As pessoas estão acostumadas a julgar o que vêem a partir de pressupostos. Aprende-se dentro de um conjunto que envolve convívio familiar, educação formal e valores pessoais. Com isso, dá-se significado segundo o que é parece importante a cada um. E se as pessoas entenderem que os principais obstáculos para integração são comportamento, valores e julgamentos e pressupostos, também acabarão vendo que a comunicação está no centro do processo. Foi assim que a consultora Regina Assumpção começou sua palestra “Comunicação Intercultural – como ultrapassar as barreiras para evitar os mal-entendidos e alavancar resultados” dentro do projeto Aberje COMO! no dia 26 de junho de 2015 no Espaço Aberje Sumaré em São Paulo/SP.
Citando Milton Bennett, para quem “a sensibilidade intercultural não é natural”, ela pontuou a facilidade com que choques culturais podem acontecer. Nem sempre esta situação é negativa, mas precisa muita sensibilidade sobre o ponto-de-vista do outro. Cada vez mais profissionais se vêem em espaços de cruzamento entre culturas, por conta de exigências de trabalho, e a palavra de ordem deve ser adaptação. “Somos diferentes nos traços, nos hábitos, nos gostos; e essa diferença é muito saudável, muito boa”, alerta. Ao mesmo tempo, as pessoas começam a empregar estereótipos, que são fundados na realidade e podem ajudar o diálogo, mas também podem afastar pela parcialidade de sentido. Aqui vale a máxima de Saramago, que disse que “você só conhece a verdade quando dá a volta inteira nela”, e Regina complementa: “tudo é uma questão de ponto-de-vista; é legal entender que tudo sempre tem um ponto–de-vista”.
Isso foi demonstrado através de uma dinâmica, onde os participantes em duplas receberam fotos e fizeram descrições escritas, cada um com suas prioridades – houve quem fizesse uma simples descrição da figura e também quem fizesse julgamentos emocionais ou valorativos. Na sequência, outros exercícios foram feitos para dar a experiência dos conceitos.
A palestrante citou o holândes Geert Hofstede realizou um estudo com funcionários da IBM em mais de 70 países. O objetivo inicial da pesquisa era tentar compreender porque as filiais em países como o Brasil e o Japão, por exemplo, eram geridas de maneiras diferentes, apesar dos esforços de se implementar políticas e práticas comuns. Hofstede analisou inicialmente as diferenças no funcionamento de filiais em 40 países. De acordo com os resultados obtidos, as diferenças identificadas adviriam da cultura dos empregados e, em grande parte, da cultura do país de acolhimento. Hofstede descreveu então a cultura como "a programação coletiva que distingue os membros de um grupo humano do outro". Seu modelo classifica culturas nacionais em cinco dimensões - distância ao poder, individualismo versus coletivismo, masculinidade versus feminilidade, aversão à incerteza e orientação a longo prazo versus a curto prazo. Esse embasamento serviu para Regina falar os mesmos comportamentos culturais prestando-se diferentes propósitos a depender da nação. E destacou que o Brasil não se integra a nenhum grupo de países por suas características peculiares de suas populações. Para isso, usou diversos dados históricos.
Silmara Pereira, redatora da Criaderia, foi uma das participantes dessa edição do Aberje COMO!. E o ponto alto, em sua visão, foi a parte prática: “gostei da dinâmica. Não foi só apresentação de conceito, foi interação, que tornou a palestra mais interessante e produtiva”. Para Yara Camargo, Analista de Conteúdo da Seepix, “foram muito importantes tanto o tema quanto a forma com que Regina mostrou que podemos nos adaptar ao diferente, a outras culturas”. Chamou a atenção de Gleibi Arruda, Assistente de Comunicação Corporativa da Scania, o fato da palestrante insistir para se avaliar sempre o caminho do meio e dar a devida importância para o que outras pessoas pensam – já que há várias verdades. “Precisamos exercitar isso, não só no meio corporativo, mas em outros, como o familiar e o de amigos. Achei interessante e gostei bastante de conhecer o comportamento de outras culturas”, disse.
“Como dar a notícia exata, em tempo real, no circuito digital – o desafio dos profissionais da agência de notícias para informar com rapidez e precisão nos canais digitais” é o tema central da próxima edição do projeto Aberje COMO! no dia 16 de julho. Julio Brandão, Diretor de Marketing e Comunicação da Agence France-Presse no Brasil, é o convidado especial. Para saber mais sobre o evento, é só acessar o hotsite. Para outras informações, entre em contato com Mariana Fonseca pelo e-mail mariana.fonseca@aberje.com.br ou pelo telefone 11-3662-3990 ramal 826.
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