No Dia da Aviação de Caça (22/4), a Azul Linhas Aéreas Brasileiras homenageou o 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira com um jato adesivado e batizado especialmente para a ocasião. O PR-AYS, 19º Embraer 195 da companhia, chama-se “Jambock Azul”, código usado no rádio para identificar os pilotos brasileiros durante a Segunda Guerra Mundial. Este código é utilizado até hoje pela unidade.
A iniciativa de prestar uma justa homenagem ao grupo da FAB partiu do Vice-Presidente Técnico-Operacional da Azul, Comandante Miguel Dau, um “Caçador e eterno Jambock” e veterano do 1º Grupo de Aviação de Caça. “Uma singela homenagem aos heróis que deram suas vidas pela liberdade e democracia. Estou muito feliz por participar deste momento”, ressalta Dau.
A aeronave foi apresentada ao público na cerimônia do Dia da Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira, na base aérea de Santa Cruz, na zona Oeste do Rio de Janeiro. Comandada pelos Comandantes Miguel Dau e Kleber Marinho, dois Jambocks, e escoltada por dois caças F-5EM, a aeronave “Jambock” aterrissou em grande estilo e abriu o evento. Além do batismo do avião, a solenidade teve ainda a exposição de caças F-5EM e A-1, e uma simulação de ataques com armamentos reais em um estande de tiro próximo da pista de pouso da base aérea.
Estavam presentes diretores e convidados da Azul, membros do comando da Aeronáutica como o Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito – Comandante de Aeronáutica; Tenente-Brigadeiro do Ar Gilberto Antonio Saboya Burnier – Comandante do Comando Geral de Operações Aéreas; Major-Brigadeiro do Ar Luiz Carlos Terciotti – Comandante do Terceiro Comando Aéreo Regional; Brigadeiro do Ar Paulo Érico Santos de Oliveira – Comandante da Terceira Força Aérea; Coronel Aviador Arnaldo Silva Lima Filho – Comandante da Base Aérea de Santa Cruz; Tenente-Coronel Aviador Marco Antonio Fazio – Comandante do 1° Grupo de Aviação de Caça; os pilotos do 1° Grupo de Aviação de Caça (1° GAvCa) e os Majores-Brigadeiros do Ar, Rui Moreira Lima e José Rebelo Meira de Vasconcelos, veteranos combatentes da Segunda Guerra Mundial.
Simbologia dos elementos que compõem o brasão do 1º Grupo de Aviação de Caça – “Senta a Púa!”
- “Senta a Púa!” é o grito de guerra do 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira.
- As faixas externas verde e amarela representam o Brasil.
- O avestruz é uma referência à capacidade dos pilotos brasileiros de “tolerar” a comida servida na cantina das bases aéreas norte-americanas onde treinaram antes dos combates na Europa. A fisionomia do avestruz foi “inspirada” no colega do Capitão Aviador Fortunato, o 1º Tenente Aviador Pedro de Lima Mendes.
- O quepe do avestruz representa o piloto de caça da Força Aérea Brasileira.
- O escudo traduz a robustez do P-47 Thunderbolt, bem como evoca a proteção aos pilotos. Seu fundo azul e o Cruzeiro do Sul são a representação do céu brasileiro com sua constelação mais famosa.
- A pistola disparando simboliza o formidável poder de fogo do P-47, dotado de oito metralhadoras “ponto cinquenta” – meia polegada, medida no diâmetro interno dos canos.
A origem de “Jambock”
Esta palavra tem uma origem fascinante. Na Indonésia, “sambok” era uma vara de madeira usada para castigar escravos. Levada por mercadores para a Malásia e depois para a África do Sul, o “Sjambok” de madeira acabaria sendo substituído por um chicote feito com couro de rinoceronte ou de hipopótamo, utilizado igualmente contra escravos. A grafia da palavra acabou sendo modificada pelo uso em países de lingua inglesa. “Jambock” viria a ser o chicote de couro utilizado pelos colonos brancos do Transvaal para domar o gado e seus escravos. Mas seria justamente esse “chicote com asas” que iria passar mesmo para a história, e por razões nobres: “castigar” e derrotar a tirania nazi-fascista, empregado sem piedade pelos bravos pilotos brasileiros do 1º Grupo de Caça.
Hoje, os pilotos do 1º Grupo de Caça, os “Jambocks” da Base Aérea de Santa Cruz, voam com supersônicos Northrop F-5 protegendo os céus do Brasil e usam orgulhosamente o mesmo código no rádio que seus antecessores imortalizaram.
A história
O Brasil juntou-se aos países aliados na Segunda Guerra Mundial para defender seus princípios. Foram enviados para a guerra voluntários da Força Expedicionária Brasileira (FEB), bem como integrantes da Força Aérea Brasileira. Criado em 18 de dezembro de 1943, o 1º Grupo de Caça da FAB teve como primeiro comandante, o Coronel Nero Moura. Ele e outros 32 pilotos deixaram o Brasil e foram treinar na base aérea de Aguadulce, no Panamá, inicialmente em aeronaves P-40. Mais tarde, passaram a voar com os Republic P-47 Thunderbolt, que à época eram as mais avançadas e poderosas aeronaves de ataque dos aliados.
Em outubro de 1944, o grupo finalmente desembarcou na Europa, inicialmente tendo por base Livorno, na Itália. Baseados em Tarquinia, a primeira missão do grupo de caçadores foi cumprida com ataque em mergulho contra pontes, ferrovias e tropas mecanizadas, em 31/10. Transferidos depois para a cidade de Pisa, os ases brasileiros tiveram atuação destacada voando junto aos americanos, integrantes do 350th Fighter Group, atuando sem descanso em missões de combate na região dos Montes Apeninos e do vale do rio Pó.
Ao final do conflito, o 1º Grupo de Caça completou 5.465 horas em combate. Dos 50 pilotos da FAB, 16 foram abatidos; cinco foram feitos prisioneiros; e oito doaram suas vidas em nome da liberdade. Com o fim da Guerra, os sobreviventes retornaram ao Brasil, onde a grande maioria continuou prestando destacados serviços à Pátria. Vale lembrar que o 1º Grupo de Caça foi um dos únicos três esquadrões estrangeiros a receber uma das mais altas comendas do governo norte-americano, a Presidential Unit Citation.
No dia 22 de abril de 1945 ficou imortalizado como Dia da Aviação de Caça no Brasil. Na data o 1º Grupo de Caça voou e completou com inegável brilho o maior número de missões em um único dia. Nesta ocasião, 100 veículos diversos, três pontes, 14 barracas inimigas e três unidades de artilharia anti-aérea foram destruídas pelos pilotos brasileiros.
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