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Experiências do SESC-SP e de Inhotim são evidências da economia criativa brasileira

31/08/2012

Danilo Santos Miranda, Diretor Regional do SESC-SP, e Renata Salles, Diretora de Projetos e Captação de Inhotim, foram os painelistas do tema “Economia Criativa: As realizações do Brasil” nesta manhã de 31 de agosto de 2012 no MIS em São Paulo/SP. Eles foram os convidados especiais da Aberje para o primeiro painel do II Seminário de Gestão Cultural. Paulo Nassar, diretor-geral da Aberje, educador e professor doutor da ECA/USP, foi o mediador.

A aposta de Miranda é por um desenvolvimento integrado e completo das realidades econômica, social e cultural, na mesma linha dos postulados de Celso Furtado. Em sua visão, este entendimento ressalta a dimensão qualitativa sobre o que ser humano produz, e ao mesmo tempo está concatenado com o conceito de cultura disseminado por Alfredo Bosi, baseado na cultura grega e dando o sentido de cultivar. Esta ideia evidencia a ligação do tema com educação. “Cultura e educação estão absolutamente integrados, e esta perspectiva transversal nos dá um alento quanto ao futuro. Restrito às artes do espetáculo e do entretenimento, estamos precários”, destaca.

Aliás, a presença da cultura na economia faz justamente sair a preponderância do financeiro, que inclusive origina uma visão deturpada e perigosa na imprensa sobre o que é ou não é notícia relevante hoje em dia. Ele defende que “é preciso colocar a economia e a cultura no centro das decisões de políticas efetivas de crescimento”. Assim é feito no SESC em São Paulo, num caráter inclusivo de atuação, e em sua disseminação pelo estado com unidades físicas – como a inauguração neste próximo final de semana de equipamento em Sorocaba – e com a busca arquitetônica de estimular a entrada, fruição e transformação das pessoas, além de ter compromisso de existir em locais que precisem ser impactados, provocando a elevação da auto-estima. “Mesmo na ditadura do número, absolutamente deplorável, a gente precisa saber observar a mudança no movimento, inclusive econômico, porque isto também interessa”, finaliza.


Renata Salles (Instituto Inhotim) e Danilo Miranda (SESC-SP) coincidiram na análise de impacto social da cultura; a mediação foi de Paulo Nassar (Aberje e ECA/USP)

 

Renata Salles dimensionou o trabalho e a importância do Instituto Inhotim na cidade mineira de Brumadinho. Trata-se de um grande conjunto de obras de arte, expostas a céu aberto ou em galerias temporárias e permanentes, situadas em um Jardim Botânico. O paisagismo teve a influência inicial de Roberto Burle Marx e em toda a área são encontradas espécies vegetais raras, dispostas de forma estética, em terreno que conta com cinco lagos e reserva de mata preservada. O Instituto Inhotim, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP, além desses espaços de fruição estética e de entretenimento - que lhe garantem um lugar singular entre outras instituições do gênero - desenvolve também pesquisas na área ambiental, ações educativas e um significativo programa de inclusão e cidadania para a população do seu entorno. São 1000 funcionários para cuidar dos 100 hectares e das instalações, que receberam 300 mil visitantes em 2011. Existe há seis anos, criado numa região de mineração com uma série de problemas de entorno.

Renata justamente ressalta a importância do trabalho para a dignificação da comunidade, assim como para a geração de renda. Já foram estimuladas, em parceria com o Sebrae, nada menos que 47 pousadas para receber os turistas, e também sete unidades de negócio de artesanato. Esta comunidade também é vista como prioritária para acesso à estrutura toda, e ainda é protagonista em diversas escolhas, como a eleição da música para nortear ações culturais – dando origem a bandas, corais e escolas de instrumento na cidade.

A programação continua com o painel “A cultura e a economia criativa: Desenvolvimento social, econômico e cultural”, onde participam Luiz Coradazzi, Diretor de Artes do British Council Brasil; Ana Maria Coelho, Gerente Regional do Sebrae-SP; Lídia Goldenstein, consultora da LGoldenstein; e Ana Carla Fonseca Reis, Diretora da Garimpo de Soluções. A mediação fica com Bruno Assami, professor da Aberje.  Veja toda a programação pelo www.aberje.com.br/gestaocultural .

O II Seminário Aberje de Gestão Cultural, cujo tema “Investimento e Legado: a gestão cultural na Economia Criativa”, tem patrocínio máster da Petrobras, patrocínio do Banco do Brasil e apoio da Casa Fiat de Cultura, da Edelman Significa, da Expomus, do Instituto Votorantim, do Museu da Imagem e do Som e do Governo do Estado de São Paulo.

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