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Discussões inseriram a cultura e a criatividade no desenvolvimento econômico do Brasil

09/09/2012

A gestão cultural tem ganhado crescente destaque nas estratégias de relacionamentos das empresas nos últimos anos, com o aprimoramento da consciência sobre a transcendência dos negócios em suas dimensões sociais. O relacionamento com os diversos públicos e a atuação em múltiplos ambientes - do específico ao global - são essenciais para a obtenção da legitimação das empresas e até mesmo da sua licença de operação em quaisquer que sejam suas áreas de atuação. Na busca da relevância e do significado de marca, a construção de relações profundas com os públicos, sensibilizando-os, é uma das principais vantagens competitivas no mercado globalizado e dinâmico, onde atributos objetivos e subjetivos são contestados e comparados em tempo real.

Em paralelo, os macroambientes nos quais as empresas estão inseridas têm sido reformulados e se reconstruído em novos tipos de relações e de trocas. As trocas passam a ser regidas por atributos além do racional e a criatividade emergente abre espaço para novos tipos de relação, trocas e geração de valor, estimulando um crescimento contínuo e o desenvolvimento social, econômico e, claro, cultural. Com este embasamento, aconteceu no último dia 31 de agosto de 2012, no Museu da Imagem e do Som em São Paulo/SP, o II Seminário Aberje de Gestão Cultural. O tema foi “Investimento e Legado: a gestão cultural na Economia Criativa”, desenvolvido em três painéis e duas palestras.

Claudia Souza Leitão, Secretária da Economia Criativa do Ministério da Cultura, foi a primeira convidada a falar. Para ela, economia criativa é uma expressão talvez difícil de ser definida, porque há muitos significados para a expressão. Alguns preferem usar “economia da cultura”, que em sua visão é absolutamente legítima, deixando a descoberto uma prevalência de análise. “Na verdade, eu não tenho me preocupado muito com essa discussão, por acreditar que o mais importante desse conceito é o desenvolvimento que precisamos repensar. Nosso desenvolvimento tem sido tratado desde o século passado e ainda estamos de certa forma um pouco imobilizados, usando conceitos de 50 anos atrás pra pensar o futuro dos próximos 50 anos”, manifesta. Para a secretária, a economia criativa ajuda a repensar e a ampliar a discussão, tendo em vista que a cultura pode ser muito importante não somente para a fruição ou para a espiritualidade, mas ajuda a repensar modos de vida, de ser e de estar. “Não só a estética, mas a ética. É como a gente se relaciona com o mundo. Quais modelos de desenvolvimento eu quero? Que estado eu quero pro desenvolvimento que eu quero? Como o Brasil vai se colocar no século 21? ”, complementa ela.

Para Andréia Costa de Souza, assistente de comunicação do Museu da Pessoa, a economia criativa contribui para a democratização da sociedade e reproduz a diversidade cultural e inovadora. Ela entende que “o homem precisa mais que necessidades básicas e busca a criatividade intelectual. É um desafio entender a dinâmica deste universo que tende a crescer muito no Brasil”. Carla Vidal, coordenadora de Projetos da Expomus, diz que economia criativa é uma grande possibilidade de  fazer um uso social e cultural de todas as potencialidades do homem, de forma compartilhada onde a se possa de fato permitir um uso coletivo dos saberes, trazendo o que é legítimo e permanente na nossa cultura.

Da comunicação interna às relações com a comunidade, a cultura ganha destaque nos modelos mentais das empresas, dialogando com os conhecimentos existentes e gerando novos saberes. E, além de agregar valor aos produtos e serviços e aumentar a competitividade das marcas, no contexto da Economia Criativa, o investimento corporativo em cultura age alicerçando as estruturas sociais e culturais de uma sociedade, fomentando a produção artística, criando empregos, estimulando um ecossistema de inovação e impulsionando novas visões e transformações nos ambientes.

O seminário contou com patrocínio máster da Petrobras, patrocínio do Banco do Brasil e apoio da Casa Fiat de Cultura, da Edelman Significa, da Expomus, do Instituto Votorantim, do Museu da Imagem e do Som e do Governo do Estado de São Paulo.

 

Veja todos os textos de cobertura nos links abaixo:

Gestão cultural na Economia Criativa é o tema da abertura de seminário da Aberje no MIS 

Cláudia Leitão apresenta o Brasil Criativo e inserção transversal da cultura nas políticas públicas

Experiências do SESC-SP e de Inhotim são evidências da economia criativa brasileira

Cultura e Economia criativa são propulsores do desenvolvimento econômico e social

Secretário do Minc defende Lei Rouanet e apresenta números

Exemplos da comunicação da cultura "made in Brazil" encerram seminário

 

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