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As pessoas são inerentemente criativas; metodologias facilitam a vazão de ideias aplicáveis

12/05/2015

"Estamos em um momento histórico da humanidade, onde se está construindo uma nova cultura em um ritmo rápido, e nós vivemos em um muito mais interdependente, rápido e intenso. Informação, conhecimento, educação e cultura são cada vez mais adquiridos em ambientes informais, fora das paredes da sala de aula de escolas, faculdades e universidades. A cultura é algo vivo, que respira e existe por si mesmo, e nos torna forte e nos distingue". Foi com essa perspectiva, junto à noção de proximidade virtual, multidirecionalidade e eclosão de conflitos, que teve início a 1ª Jornada Aberje de Criatividade, que recebeu Felipe Chibás Ortiz, professor da ECA-USP e do Mackenzie, no dia 8 de maio de 2015 no Espaço Sumaré em São Paulo/SP.

A supressão de fronteiras leva a uma junção cultural que pode ser relevante e gerar oportunidades, ou então criar obstáculos à conexão. O convidado busca inspiração em Thomas Campbell para falar que “compreender que há outros pontos de vista é o início da sabedoria”. E, conforme pesquisou e confirmou Hofstede, cada pessoa leva dentro de si modelos de pensamento, sentimento e atuação potencial, e muitas vezes a criatividade demanda desaprender hábitos de vida. No campo da comunicação nas organizações, um dos caminhos ao estímulo da criatividade é a implementação de uma perspectiva integrada e interdisciplinar entre as interfaces institucional, mercadológica e interna. “Criatividade está embasada na cultura e em bons processos de comunicação. A união desses elementos faz chegar na inovação”, atestou. Aliás, ele vê uma relação dialética entre criatividade (ideia), inovação (resultado, ideia concretizada) e empreendedorismo (geração de lucro com a inovação).

 

 

Para Chibás Ortiz, a criatividade e a inovação não devem ser apenas associadas a novas tecnologias, porque na verdade são posturas de vida. Ser original e desenvolver uma visão crítica e analítica sobre o entorno, problematizar a realidade e fazer perguntas deve estar no centro de uma atuação profissional, dialógica e integral. Para os comunicadores, não pode ser diferente. Citando Steve Jobs, para quem “as pessoas são inerentemente criativas”, o palestrante pontuou que criatividade não é apenas gerar ideias, mas também desenvolver a sensibilidade no cotidiano. Há possibilidades de se estimular essa sensação com a arquitetura organizacional, a abertura para o tempo livre, o contato com manifestações artísticas, o incentivo à pesquisa, a oferta de estruturas de premiação para novos pontos-de-vista e a aplicação de métodos específicos para cada tipo de profissional e segmento de negócio. “A mente usa a sua faculdade de criatividade apenas quando a experiência a obriga a fazê-lo”, mencionou parafraseando o filósofo francês Jules Henri Poincaré.

A Fast Company elencou as dimensões da inovação, onde cita estratégia, processos, organização e cultura, estrutura e suporte e resultado de inovação. E isso tudo se realiza em mecanismos como as plataformas de co-criação, os mecanismos de reconhecimento coletivos e a vivência de valores organizacionais. Para a Best Inovator, as cinco organizações com mais destaque neste campo no Brasil são 3M, Basf, Dow, Dupont e Whirpool. Elas que parecem aplicar com mais consistência métodos de criatividade na gestão da comunicação. Chibás Ortiz explicou métodos como brainstorming, 635, Sinéctico, Delphi, Lista de Atributos, Scamper, Matriz Morfológica, Triz, Seis Chapéus, Mapa Mental e Nove Janelas, que são aplicáveis com diferentes performances em ciências naturais ou humanas. Ele ainda analisou os métodos sob o ponto-de-vista da lógica ou imaginação, dos recursos conscientes ou inconscientes, grau de complexidade, ênfase no qualitativo ou quantitativo e ainda do uso com públicos específicos ou geral. Cada etapa da gestão da comunicação (Planejamento, Organização, Implementação, Controle, Pesquisa, Criação, Clima Organizacional) encontra um processo mais adequado.

LIVRO - Em seu livro “Creatividad, Comunicación y Cultura: gestión de proyectos educativo-culturales en la Era Digital”, lançado pela editora cubana Editorial Pueblo y Educación e que baseou a apresentação na Aberje, Chibás Ortiz busca contribuir para o desenvolvimento dos estudos aplicados da administração, gestão da comunicação e psicologia organizacional, assim como debater as formas em que se pode fomentar e gerenciar a criatividade nas organizações. Ele propõe a necessidade de ter uma cultura da criatividade, apresentando diagnóstico dos principais paradoxos e dilemas que o empresariado enfrenta para desenvolver a criatividade organizacional na atualidade. Além disso, busca apresentar possíveis soluções e padrões de pensamento e micro-habilidades que podem ajudar a gerenciar a criatividade organizacional, com indicadores para avaliar a criatividade, assim como também os principais dilemas e desafios que enfrentam as organizações para fomentar a criatividade organizacional.


 

Para saber sobre os próximos eventos, basta clicar aqui. Dados sobre as próximas edições do projeto Jornadas podem ser obtidos pelo telefone 11-3662-3990 ramal 826 ou no e-mail mariana.fonseca@aberje.com.br com Mariana Fonseca.

 

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