O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, participou hoje (22/3) da plenária de abertura do “UK Energy in Brazil”, evento promovido pela UK Trade & Investment, no Rio de Janeiro, com participação de executivos de companhias britânicas de energia e de empresários brasileiros. Gabrielli destacou o Plano de Negócios da Petrobras, com investimentos de US$ 224 bilhões até 2014, uma média de US$ 42,5 bilhões por ano.
“Convidamos empresas britânicas a virem ao Brasil. Nós temos o maior poder de compra do mundo no setor", disse. Em 2011, a estimativa é investir mais de R$ 93 bilhões, sendo 95% em projetos no País, informou. “Temos metas de conteúdo nacional, em média de 65%, com ajustes conforme o perfil de cada setor.” Gabrielli ressaltou, ainda, que a Companhia valoriza empresas que tragam seus centros de pesquisa e desenvolvimento ao Brasil, para prover a sustentabilidade dos negócios a longo prazo.
Segundo o presidente da Petrobras, a companhia é uma das empresas com taxa de crescimento mais rápido no mundo. Em 2010, a demanda por produtos derivados cresceu 10,6% no Brasil. “É uma situação única, somos uma empresa completamente integrada ao mercado doméstico, 85% do petróleo é produzido no Brasil, e 85% das vendas são para o mercado interno.“
Gabrielli também destacou que a Petrobras deve dobrar as reservas provadas nos próximos cinco anos. Aos atuais 15 bilhões de barris de petróleo no Brasil, a previsão é adicionar entre 10 e 16 bilhões de barris provenientes das áreas já concedidas do pré-sal, além dos 5 bilhões de barris transferidos pela cessão onerosa. Com relação à produção nacional de petróleo, hoje em 2 milhões barris por dia (bpd), a meta é chegar a 4 milhões de bpd em 2020, sendo 1,1 milhão de bpd de áreas já concedidas do pré-sal. “Nenhuma outra empresa apresenta esses números. Somos o maior operador mundial em águas profundas, temos 46 sistemas flutuantes de produção. Estamos construindo cinco refinarias no Brasil. Estamos aumentando a flexibilidade no fornecimento de gás e investindo em tecnologia de lignocelulose para produção de etanol”, destacou.
Além do presidente da Petrobras, participaram do evento o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, e gerentes das áreas de Exploração e Produção, Centro de Pesquisas, e Gás e Energia. Rossetto, que participou do painel “Biocombustíveis Sustentáveis”, fez um balanço da operação da empresa em 2010. “Operamos 14 usinas de etanol e biodiesel, com nossos parceiros, e chegamos ao final do ano passado com participação em capacidade de produção de quase 1 bilhão de litros/ano no etanol e 500 milhões de litros/ano no biodiesel. Vamos continuar crescendo".
Comentou, ainda, que a produção de biocombustíveis é uma atividade nova na Petrobras, com início em 2008. “Temos metas volumétricas importantes de crescimento e desafios, especialmente, por conta das exigências de qualidade e de sustentabilidade nos projetos de etanol e biodiesel. Para isso, estão previstos investimentos de US$ 3,5 bilhões em produção, logística e pesquisa para o setor”. Rossetto destacou ainda que eficiência logística, econômica e ambiental é uma exigência para esta atividade. “Buscamos localizar nossa capacidade de produção próxima dos mercadores consumidores e dos mercados supridores”.
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