Gestão cultural na Economia Criativa é o tema da abertura de seminário da Aberje no MIS

Nos últimos anos, as empresas têm aprimorado sua consciência sobre a transcendência dos negócios em suas dimensões sociais. O relacionamento com os diversos públicos e a atuação em múltiplos ambientes - do específico ao global - são essenciais, para a obtenção da legitimação das empresas e até mesmo da sua licença de operação em quaisquer que sejam suas áreas de atuação. Na busca da relevância e do significado de marca, a construção de relações profundas com os públicos, sensibilizando-os, é uma das principais vantagens competitivas no mercado globalizado e dinâmico, onde atributos objetivos e subjetivos são contestados e comparados em tempo real.

Com este embasamento, teve início às 9h deste dia 31 de agosto de 2012, no Museu da Imagem e do Som em São Paulo/SP, o II Seminário Aberje de Gestão Cultural. O evento dá continuidade à série de debates sobre a gestão cultural, iniciado pela entidade com o Comitê Aberje de Gestão Cultural, composto por 20 das principais empresas que investem em cultura no país vai abordar o “Investimento e Legado: a gestão cultural na Economia Criativa”. São quatro painéis até às 18h, com diversos especialistas convidados da iniciativa privada, de organizações da sociedade civil e de órgãos governamentais. As inscrições estão esgotadas.

O investimento corporativo em cultura é capaz de envolver a sociedade nos projetos de marca, incorporar valores e atributos positivos, estimular a percepção favorável das empresas e, principalmente, alavancar e solidificar suas relações, bem como o compromisso com o desenvolvimento sociocultural de um País. Com recursos próprios e incentivos, as empresas se direcionam ao investimento cultural com cada vez mais maturidade, assimilando os múltiplos aspectos dos projetos às suas estratégias de gestão para trabalhar de forma sinérgica questões como relacionamento, mobilização e engajamento, responsabilidade social, visibilidade, fortalecimento de marca e reputação.

Nara Almeida, integrante da equipe de conteúdo da Aberje e uma das curadoras do Seminário ao lado de Erica Morizono e Bruno Assami, fez as boas-vindas e assinalou a presença da entidade nas discussões do tema a partir dos próprios pilares de atuação: educação, reconhecimento, relacionamento, gestão do conhecimento, inteligência comunicacional, advocacy e economia criativa. A criação de um comitê temático em 2009 foi outra iniciativa de consolidação das reflexões e acabou dando origem ao próprio seminário em 2011. “Este seminário traz o reconhecimento das narrativas empresariais mais admiráveis e capazes de transformação, promove a qualificação e o aprendizado de todos e articula o conhecimento e a inteligência promovida pelas mais distintas dimensões da sociedade”, assinala Nara.

Nassar destaca o interesse da Aberje nos temas da economia criativa

Paulo Nassar, professor-doutor da ECA/USP e diretor geral da Aberje, fez a abertura. Segundo ele, a ideia é assimilar os conceitos de economia criativa para inspirar a geração de valor e o desenvolvimento, sendo que o evento marca o constante advocacy pela área de comunicação das organizações.

Na sequência, é a vez da palestra magna “Brasil Criativo: as perspectivas para o País na Economia Criativa”, que vai ser ministrada por Cláudia Sousa Leitão, Secretária da Economia Criativa do Ministério da Cultura. Veja toda a programação pelo www.aberje.com.br/gestaocultural .

O II Seminário Aberje de Gestão Cultural tem patrocínio máster da Petrobras, patrocínio do Banco do Brasil e apoio da Casa Fiat de Cultura, da Edelman Significa, da Expomus, do Instituto Votorantim, do Museu da Imagem e do Som e do Governo do Estado de São Paulo. Durante esta sexta-feira, outros textos serão publicados contendo as principais discussões do evento.