Itaú, Fiat, Banco do Brasil e CPFL apresentam estratégias para sucesso na Economia Criativa

O II Seminário Aberje de Gestão Cultural, que será realizado no dia 31 de agosto em São Paulo, partira da contextualização da Economia Criativa para abordar os novos tipos de relacionamento para os quais as organizações devem se preparar nesse ambiente. Essa alternativa ao desenvolvimento permeia todos os ambientes, trazendo competitividade e transversalidade para as mais diversas organizações e empreendimentos, fomentando a inovação e o crescimento.

 

Nos últimos anos, a gestão cultural tem se mostrado uma excelente solução para questões de sustentabilidade, responsabilidade social, gestão de bens culturais, inclusão social, identificação de demandas e articulação de soluções locais e regionais, ao passo que se caracteriza, também, como diferencial efetivo na construção de relacionamentos com os públicos.

 

No painel “Made in Brazil: Os grandes exemplos da comunicação da cultura”, a experiências de sucesso das empresas serão apresentadas por quatro dos mais importantes incentivadores da cultura no Brasil. Abrindo o painel, o Diretor superintendente do Itaú Cultural, Eduardo Saron, apresentará a experiência do Itaú, criado em 1987 não apenas para promover a arte, mas também para incentivar a pesquisa e a produção artísticas e teóricas relacionadas a diversos segmentos culturais, buscando democratizar e promover a participação social no âmbito cultural. Saron atua há dez anos no Itaú Cultural, sendo responsável pelos projetos culturais. Além de diretor superintendente do instituto, é membro da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) e secretário Geral da Associação Nacional de Entidades Culturais Não Lucrativas (ANEC). É também mestre em Administração com foco em cidades criativas e pós-graduado pela USP em Turismo Cultural.

 

Seguindo a explicação do Itaú, que remete à própria história do incentivo à cultura no Brasil, será apresentada a experiência da Casa Fiat de Cultura, criada em 2006 para promover a integração social através de atuação junto às comunidades e grupos sociais de todos os segmentos. Apenas nos primeiros quatro anos de trajetória mais de 250 mil pessoas visitaram a instituição que, desde sua fundação, destaca-se por abrigar grandes mostras internacionais de artes plásticas e apresentações inéditas de acervos brasileiros, com debates acadêmicos e programas educativos. A apresentação será realizada por Ana Vilela, jornalista e relações públicas com pós-graduação em Marketing, Gestora da Casa Fiat de Cultura há seis anos. Vilela foi professora do curso de Comunicação Social do Centro Universitário Newton Paiva e por mais de 20 anos atuou nas áreas de comunicação e marketing, desenvolvimento organizacional, planejamento e gestão. Liderou projetos nas áreas de Comunicação Interna, Publicidade, Imprensa, Treinamento, Relações Públicas e Responsabilidade Social em diversas empresas, entre elas a Fiat Automóveis. Durante um ano, trabalhou na matriz da montadora em Turim, onde desenvolveu projetos na Diretoria Mundial de Recursos Humanos. Com especialização em Gestão Responsável para a Sustentabilidade, é também Coordenadora do Comitê de Gestão Cultural da Aberje no Brasil e integrante de outros fóruns de discussão do setor cultural.

 

O Gerente do Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBB-SP), Marcos Mantoan, será o terceiro a falar, apresentando a experiência de gestão cultural do Banco do Brasil, que apoia cultura nas áreas de artes cênicas, artes plásticas, audiovisual, música, ideias e programa educativo. Aplicado seus recursos nos Centros Culturais (Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo) e no CCBB Itinerante, projeto que ocorre em diferentes regiões do país, o Banco do Brasil tem se destacado como empresa modelo na atuação em marketing cultural e vem recebendo elogios da crítica especializada. Mantoan é bacharel em Ciências Econômicas, fez especialização em Marketing para Altos Executivos na UFRJ, em Gestão da Comunicação nas Organizações na ECA-USP e em Comunicação Empresarial na ESPM-RJ. É mestre em Estética e História da Arte pela USP e atualmente cursa o Programa de doutorado em Artes Visuais pela ECA-USP. Funcionário do Banco do Brasil desde 1980, desempenhou as funções de Assessor Sênior de Comunicação e de Assessor de Comunicação da Presidência do Banco. Conduziu inúmeros projetos culturais, foi gerente de Programação do Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo, do Rio de Janeiro e, desde 2011, novamente de São Paulo, onde é responsável também pela grade de programação da inauguração do CCBB em Belo Horizonte, em dezembro de 2012. Foi Conselheiro da CNIC, é membro do Comitê Aberje de Gestão Cultural, do Conselho de Administração do ICOM e da ANEC.

 

Completando os distintos segmentos apresentados na mesa, será a vez de ouvir os cases da CPFL Energia, que em 2003 criou a CPFL Cultura, para ampliar sua inserção social por meio de iniciativas culturais. Trata-se de um amplo programa cultural que promove reflexões sobre os desafios e oportunidades da contemporaneidade, criando um espaço de reflexão sobre o mundo, o tempo, a ciência, o homem, a mulher, a política e todos os aspectos da vida contemporânea. A programação começou com o Café Filosófico CPFL, ponto de encontro dos mais renomados intelectuais com os mais diversos públicos, onde se organizam teorias e onde informações são transformadas em conhecimento. Ao comemorar cinco anos de encontros, em 2008, tendo realizado debates, saraus, exposições, cinema e performances teatrais para mais de 400 mil freqüentadores, sua programação é descentralizada e chega a mais seis cidades da área de atuação da CPFL Energia: Bauru,Caxias do Sul, Santos, São Paulo, Sorocaba e Ribeirão Preto. Os encontros realizados em Campinas e São Paulo são gravados e dão origem a dois programas que figuram na grade de exibição da TV Cultura e de TVs educativas por todo o Brasil: Café Filosófico e Invenção do Contemporâneo. A trajetória e os projetos da CPFL na área cultural serão apresentados pelo Gerente Geral da CPFL Cultura, Mário Mazzilli, Sociólogo formado pela FFLCH da Universidade de São Paulo e Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC de São Paulo. 

 

A mediação da mesa e a condução dos debates ficam a cargo de Erica Morizono, Gestora de Negócios Culturais do Banco Bonsucesso. Erica é Graduada em Comunicação pela Estácio Uniradial e Design Gráfico pela Escola Panamericana de Artes. Trabalhou na Cosipa, na área de Comunicação Social, e na Usiminas, no Instituto Cultural Usiminas. É integrante do Comitê Aberje de Gestão Cultural e atualmente está no Banco Bonsucesso como Gestora de Negócios Culturais.