Com 816 operações de fusões e aquisições que envolveram direta ou indiretamente empresas brasileiras em 2012, esse tipo de negócio praticamente repetiu o recorde anual anterior no número de transações, apurado em 2011, quando foram anotados 817 negócios. O resultado foi apurado pela Pesquisa de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil, elaborada a cada três meses.
Segundo o levantamento, diferentemente do que ocorreu em 2011 – quando as transações domésticas (envolvendo apenas empresas de capital brasileiro) foram maioria, com 410 operações (50,2% do total) –, esta categoria de fusão ou aquisição totalizou 342 negócios (41,9% do total). “Em 2012, apesar de a participação de brasileiros no protagonismo dos negócios ter sido significativa, ainda, percebemos uma presença pronunciada dos estrangeiros, que atuaram forte, principalmente na ponta compradora. No entanto, o apetite dos estrangeiros recuou consideravelmente ao final do ano, no quarto trimestre, o que deve ser destacado, especialmente quando pensamos nas perspectivas de negócios para 2013”, explica Luis Motta, sócio-líder da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil e responsável pela pesquisa.
Negócios com estrangeiros
As transações nas quais uma empresa de capital estrangeiro adquire, de brasileiros, empresa de capital brasileiro estabelecida no Brasil (conhecida como tipo CB1) apresentaram uma evolução de 42,3%, passando dos 208 negócios em 2011 para 296 no ano passado. “Não temos dúvidas que, apesar da crise internacional e de uma certa percepção de arrefecimento do entusiasmo global com o Brasil, o País esteve na agenda de negócios de investidores estrangeiros. O problema é que o entusiasmo desses players arrefeceu nos últimos três meses do ano”, avalia o executivo.
Percebe-se, também, que as transações de internacionalização de empresas brasileiras (CB2) tiveram recuo de 33,9%, passando de 56 transações em 2011, para apenas 37 em 2012. Também foi observada estabilidade nas transações CB3 (onde empresa de capital brasileiro adquire de estrangeiro empresa de capital estrangeiro estabelecida no Brasil), com 30 negócios nos últimos 12 meses contra 29 do ano anterior.
Entre as transações envolvendo uma empresa de capital estrangeiro que adquire de estrangeiros uma empresa de capital estrangeiro estabelecida no Brasil (CB4), a situação é de pequeno recuo, de 4,7%, em razão dos 102 negócios de 2012, cinco a menos que o observado em 2011. “Observando os movimentos realizados pelas empresas brasileiras, percebemos que a queda na busca por internacionalização sinaliza uma opção mais significativa por negócios dentro do Brasil como principal plataforma de crescimento”, comenta Luis Motta.
Em relação aos negócios do quarto trimestre de 2012 (entre outubro e dezembro), foram registradas 176 transações, o menor patamar trimestral do ano (ante 204 operações de janeiro a março; 229 de abril a junho; e 207 de julho a setembro). Por tipo de transação, as domésticas tiveram o melhor resultado do ano, com 92 negócios (contra 82, 84 e 84 no 1°, 2° e 3° trimestre, respectivamente). Por outro lado, fica evidente a queda do interesse dos estrangeiros no último trimestre do ano, quando as operações CB1 recuaram a 49 unidades (frente às 80, 93 e 74 no 1°, 2° e 3° trimestre, respectivamente).
Número de operações por tipo de negócio em 2012
|
Domésticas |
CB1 |
CB2 |
CB3 |
CB4 |
CB5 |
Total |
12 meses |
342 |
296 |
37 |
30 |
102 |
9 |
816 |
4° trim. |
92 |
49 |
6 |
7 |
20 |
2 |
176 |
3° trim. |
84 |
80 |
10 |
6 |
24 |
3 |
207 |
2° trim. |
84 |
93 |
11 |
6 |
33 |
2 |
229 |
1° trim. |
82 |
74 |
10 |
11 |
25 |
2 |
204 |
Fusões e aquisições por setor
Líder desde 2008 do ranking formado por 43 setores de atividade, o segmento de Tecnologia da Informação foi mais uma vez o que realizou maior número de fusões e aquisições no ano, com 104 transações somadas, 15,6% acima das 90 anotadas ao longo de 2011. A seguir, ficou o setor de Serviços para Empresas, com 65 operações, um crescimento significativo de 58,5% ante os 41 negócios do ano anterior. Em terceiro lugar figurou a área de Empresas de Internet (conhecidas como “ponto com”), que somou 56 negócios em 2012, notáveis 124% além dos 25 de 12 meses imediatamente anteriores. Na quarta posição ficou o setor de Alimentos, Bebidas e Fumo, com 46 transações, duas (4,5%) a mais que um ano antes. Já a quinta colocação teve como ocupante o setor Imobiliário, com 33 transações, resultado 28,2% abaixo dos 46 negócios de 2011. A sexta posição ficou com as Companhias de Energia, com 30 operações, 28,6% a menos que em 2011 (42).
A atual edição da Pesquisa de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil considera as operações de fusões e aquisições anunciadas e concluídas e entre 1° de janeiro e 31 de dezembro de 2012. O levantamento é realizado sistematicamente desde 1994.
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