O programa de visitação Brasil Kirin Tour é um grande exemplo de boas práticas de comunicação ligado à experiência de marca. Os visitantes participam de uma imersão, conhecendo as histórias e a produção de cada produto do portfólio da marca. A fábrica, localizada na cidade de Itu no interior de São Paulo, abre as portas para as pessoas da comunidade - e curiosos vindos das mais diversas partes do mundo - para mostrar não só os processos técnicos, mas também, para expor o valor da tradição e da qualidade de seus produtos.
Logo que os visitantes chegam ao local, são encaminhados para um “auditório-bar”, com poltronas de um lado e mesas e cadeiras de madeira de outro, dispostas em frente a um balcão e ao lado de uma geladeira, em que sucos, água e refrigerantes podem ser tomados à vontade.
Fotos: J.R. Ribeiro
Grupo é recepcionado e começa a receber informações sobre a trajetória da empresa
Acomodados com refrescos nas mãos, os participantes recebem todas as informações sobre a marca. O ponto inicial é a mudança de nome de Schincariol para a Brasil Kirin - Força de Respeito. A fabricante de bebidas Schincariol reformulou sua estratégia para ampliar presença no país e passou a se chamar Brasil Kirin, ao final de 2012, um ano após a fabricante de bebidas ter sido adquirida pela Kirin Holding Company. Sobre e expressão “Força de respeito”, a monitora do Tour explica: “a Kirin, em respeito à cultura e aos costumes do nosso país, colocou o Brasil em primeiro lugar, prezando também pelo respeito aos clientes, colaboradores e ao meio ambiente”. E aproveita a ocasião para mostrar também projetos e ações de sustentabilidade realizados pela fábrica – como o projeto SOS Mata Atlântica – que ocorre na Fazenda São Luis - Porto Feliz, em que 2 milhões de mudas nativas já foram plantadas.
O Novo logo foi inspirado nos elementos que regem a natureza: terra (verde escuro), ar (azul), fogo (vermelho) e água (verde água), dispostos em forma de K de Kirin. O verde o amarelo formam o B de Brasil. Os elementos gráficos do logo têm forma de gota e formam um ideograma japonês que significa água: a fonte da vida e o principal ingrediente dos produtos da marca.
Apesar da aquisição e mudança de nome, a Brasil Kirin preservou as marcas de seu portfólio por serem nomes fortes e já consolidados no ideário de seus públicos. A empresa está no mercado há 100 anos, tem presença em 4 continentes e emprega 40 mil funcionários no mundo, sendo que 10 mil trabalham no Brasil, 25 mil no Japão. No Brasil, há 13 unidades fabris, 11 distribuidores próprios e 194 revendas para cerca de 600 mil pontos de vendas.
A monitora explica que a visão da Brasil Kirin é ser uma empresa inovadora de bebidas que dão prazer e alegria. E acrescenta que o seu foco principal é no consumidor, para compreender o que ele entende, o que ele deseja e atender a essa demanda.
A história da empresa no Brasil começou em 1939, com a fabricação do famoso refrigerante de tutti-frutti, a Itubaína. O Sr. Primo Schincarional, criador do refrigerante, produzia-o de forma manual e caseira, no local onde morava. Com o sucesso da bebida e o aumento significativo da produção, na década de 60, ele se mudou para o terreno em que a empresa está instalada até hoje.
Depois a produção foi ampliada, e o portfólio - cervejas artesanais e industriais, águas, sucos, refrigerantes - e suas histórias são apresentadas, com fatos engraçados e curiosidades. Por exemplo a cerveja Pilsen Schincariol, feita com ingredientes importados, que seguia as receitas europeias e não agradava ao paladar dos brasileiros, que gostam de cervejas mais leves e suaves e, por isso, teve sua fórmula alterada para a Nova Schin.
Ao final da apresentação, a conversa volta, inevitavelmente à Itubaína. Todos os visitantes contam, com ar nostálgico, suas memórias de infância em relação à marca. Falam de quando tomavam o refrigerante em saquinho com um canudinho na rua, entre as brincadeiras. Ou nos almoços de domingo na casa da avó com macarronada. Mas a opinião é unânime: quando se fala em Itubaína, todos se lembram do pão com mortadela. Nesta hora, todos são convidados a relembrar esses momentos com a marca: são oferecidos Itubaína e pão com mortadela para cada um dos participantes.
A monitora Ellen Dayane da Silva faz explicações sobre a comunicação da marca
Após o lanche, são passadas as regras de segurança. Durante toda a visita é preciso usar uma toca higiênica e em alguns trechos, um óculos de proteção. Além disso, todos recebem um receptor com fone para acompanhar as informações passadas pelos monitores da visita. Com todos preparados, o grupo sai para conhecer a fábrica e os seus processos de produção.
Regras de segurança são seguidas à risca pelos visitantes
A visita começa pelo lado externo, passando inicialmente pelas caldeiras e por grandes galões onde são guardados os acidulantes, conservantes e outros ingredientes essenciais na produção das bebidas. No laboratório central, trabalham o guardião da fórmula da Itubaína e 5 mestres-cervejeiros, entre eles o alemão Peter Ehrhardt, criador da fórmula da Nova Schin.
Na Estação de Tratamento de Água, a água será tratada para eliminar qualquer impureza como micropartículas e possíveis cheiros que hajam, passando por diversos processos incluindo o filtro de carvão ativo. Essa estação pode tratar até 600 mil litros de água por hora. Em seguida, é mostrada a xaroparia, onde o xarope se junta aos corantes e acidulantes e forma o xarope composto, que é a base dos refrigerantes. Pronto, ele vai por tubulação até a linha de envase, passando pelo mix para ser finalizado e depois ser envasado. Ao lado, há grandes silos, que armazenam açúcar.
A Estação de tratamento dos detritos industriais vem logo em seguida. Toda a água descartada vai para esta estação. Nos tanques há microorganismos que ajudam na limpeza. Esse processo emite gás metano, que passa pela estação de tratamento de efluentes industriais, sendo reaproveitado como combustível biogás para abastecer as caldeiras, mostrando ações de sustentabilidade e preocupação com a proteção ao meio ambiente da Brasil Kirin.
O próximo ambiente visitado é o galpão, onde os produtos, já engarrafados são armazenados. Dentro da fábrica, os visitantes podem ver os processos finais da produção das bebidas, e como as garrafas pets ganham os formatos, em que os tubos de plástico chamados pré-forma passam pela técnica de modelagem por aquecimento e sopro, chamada blow molding. Em outra parte interna da fábrica, é possível ver o processo de empacotamento dos produtos e de envase da famosa Itubaína e dos demais refrigerantes.
Ao final, o monitor, na frente de gigantes silos de malte de cevada e de grits de milho, explica sobre a junção dos ingredientes na cervejaria e fala sobre os processos de malteação. Nesta parte, a fábrica cheira a flocos de milho, como o cereal matinal. A visitação termina no espaço Toca do Tatu, onde é possível ver e sentir o cheiro dos ingredientes e fazer a degustação do chope. A cerveja, explica o monitor, é o chope pasteurizado, isso é, livre de microrganismos, processo feito após o envase.
Desempenho dos monitores, como de Victor Carrilho Terraz, torna a visita mais memorável
Todos os visitantes são presenteados com um kit da Brasil Kirin, levando para casa produtos da marca, além de novos conhecimentos e histórias para contar. Segundo Bianca de Sousa Teles Almeida, analista de Comunicação e responsável pelo programa de visitação, o projeto gera conhecimento e experiências com as marcas, além dos processos técnicos, linha de produção, o compromisso com a qualidade, procedimentos de limpeza e a grande capacidade de produção de uma empresa deste porte. Ela acredita que “o principal valor gerado pelo tour é o conhecimento sobre o valor que as nossas marcas possuem”.
Os visitantes se surpreendem com a fábrica, com sua organização e limpeza. Não imaginavam o porte e a capacidade de produção e concordam que a visita à fábrica, o contato com a marca, logo, seus valores e todo o processo de produção foi uma experiência muito interessante e inesquecível. “A cada história contada, a cada parte da fábrica visitada e a cada produto degustado, foi como se antigas lembranças viessem à mente e, ao mesmo tempo, eu estava levando novas memórias dessa experiência”.
A equipe de audiovisual da Aberje acompanhou o tour e produziu um vídeo disponível no Canal da Aberje no YouTube. O conteúdo, com total de 6min34s, também pode ser visualizado clicando na imagem abaixo.
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