COBERTURA: Diálogos Aberje Universidade promove debate sobre livro

No dia 12 de novembro, o Diálogos Aberje Universidade promoveu o debate entre estudantes universitários e os professores da Universidade Metodista Fábio França e Maria Aparecida Ferrari, autores do livro Relações Públicas: teoria, contexto e relacionamento, escrito com James Grunig.

A professora iniciou sua fala mencionando a primeira parte do livro, escrita por Grunig, que traz os principais pontos da pesquisa sobre Relações Públicas que realizou. Ele explorou três itens sobre como a empresa deve trabalhar a Comunicação: além da excelência no produto, é necessário considerar o aumento da relevância dos aspectos intangíveis, por meio da reputação e construção de marca, por exemplo; a capacidade da organização em inovar e renovar, através de uma cultura participativa; relevar a prática da responsabilidade social, ultrapassando o nível da filantropia e atuando na cadeia de valor da sociedade.

Além disso, a professora citou a vulnerabilidade nos ambientes interno e externo que afetam o trabalho do comunicador e ressaltou a importância estratégica do profissional de relações públicas, através da participação do mesmo na tomada de decisões, das atividades de relacionamento, da comunicação simétrica, além da função educativa que o profissional adquiriu (com mudanças e adequação dos comportamentos). Isso caracteriza o Estudo da Excelência realizado pelo teórico, que define e defende relações públicas como função gerencial, criador de valor para as organizações, mensurando os resultados e a reputação da organização.

A segunda parte do livro, escrita pela professora Ferrari, aborda o contexto em dois níveis: o nacional, que é diferenciado para cada país e se impregna fortemente no segundo nível, o organizacional, constituído de hábitos, valores, normas e regras tomados como verdade dentro da empresa. Assim, Ferrari concluiu que a prática de relações públicas depende do modelo da cultura organizacional (que pode ser de gestão autoritária ou participativa).

Fábio França apresentou a terceira parte do livro, escrito por ele, que trouxe como tema a gestão dos relacionamentos. O professor acentuou a importância destes não com públicos intangíveis, mas com pessoas; e terminou afirmando que quando o relacionamento é com o público em geral, então é caracterizado como corporativo, em que se encontram os relacionamentos essenciais em sua maioria.

O professor também ressaltou a importância do relações públicas, não como um improvisador, mas como portador de conhecimento patente e latente, tendo a inteligência integral a serviço da empresa. Também apresentou as valias dos relacionamentos para as organizações, dando importância sempre ao comunicador possuidor de uma mente global, que trabalha a visão de mundo.

Convidado para comentar o livro em debate, Orpheu Cairolli, diretor da ECM Consultoria Estratégica e ex-diretor do curso de Relações Públicas da Universidade Metodista, preferiu não citar o conteúdo, mas a importância do livro ao elaborar dois conceitos: o tempo e o fator psicossocial, que determinam o entendimento das coisas, que é orientado pela subjetividade de cada ser humano. Assim, afirmou que os três autores não macularam a essência da teoria de relações públicas nascente na década de 60, e ainda trouxeram um texto atualizado, que respeita a subjetividade humana, o nosso tempo e o contexto, sendo atual e estratégico. 

Em seguida, um debate envolveu todos os presentes e foi seguido de uma sessão de autógrafos.

O próximo Diálogos Aberje Universitário será no dia 18 de novembro, às 14h e trará para debate as professoras da Universidade Presbiteriana Mackenzie: Esmeralda Rizzo e Ângela Schaun, que comentarão o livro Agências de Comunicação, Teoria e Prática. O evento é gratuito e as inscrições poderão ser feitas através do site da Aberje.

Informações: 3662-3990 ou barbara@aberje.com.br