Na última quinta-feira, dia 21, o Grupo Boticário, que controla as unidades de negócio O Boticário, Eudora, quem disse, berenice?, The Beauty Box e Skingen Inteligência Genética, inaugurou seu Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR). Com mais de 8 mil metros quadrados de área construída, o empreendimento, que recebeu investimentos de R$ 37 milhões, comporta, inicialmente, uma equipe de 230 pessoas exclusivamente dedicadas ao trabalho de inovação em produtos.
“Com equipamentos de alta tecnologia, espaços idealizados e projetados com a colaboração da equipe, e um time multidisciplinar de profissionais altamente qualificados, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento reafirma a excelência do Grupo Boticário na criação de produtos de beleza. O empreendimento que temos aqui hoje é compatível com o que há de mais avançado no mundo, dentro do segmento de perfumaria e cosméticos”, afirma o presidente do Grupo Boticário, Artur Grynbaum.
Aproximadamente metade do faturamento do Grupo Boticário é resultante dos lançamentos que a organização coloca no mercado por meio de suas unidades de negócio. “A inovação sempre esteve no DNA do Grupo Boticário. Somente em 2012, foram cerca de 1,6 mil produtos novos. Só o lançamento da unidade quem disse, berenice?, inaugurada em setembro, envolveu o desenvolvimento de mais de 500 produtos em cerca de um ano”, complementa Grynbaum.
Cabines sensoriais e tecnologia
Nos últimos dois anos, a equipe de pesquisa e desenvolvimento aumentou 40%, estruturando-se por categoria (perfumaria, maquiagem e cuidados pessoais). O Centro foi planejado para comportar, de forma eficiente e inovadora, este novo momento da organização e suportar o crescimento dos negócios. “Além de um aumento considerável de espaço e equipamentos, os ambientes foram concebidos para estimular a criatividade e integração de todas as áreas e pessoas envolvidas nos processos de pesquisa e desenvolvimento de produtos, incluindo as áreas de marketing das unidades de negócio do grupo”, diz o diretor executivo de Operações do Grupo Boticário, Giuseppe Musella.
“Trabalhamos com uma média de 2 mil produtos em desenvolvimento simultaneamente. Por isso, cada detalhe que pudesse garantir a eficiência operacional foi fundamental para chegarmos ao nível de excelência deste novo espaço”, afirma o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário, Richard Schwarzer. Nesse sentido, a ampliação dos recursos para pesquisa é um exemplo dessa eficiência operacional.
Para garantir que o consumidor tenha a melhor experiência sensorial com os produtos, houve expansão significativa dos espaços dedicados à sua experimentação. Foram construídas novas cabines automatizadas para testes, com controle de temperatura, fluxo de água, exaustão e iluminação. Nestas cabines, são feitas avaliações relacionadas à fragrância, textura, facilidade de aplicação e resultado visual na pele.
Equipamentos de alta tecnologia, tais como câmaras com controle de temperatura e umidade, permitem a comprovação científica da conformidade dos produtos, no que tange à sua eficácia, segurança e estabilidade, tanto em relação à fórmula, quanto às embalagens. Com eles, é possível medir a hidratação e o nível de transpiração da pele, além do volume e profundidade de sinais de envelhecimento, observar o nível de permeação cutânea de um creme (camada da pele em que o produto chega), fazer simulações de radiação solar, de envelhecimento e até mesmo da exposição do produto ao movimento dentro de uma bolsa ou durante o transporte entre a indústria e o ponto de venda. Ensaios de resistência e funcionalidade de materiais também são realizados no laboratório de tecnologia de embalagens e são aplicados tanto para projetos de produtos quanto para a qualificação de fornecedores já estabelecidos.
O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário ainda possui salas de estudos e duas bibliotecas – uma tradicional, com acervo dedicado à pesquisa tecnológica, e outra de fragrâncias, com capacidade para comportar 8 mil produtos, entre perfumes, óleos, amostras de fragrâncias e de matérias-primas.
A realização da obra ficou a cargo da empresa paranaense Emadel Engenharia e Obras, que colocou em prática conceitos sustentáveis, como a luminotécnica, que explora a luz natural como forma de contenção de energia elétrica. A assinatura do empreendimento é das arquitetas Danielle Nicoladelli e Márcia Shibue, da Metri - Soluções em Arquitetura e Planejamento.
Investimento e pioneirismo
O Grupo Boticário investe cerca de 2,5% de seu faturamento em Pesquisa e Desenvolvimento. Foi a primeira empresa privada no Brasil a adquirir, em 2007, um cromatógrafo massa/massa – equipamento de cerca de R$ 1 milhão destinado a pesquisas com nanotecnologia. Também foi a primeira a aplicar nanotecnologia em cosméticos e a desenvolver um produto com triplananotecnologia – que permite a entrega direcionada dos ativos nas camadas da pele. E foi pioneira na produção de uma colônia com base no álcool vínico, obtido pela destilação do vinho e macerado em tanques de carvalho francês – os mesmos utilizados na fabricação dos vinhos nobres –, o que rendeu a concessão de patente para o Grupo. Hoje, a fragrância Malbec, resultado desta inovação, é um produto campeão de vendas na unidade de negócio O Boticário.
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em números
ü R$ 37 milhões de investimento
ü Mais de 8 mil metros quadrados de área construída
ü Equipe inicial de 230 pessoas
ü Aumento de 40% da equipe de pesquisa e desenvolvimento, nos últimos dois anos
ü Média de 2 mil produtos em desenvolvimento ao mesmo tempo
ü Biblioteca de fragrâncias com capacidade para 8 mil produtos
ü Cerca de 2,5% do faturamento do Grupo Boticário é investido em Pesquisa e Desenvolvimento
ü Cerca de 1.600 produtos novos em 2012, sendo 500 desenvolvidos para quem disse, berenice?
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