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Relatório de Sustentabilidade no modelo GRI é uma ferramenta de gestão, não só de comunicação

11/11/2014

A Global Reporting Initiative/GRI é uma fundação sem fins lucrativos sediada em Amsterdam e criada em 1997 no Estados Unidos, a partir da constatação de que os relatos corporativos careciam de mais informações além dos financeiros. Agrupa uma rede multi-stakeholder – mercado financeiro, empresas, academia, sociedade civil, governos – e edita diretrizes de relatoria dos esforços feitos na área de sustentabilidade, buscando fazê-la uma prática normal nas organizações. O entendimento da entidade é a possibilidade de construir uma economia global sustentável onde organizações meçam seus impactos econômicos, ambientais, sociais e de governança de maneira responsável e transparente. Foi com esse escopo que Gláucia Terreo, Head da Global Reporting Initiative, começou sua apresentação na 2ª Jornada Aberje de Desenvolvimento de Relatórios GRI, realizada na tarde de 7 de novembro de 2014 no Espaço Aberje Sumaré em São Paulo/SP. Estevam Pereira, diretor da Report Sustentabilidade, também fez palestra.

 

 

As diretrizes da GRI são um bem público e estão na quarta geração buscando simplificação de uso e foco em diferentes etapas do processo, a partir dos insights trazidos por instituições mediadoras e os usuários. Consistem em princípios para a definição do conteúdo do relatório e a garantia da qualidade das informações relatadas e incluem o conteúdo do relatório, composto de indicadores de desempenho e outros itens de divulgação, além de orientações sobre temas técnicos específicos relativos à elaboração do relatório. Atualmente, 6 mil empresas referem seu uso, sendo 250 delas no Brasil.

Entre outros propósitos, podem ser utilizadas, conforme manifestou Gláucia, como padrão de referência e avaliação do desempenho de sustentabilidade com respeito a leis, normas, códigos, padrões de desempenho e iniciativas voluntárias; demonstração de como a organização infl uencia e é influenciada por expectativas de desenvolvimento sustentável; e comparação de desempenho dentro da organização e entre organizações diferentes ao longo do tempo. Os princípios norteadores da 4ª geração de diretrizes (G4) trazem indicadores econômicos, ambientais, relações trabalhistas, direitos humanos, sociedade e produtos. “O modelo GRI é uma ferramenta de gestão, não só de comunicação”, resume ela.

A executiva destaca que os princípios de definição de conteúdo de um relatório devem passar pela completude, pela materialidade, pela inclusão de stakeholders a partir do impacto mútuo e ainda pelo contexto sustentável, com discussões relevantes em andamento no segmento de negócio de quem relata. A qualidade do relato passa por exatidão, equilíbrio, clareza, comparabilidade, tempestividade e confiabilidade. “Os comunicadores passam a ter um posicionamento único, com conhecimento detalhado da empresa. É a chance de se colocar de uma maneira mais estratégica, com uma linguagem de negócios”, defende Glaucia.

 

 

ESTUDOS - Estevam Pereira fez um enfoque na materialidade, que auxilia na determinação do foco sobre sustentabilidade a partir da análise sobre os impactos gerados. É um conceito com origem no campo contábil para expressar a prestação de contas sobre o que é importante. Segundo a norma AA1000, materialidade é determinada pela relevância e pela importância de uma questão, sendo que uma questão material irá influenciar as decisões, as ações e o desempenho de uma organização ou de seus stakeholders.  Já para o  International Integrated Reporting Council/IIRC, um assunto é material se, na visão da alta direção e daqueles encarregados pela governança, ele for de tal relevância e importância que poderia influenciar significativamente as avaliações do público-alvo inicial de usuário do relatório com relação à capacidade da organização para criar valor no curto, médio e longo prazo.

Pereira parte do pressuposto que sustentabilidade é a capacidade dos negócios se alinharem  ao espírito do tempo. E a Report tem publicado materiais de base para auxiliar nesse processo. Um dos exemplos é o 1o Estudo de Materialidade no Brasil, com apoio da Aberje, quando se detectou que as consultas não se desdobravam para a gestão, não envolviam públicos essenciais e havia dificuldade de elevar a sustentabilidade à governança estratégica. Outro exemplo é o estudo Materialidade no Brasil – Um Ensaio Qualitativo, com cases de Banco do Brasil, Cosan, EDP e SulAmérica. O palestrante aproveitou a ocasião para divulgar os resultados do 2o Estudo de materialidade no Brasil, que aponta, entre outros pontos, que, das 117 empresas, 82 (70%) realizaram processos de materialidade. Houve um aumento de 20% em comparação ao estudo anterior, chegando a 93% que fazem consulta a stakeholders e 48% que priorizam um número entre 4 a 10 temas – validados em 62% dos casos pela alta gestão e com vínculo com o planejamento estratégico confirmado em 57% dos casos.

 

 

A conversa teve mediação com a plateia feita por Jaqueline Nichi, Coordenadora de Conteúdos Institucionais da Natura, e por Fernando Fonseca, consultor de Comunicação na Gerência de Reputação do Itaú Unibanco. Para saber sobre as próximas edições do projeto Jornadas Aberje, entre em contato pelo telefone 11-3662-3990 ramal 845 ou no e-mail priscila@aberje.com.br com Priscila Fiorelli.

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