O setor petroquímico mundial conviveu com queda de demanda e compressão de rentabilidade, em 2011, devido ao recrudescimento da crise econômica na Europa e suas repercussões para o mercado internacional, aliados à manutenção dos preços das matérias-primas em patamares elevados. Os excedentes exportáveis originários das economias mais desenvolvidas encontraram no Brasil um destino altamente convidativo, especialmente em razão de o real estar sobrevalorizado e também pelos incentivos tributários concedidos por alguns estados para a importação de produtos através de seus portos, que ingressam no país com vantagens sobre o produto nacional.
A conjugação desses fatores contribuiu para a demanda interna de resinas manter-se estável em relação a 2010, interrompendo uma sequência histórica de crescimento superior ao PIB. Nesse contexto, o EBITDA da Companhia atingiu R$ 3,7 bilhões, ou US$ 2,2 bilhões, o que representou uma redução de 8% e 3%, respectivamente, na comparação com 2010.
Para minimizar os efeitos de um cenário desafiador, a Braskem manteve o foco na busca da excelência operacional e no aumento da competitividade, com destaque para as iniciativas de captura das sinergias advindas da aquisição dos ativos da Quattor, que já permitiram ganhos anuais recorrentes de R$ 400 milhões em EBITDA, e para a implementação de um bem sucedido programa de redução de custo fixo, que neutralizou os impactos da inflação, de dissídios salariais e da incorporação dos novos ativos no período. No âmbito estratégico, prosseguiu com a implantação de seus projetos de crescimento e diversificação de matérias-primas, baseada na convicção de que as perspectivas de médio e longo prazo para o setor são bastante positivas.
“O ano de 2011 foi muito importante para a Braskem, especialmente pela evolução dos novos projetos industriais a partir de gás natural, como Comperj e México, e pela aquisição dos ativos de polipropileno da Dow nos Estados Unidos e Alemanha, que nos deu a liderança no mercado norte-americano dessa resina”, diz Carlos Fadigas, presidente da Braskem. “Os efeitos de curto prazo da turbulência econômica internacional requerem atenção, mas temos de nos manter preparados para responder à recuperação da demanda e ao PIB brasileiro, que seguirá crescendo em 2012. Todos os nossos crackers estão prontos para operar a taxas superiores após as paradas de manutenção realizadas no ano passado, e até julho iniciaremos a operação das novas plantas de PVC em Alagoas e de butadieno no Rio Grande do Sul”, acrescenta Fadigas.
Em
A Braskem registrou prejuízo contábil de R$ 517 milhões em 2011, comparativamente ao lucro líquido de R$ 1,9 bilhão em 2010. Contribuiu para esse resultado a apreciação do dólar sobre o real no segundo semestre, que gerou uma despesa financeira de R$ 1,2 bilhão, sem impacto no caixa da Companhia, além do menor desempenho operacional.
A parcela em dólar representa 73% da dívida líquida de US$ 6,4 bilhões da Braskem, que considera essa exposição adequada em função de praticamente toda sua receita e cerca de 80% de seus custos estarem correlacionados à moeda norte-americana. Em 31 de dezembro de 2011, o prazo médio do endividamento era de 12 anos. Se considerarmos apenas a parcela da dívida em dólares, o prazo médio é de cerca de 17 anos.
A Administração da Companhia propõe à Assembleia Geral Ordinária, que será realizada em 16 de abril, a distribuição de dividendos no montante total de R$ 482 milhões, com base na sua reserva de lucros a realizar.
Em linha com seu compromisso com o crescimento da indústria brasileira e de atender à expansão da demanda doméstica por petroquímicos, a Braskem realizou investimentos operacionais que totalizaram R$ 2,1 bilhões em 2011, 17% superior ao R$ 1,8 bilhão de 2010. Desse total, cerca de R$ 900 milhões foram destinados a aumento de capacidade produtiva, aproximadamente R$ 470 milhões a paradas de manutenção e mais de R$ 150 milhões para ações de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, entre outros destaques.
“O porte dos investimentos realizados confirma a confiança da Braskem no crescimento do mercado brasileiro e o compromisso da Companhia com a competitividade da cadeia produtiva dos plásticos
A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Com 35 plantas industriais distribuídas pelo Brasil, Estados Unidos e Alemanha, a empresa produz anualmente mais de 16 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos.
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