Segurança no trânsito é um tema para todos

Acidentes de trânsito são problema de saúde pública, especialmente nos BRICS. Até 2030, a previsão é que passem para o 5º lugar entre os maiores fatores de mortalidade no mundo, sendo que já são hoje a primeira causa na faixa etária de 15 a 29 anos. Ainda em 2010, diante dessa realidade, a ONU declarou a “Década de Ação para a segurança no trânsito”, com a meta de reduzir em 50% a quantidade de vítimas fatais.

A sociedade civil organizada, os governos e as empresas podem estabelecer planos com metas e prazos de redução de acidentes ambiciosas e factíveis, desenvolvendo e implementando políticas e soluções de infraestrutura para proteger os usuários das vias e oferecendo meios de transporte mais seguros, sustentáveis e alternativos. Reforçar a aplicação e a conscientização da legislação de trânsito e fortalecer os serviços hospitalares para atender às vítimas de trânsito são outros pontos.

E foi exatamente nesse panorama que o Encontro Setorial Aberje de Segurança no Trânsito trouxe através de três convidados especiais: Maria Lucia Antonio, Gerente de Publicidade da Fiat; Alessandro Pereira, Coordenador de Interação com o Cliente da CCR ViaOeste; e Evelyn Lima, Supervisora de Relações Públicas da Honda. Eles estiveram no dia 28 de maio de 2014 no Espaço Sumaré em São Paulo/SP e participaram de importantes discussões.

Maria Lucia Antonio, Gerente de Publicidade da Fiat, fala no case “Vacilão na rua, não – Fiat por uma rua melhor”. O trabalh integra a Campanha Rua, que mais do que ações específicas representa uma postura histórica de marca, no sentido de propor-se oficialmente a estar ao lado das pessoas. Essa ideia é expressa por marcos, e começa em 1995, quando o país vivia um boom de consumo e os revendedores começaram a cobrar ágio sobre aquisição de automóveis, levando a Fiat a colocar-se ao lado da população e a desafir a dinâmica do mercado através do Clube Mille Online, com venda de carros por telefone e sem cobrança de qualquer taxa. Outro exemplo foi a introdução dos freios ABS, hoje obrigatórios, ainda no modelo Tipo na segunda metade da década de 90. Ela relembra campanhas de comunicação que reforçavam esta visão, como o caso do lançamento do Palio mencionando situações de racismo, diversidade sexual e preconceito por classe econômica.

O engajamento foi a tônica da campanha de 30 anos da companhia, pensando no futuro das pessoas e das crianças para além da questão do automóvel. A intenção era mostrar que a Fiat era não só líder de vendas, mas líder de pensamento. Para tanto, foi buscado um diretor de documentários, e não de publicidade tradicional. “Mas foi na Copa das Confederações que encontramos nosso território de comunicação. A rua carrega muito do que a Fiat é, e muito do que queremos reforçar”, aponta. A estratégia aconteceu através da ação “Vem pra Rua”, buscando legitimar a marca e fazer da rua um lugar melhor, participando de discussões sobre mobilidade urbana que vinham sendo apropriadas por outras marcas de outros segmentos de negócio. E o desafio era tratar do tema sem parecer um sermão. E complementa: “a Fiat é a marca que mais entende de rua. E se alguém tem o respaldo para levantar a bandeira de uma rua melhor, é a marca que lidera o mercado há 12 anos. Esta é a função de um líder:  enxergar além e mostrar o caminho”.

A campanha do vacilão buscou oferecer um conteúdo especial, em linguagem descontraída, com dicas de boas maneiras, novas tecnologias e informações úteis para o brasileiro parar de vacilar no trânsito. Está integrada por vts publicitários, ações em redes sociais e portal informativo, edição de cartilha, distribuição de camiseta, veiculações em mobiliário urbano, game Vacilândia, ações de merchandising em programas televisivos. Todo o material pode ser visto em canal específico no YouTube.

Malu adianta que a plataforma de rua vai continuar. Os Contos da Rua são o próximo passo, passando a dar voz a pessoas e suas histórias e exaltando quem compõem esse cenário, e consequentemente a marca.

RODOVIAS - Já o Coordenador de Interação com o Cliente da CCR ViaOeste, Alessandro Pereira, levou a experiência do case “Segurança em Rodovias”. O Sistema Castello-Raposo, administrado pela CCR ViaOeste, integra as Rodovias Castello Branco, Senador José Ermírio de Moraes, Raposo Tavares e Dr. Celso Charuri. Com movimento médio de 600 mil viagens por dia, os 168,62 quilômetros de rodovias administrados pela concessionária ligam a capital ao oeste do Estado, beneficiando mais de 13,5 milhões de habitantes, moradores de 15 municípios.

Foi Pereira que trouxe as informações levantadas no início deste texto. E a empresa está dentro dessa visão de trabalho na área, inclusive sendo signatária de pacto global. Por isso, eles organizaram a noção de “Rodovia que perdoa”, com diversas melhorias de estrutura e funcionamento para minimizar eventuais falhas dos condutores ou dos veículos e dar mais uma chance à vida. Auditorias nas rodovias vão buscando oportunidades de implantar dispositivos atenuadores de impacto que diminuam gravidade dos acidentes.  A comunicação não fica de fora deste pensamento, com diversas interfaces para conscientizar as pessoas e provocar transformações. Os colaboradores e parceiros são sempre convidados a protagonizar as campanhas.

O Programa de Redução de Acidentes envolve atividades nas praças de pedágio, com abordagens e entrega de folhetos sobre direção segura, uso indevido do acostamento, ocorrência de neblina e queimadas. Tem ainda o projeto “Acorda Caminhoneiro” nas balanças de pesagem, ponto de frenagem e parada obrigatória destes motoristas, com entrega de materiais impressos. Mas a ideia central é realmente conversar e ativar a atenção dos condutores nos períodos noturnos, em suas extensas jornadas de trabalho.

O Estrada para a Cidadania, mostrado pelo palestrante, é um dos esforços feitos para disseminar informações sobre meio ambiente e segurança de trânsito e cidadania entre os alunos dos quarto e quintos anos das redes públicas de ensino fundamental nas cidades de atuação das concessionárias do Grupo.  Desde a criação em 2002, cerca de 1,5 milhão de crianças tiveram a oportunidade de aprender noções sobre segurança no trânsito, transformando-se em agentes disseminadores de conhecimento e valores sobre a preservação da vida. Foi eleito pela IBTTA - principal associação internacional de concessionárias de rodovias - o melhor programa de responsabilidade social do setor em todo o mundo.

TRÂNSITO - Evelyn Lima, Supervisora de Relações Públicas da Honda, com o trabalho “Harmonia no Trânsito”. Foi em 1976 o início da produção da Moto Honda da Amazônia em Manaus, ponto com capacidade produtiva de 2 milhões de unidades por ano em sete linhas de montagem – sendo cinco de motocicletas, uma de motores estacionários e uma de quadriciclos. Em 2014, chegará ao volume acumulado de 20 milhões de motos produzidas. E faz parte do compromisso da Honda contribuir para que os clientes utilizem seus produtos com segurança. Para isso, a empresa envolve diversas áreas (Vendas, Marketing, Relações Públicas, Centro Educacional de Trânsito) na discussão e execução de projetos que visem a melhoria do trânsito, a partir da educação.

Desde o início das atividades no Brasil, a Honda promove ações educacionais com foco em segurança no trânsito. Hoje é referência nacional na capacitação e conscientização de motociclistas. Localizados nas cidades de Indaiatuba(SP) e Recife(PE), os Centros Educacionais de Trânsito Honda (CETH) oferecem treinamentos a motociclistas com o objetivo de difundir conceitos de pilotagem segura.  Possuem simuladores de pilotagem que possibilitam aos motociclistas vivenciar as mais variadas situações do trânsito e se condicionar a reagir de forma segura. Sua utilização vai desde o primeiro contato com a moto até a assimilação dos exercícios e avaliação de comportamento pós-treinamento. Toda a estrutura de ambos os centros educacionais é utilizada para oferecer treinamentos gratuitos de pilotagem a empresas frotistas e órgãos públicos, como policiais e bombeiros, de todas as regiões do Brasil e também de outros países da América do Sul. Outra atividade dos CETHs é o curso de Formação de Instrutores da Rede, que tem por objetivo multiplicar regionalmente esse conhecimento aos motociclistas em geral por meio de instrutores das concessionárias. Além disso, a equipe do CETH realiza palestras educativas, test-rides e atividades educativas itinerantes por todo o País. Desde o início das atividades educacionais, os dois CETHs já treinaram mais de 530 mil motociclistas.

O canal do YouTube diponibiliza todos os vídeos e animações produzidos pelo CETH. São quase 100 vídeos que já ultrapassaram 110 mil views, com preferência por animações 3D. Com mais de 2 milhões de seguidores, o perfil Honda Dream no Facebook é mais um canal utilizado para disseminação dos conteúdos. A palestra Harmonia no Trânsito foi desenvolvida para aplicação em empresas, órgãos públicos, instituições de ensino que desejam levar a seus colaboradores informações pertinentes à uma condução segura. Com esta nova forma de apresentar o  tema segurança viária, os CETHs e os CETCs atendem uma demanda solicitada pelas empresas, que é "conversar" como todos os públicos: motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres. Desenvolvida com gráficos e imagens exclusivas, as telas incluem Animações em 3D e vídeos, são modernas, trabalhadas trazendo o foco para uma reflexão sobre o comportamento dos condutores. 

Ela finalizou a palestra falando do Clubinho Honda, que, desde 1992, leva educação no trânsito de forma divertida para crianças, pais e professores, inclusive com uma Cidade Mirim, além de games, manuais e histórias em quadrinhos. “Em resumo, é uma marca que acredita no poder dos sonhos, com filosofia baseada em ser ambientalmente responsável, investir em tecnologia e promover a harmonia no trânsito para construir um mundo melhor”, arremata Evelyn. José Luiz Terwak, Assessor de Segurança no Trânsito da empresa, também participou da conversa.

Informações sobre os próximos encontros podem ser obtidas pelo telefone 11-3662-3990 Ramal 821 ou ainda no e-mail relacionamento@aberje.com.br com Iago Vargas.