço Nacional de Aprendizagem Rural no Paraná (Senar-PR), Sebrae/PR e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná (Fetaep), parceiros no Programa.

O desânimo com os resultados do Sítio São Felipe, localizado no município de Teixeira Soares, foi o que motivou o produtor Jackson Sirino Paz a ingressar no Empreendedor Rural. Depois de adquirir novos conhecimentos e receber apoio de especialistas em gestão rural, o jovem encorajou-se a concretizar o sonho de construir uma granja de suínos para elevar a escala de produção de sua propriedade. A história de Jackson, um dos três melhores projetos estaduais do Empreendedor Rural 2011, foi compartilhada durante o Encontro Estadual, que reuniu cerca de 4 mil produtores rurais do Paraná, em Pinhais, na Grande Curitiba.

O empenho no planejamento da ideia rendeu a Jackson o título de melhor projeto de empreendedorismo rural deste ano. "Antes do curso, não colocava nada no papel, ia na conversa dos outros e levava prejuízo. Agora sei que é preciso estudar cada passo e decisão a ser tomada. Com o Programa, abri minha visão. Não penso mais só no agora e, hoje, sou capaz de tocar um negócio de sucesso", afirmou Jackson.

Assim como o produtor rural, somente depois de avaliar a viabilidade econômico-financeira da construção de um aviário em sua propriedade, é que Adriana da Silva Almagro concluiu que seu desejo seria um bom negócio. O esforço na busca de informações sobre o funcionamento de um aviário, com vizinhos que têm experiência na atividade, foi reconhecido como o segundo melhor projeto rural de 2011. Emocionada, a produtora de Ivaiporã, declarou acreditar que a construção do aviário trará a receita para equilibrar as contas dos sítios Pedacinho do Céu e Espanhol. "Nossa expectativa é produzir 200 mil aves/ano. Com o novo negócio, esperamos renda mais estável para suprir despesas e gerar lucro", contou Adriana.

Para alegria da caravana de Teixeira Soares, outro projeto do município foi classificado entre os três melhores do Estado. O planejamento da aquisição de uma plantadeira de nove linhas, proposto pela produtora Valquíria Vascoski Braun, ficou com a terceira colocação. O novo equipamento deve reduzir os gastos com manutenção de implementos e melhorar a qualidade dos produtos cultivados na Chácara do Pavão. "A plantadeira deve agilizar o plantio e diminuir os gastos com suprimentos. Com essa economia, poderemos realizar um grande desejo, que é adquirir uma propriedade maior para diversificar nossas atividades. A melhoria da estabilidade financeira pode garantir um futuro melhor para meu filho", apostou Valquíria Braun.

O Programa

Com o objetivo de transformar produtores rurais em empresários, o Programa Empreendedor Rural, já capacitou, desde 2003, mais de 17 mil produtores. Somente em 2011, cerca 1,5 mil produtores passaram pela capacitação que formou turmas em todo Paraná. Ágide Meneguette, presidente da Faep, acredita que o setor de agronegócio merece atenção por ser uma atividade de alto risco. Durante discurso, o dirigente mostrou entusiasmo com as ações que serão desenvolvidas pela recém-criada Agência Paraná de Desenvolvimento. "A instituição terá papel importante no futuro da cadeia de produção agropecuária paranaense. O objetivo é fomentar o desenvolvimento econômico e social, apoiando as empresas já instaladas no estado, para que se tornem mais competitivas gerando mais renda e empregos", assinalou.

Ademir Mueller, presidente da Fetaep, declarou, durante o evento, que o Empreendedor Rural é um dos principais instrumentos para capacitação do homem do campo. "A agricultura familiar enfrenta inúmeros desafios, como a precariedade da infraestrutura para beneficiamento da produção, assistência técnica limitada e dificuldades de acesso ao crédito. Então, o Programa resolve ainda outro problema que é a sucessão familiar no campo, pois leva o participante a olhar a unidade familiar de forma mais abrangente", observou.

 

Além de ressaltar os bons resultados alcançados pelo Programa, que completa nove edições, o diretor de Operações do Sebrae/PR, Julio Cezar Agostini, destacou outras conquistas das micro e pequenas empresas em 2011, fruto, segundo ele, da união de entidades parceiras. O diretor do Sebrae/PR falou de temas como elevação do teto de faturamento bruto anual das empresas de pequeno porte que participam do Simples Nacional (sistema de tributação), de até R$ 2,4 milhões para até R$ 3,6 milhões; e da criação do Fórum dos Promotores do Desenvolvimento do Agronegócio Paranaense.

O Projeto de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Hortifrutigranjeiros da Região Metropolitana de Curitiba; o Projeto de Desenvolvimento dos Territórios da Cidadania; a capacitação de pequenas agroindústrias familiares no Estado e o programa de inteligência competitiva para o setor de agronegócio do Paraná que acaba de ser desenvolvido pelo Sebrae/PR também foram citados por Agostini, no evento estadual de encerramento do Empreendedor Rural.

"Os produtores rurais do Paraná têm oportunidade de capacitação e de aprimoramento profissional, e, isso, com certeza, gera aumento de renda para milhares de pessoas. Para o Sebrae/PR, 2011 foi um ano excelente: atendemos em torno de 100 mil micro e pequenas empresas no Estado, graças a parcerias como a aqui firmada. Desejo que essas alianças sejam fortificadas e cada vez mais estratégicas para aumentar a capacidade empreendedora dos agricultores familiares", frisou Agostini.

A consultora e coordenadora estadual de Agronegócio do Sebrae/PR, Andreia Claudino, explica que o Empreendedor Rural oferece aos produtores visão sistêmica de seus empreendimentos e acredita também que o projeto ajuda a diminuir o êxodo rural. Segundo ela, o objetivo é que os agricultores consigam desenvolver projetos de viabilidade e que, de preferência, o apliquem. "No decorrer do curso, aprendem a fazer os cálculos necessários e a analisar a parte contábil da propriedade. É preciso enxergar a propriedade como negócio e não apenas pelo viés técnico. A carência da visão de mercado pode levar o empreendimento a um gargalo."

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