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Exemplos da comunicação da cultura "made in Brazil" encerram seminário

31/08/2012

É com os grandes exemplos da comunicação da cultura “Made in Brazil” que encerrou o II Seminário Aberje de Gestão Cultural. O evento, iniciado as 8h30min deste dia 31 de agosto de 2012 e integrado por três painéis e duas palestras, aconteceu no Museu da Imagem e do Som em São Paulo/SP. O tema foi desenvolvido por Eduardo Saron, Diretor superintendente do Itaú Cultural; Ana Vilela, Gestora da Casa Fiat de Cultura; Marcos Mantoan, Gerente do Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBB-SP); Mário Mazzilli, Gerente Geral da CPFL Cultura; e Erica Morizono, Gestora de Negócios Culturais do Banco Bonsucesso.

Mário Mazzilli deu início aos cases com um trabalho de organização do conhecimento. Com a sociedade sob impacto de várias ordens, todas no campo das sensibilidades sobre o ser humano e seu passado, presente e futuro, é importante auxiliar na formação de opinião com conteúdos de qualidade. É o que oferece a CPFL Cultura, no início em programas presenciais numa cidade específica do interior do estado de São Paulo, depois em formato audiovisual expandindo pela televisão o acesso aos seus materiais, até chegar ao alastramento via plataformas digitais. Este é o caso do projeto Babel (www.cpflcultura.com.br/babel), com 200 horas de vídeos com sistema de busca inteligente de conteúdos dentro de suporte audiovisual. Está em fase de testes e vai ter seu código-fonte, obtido em projeto financiado pela Lei Rouanet, liberado para todos os interessados. Ele também falou sobre o Página Ao Vivo, que teve 50 eventos com chat transmitidos em 2011, incluindo 20 ações de cobertura da FLIP, e já conta com 16 eventos em 2012. É um grande gerador de tráfego no portal e mesmo com pessoas na plateia – presencial e virtual. No Flickr, há quase cinco mil fotos para uso não-comercial.

Ana Vilela falou que a política cultural da Fiat vem de 35 anos atrás, na fundação da empresa no Brasil, já interessada no desenvolvimento de uma identidade vinculada ao Brasil. Nos anos 80, o grupo promoveu o “Concorrência Fiat”, que selecionou artistas em várias áreas – hoje vários deles famosos e com carreiras consolidadas. Já nos anos 90, foi a vez do projeto Cultura na Escola, até chegar em 2006 na criação da Casa Fiat, a primeira e única montadora a criar e manter um centro cultural. Eles têm 600 mil visitantes por ano, em 14 exposições específicas. Todas as escolhas são balizadas por qualidade, relevância e acessibilidade, e a cultura faz parte da comunicação estratégica e do relacionamento próximo com os públicos de interesse. O trabalho é feito para multiplicação, influência, desejo e informação através de imprensa, relações públicas e mídia digital. Ana comenta que o eixo do trabalho com a imprensa é importante porque amplia o alcance das iniciativas tanto do ponto-de-vista institucional da marca quanto de presença de públicos. A busca por diálogo e conectividade por mídias sociais digitais está ainda no início. Ela destaca que o resultado final é uma relação afetiva e uma compreensão do tema dentro da sustentabilidade da companhia.


Bruno Assami (Aberje), Mário Mazzilli (CPFL Cultura), Henilton Menezes (Minc), Marcos Mantoan (CCBB), Eduardo Saron (Itaú Cultural) e Erica Morizono (Banco Bonsucesso) responderam questões da plateia; Ana Vilela (Casa Fiat de Cultura) também integrou o painel

 

Sobre o CCBB inaugurado em 2001, Marcos Mantoan contabiliza 56,5 milhões de visitantes, com R$ 379 milhões investidos. Ele falou sobre a presença digital da instituição no Facebook, Twitter e YouTube, com profissional exclusivo alocado no tema, inserção dos perfis em todos os materiais gráficos e divulgação por catálogos para download gratuito. Especialmente no Facebook, o trabalho é bastante completo, com oferta de temas por dia de semana, com alta replicação, mural aberto para total interação, concursos culturais diversos, ações públicas nas instalações com os visitantes levando para a página social, álbuns de fotos, imagens de capa variadas, vídeos promocionais e também vídeos-convite com artistas envolvidos. São 91500 fãs e mais de 8760 compartilhamentos até agora. Mantoan também falou sobre o IdeiasOnline, um site de conteúdo para refletir sobre arte e cultura digital com base nos eventos da instituição.

A economia criativa compõe o terceiro maior segmento do mundo, após apenas as indústrias bélica e petrolífera. Segundo pesquisa da UNCTAD, ela cresce na ordem de 8,7% ao ano, tendo saltado de US$ 227 bilhões para US$ 424 bilhões entre 1996 e 2005. Somente na Europa, gera cinco milhões de postos de trabalho. O Brasil está na posição 35 na exportação de bens na área, numa lista liderada pela China e pelos Estados Unidos. Para ter uma ideia do vulto deste mercado, Eduardo Saron comenta que o rendimento com games no Japão é superior ao da indústria automobilística. Ele também exemplifica esta potencialidade na recente venda da rede de restaurantes Fogo de Chão, por valor de US$ 400 milhões, mesmo preço da venda de uma mina pela Vale na mesma semana. "A economia criativa nos faz repensar modelos de negócio", assinala.

E este cenário ainda está em expansão. Foi aprovada uma linha de financiamento para construir e modernizar salas de cinema, que hoje só chegam a 10% dos municípios brasileiros. O Brasil já é o terceiro mercado para musicais. Até 2014, SP terá mais equipamentos culturais na ordem equivalente a 18 MASP's. Há uma rubrica no PAC para infra-estrutura e materiais para esporte, prevendo também uso para finalidades culturais. O painelista não deixa de citar e lamentar alguns gargalos em território nacional, como a precária estrutura de telecomunicações, as lacunas de qualificação profissional, as falhas na oferta de cursos de gestão cultural pelas universidades, o orçamento público pequeno (somente acima do Ministério da Pesca no âmbito federal) e a desmobilização dos agentes culturais da sociedade civil. Saron ainda mencionou a trajetória do Itaú Cultural, cuja fundação aconteceu há 25 anos atrás, após instituição pelo Governo Federal da então Lei Sarney, com organização, equipe e orçamento próprios para estabelecer uma política de patrocínio e relacionamento para o então banco Itaú com seus públicos de interesse. Até agora foram 600 eventos, 100 produtos culturais lançados, montagem de acervo com 12 mil obras e alcance de mais de 105 mil pessoas. Recentemente, o Poder Público em São Paulo cedeu o gerenciamento do Auditório Ibirapuera para a equipe do instituto. Ele comenta que o Itaú Cultural é o segundo maior atrativo na mídia para a instituição bancária mantenedora, atrás só de suas demonstrações financeiras.

O II Seminário Aberje de Gestão Cultural teve patrocínio máster da Petrobras, patrocínio do Banco do Brasil e apoio da Casa Fiat de Cultura, da Edelman Significa, da Expomus, do Instituto Votorantim, do Museu da Imagem e do Som e do Governo do Estado de São Paulo.

 

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