Com a meta de se tornar autossuficiente em energia até 2015, a Usiminas anuncia um importante movimento para a consolidação de sua estratégia. No dia 16 de junho, Usiminas e Cemig assinam um contrato para aumentar a eficiência do consumo de energia e reduzir custos operacionais da Companhia. O acordo, no valor de R$ 8,3 milhões, envolve a solução técnica apresentada pela empresa Yaskawa, de serviços e componentes elétricos, para a implementação de um projeto de otimização do consumo energético, com a redução de cerca de 2,5 MWh/mês para a linha de produção na Usina de Ipatinga.
O novo contrato entre a Usiminas e a Cemig faz parte da estratégia de competitividade da empresa e prevê a racionalização do uso da energia elétrica, contando com parcerias entre a companhia e empresas fornecedoras de equipamentos e serviços para eficiência energética. A gestão dessas parcerias será por meio de contratos de desempenho, nos quais a Cemig será responsável pela consultoria técnica e pelo financiamento de projetos de otimização de consumo propostos pelas empresas parceiras. Após a conclusão de cada projeto, a remuneração das empresas parceiras será atrelada ao desempenho atingido com a solução contratada.
Diretoria de Energia
Para gerir sua estratégia energética, a Usiminas está criando a Diretoria de Energia. Integrada à vice-presidência de Desenvolvimento e Competitividade e liderada por Bernardo Alvarenga, a nova diretoria vai atuar com foco na competitividade energética da Companhia. Ao todo, são cinco as frentes de atuação: redução de consumo; otimização de custos de energia; eficiência do mix de combustíveis; cogeração, que permite alto aproveitamento do passivo de energia térmica gerada por combustíveis; e considerar, ainda, a possibilidade de investimentos em ativos de energia. A expectativa é que em 2015, quando for concluído, o projeto de autossuficiência reduza o gasto anual da Companhia com energia em R$ 350 milhões anuais.
Como esse novo modelo de gestão, a energia passa a ser um diferencial de negócios na Usiminas, e não apenas um recurso. Bernardo Alvarenga, que é graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e tem MBA em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), conta com uma sólida carreira de mais de 30 anos no setor. Para o executivo, o trabalho vai além de gerenciar o consumo nas usinas e escritórios. “Vamos estar alinhados no sentido de viabilizar esse novo modelo de uso da energia. Mais do que gerar potência, e produzir trabalho, é fundamental entendê-la como um negócio”, conclui.
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