O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou apoio financeiro não reembolsável de R$ 5 milhões para preservação e difusão dos acervos científicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O projeto, selecionado em chamada pública da 5ª edição do Programa de Acervos do BNDES, foi lançado oficialmente nesta quarta-feira, 17, em cerimônia no campus da entidade, em Manguinhos (RJ), com a participação do presidente do Banco, Luciano Coutinho, e da Fiocruz, Paulo Gadelha.
Os recursos do BNDES são provenientes do Fundo Cultural do Banco — composto de parte do seu lucro — e correspondem ao total dos investimentos no projeto, que está a cargo da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec) e contempla a coleção museológica, a Biblioteca de Ciências Biomédicas e o Arquivo Permanente representativo da produção científica dos pesquisadores da Fiocruz.
Serão realizadas ações de catalogação, digitalização, acondicionamento, restauração, gerenciamento ambiental, instalação de sistemas de segurança e obras de infraestrutura no acervo. Também estão previstas melhorias de infraestrutura do edifício, instalação de sistemas de prevenção e combate a incêndio, ações de preservação do acervo físico e ampliação do acesso ao público. As iniciativas, que devem estar concluídas em 40 meses, permitirão fortalecer o papel da Fiocruz como centro de referência em procedimentos de guarda de acervos memoriais científicos.
Com a digitalização em plataforma multiusuário, será possível integrar diversos acervos da instituição, ao criar inter-relações inéditas entre os itens biológicos e os acervos arquivístico e bibliográfico. Os principais dados de recortes temáticos da coleção ficarão disponíveis de forma interativa e amigável, facilitando a acessibilidade, via catálogo virtual, para a comunidade científica e a sociedade. Também está previsto o uso de recursos tecnológicos avançados para ampliar imagens digitalizadas de amostras de tecidos em nível celular, um campo de pesquisa hoje inédito no País.
Patrimônio museológico – Com mais de 2 mil peças, o patrimônio museológico da Fiocruz começou a ser formado em 1902, durante a gestão de Oswaldo Cruz, que reservou uma grande área para acolher um museu científico, composto de coleções de anatomia patológica. Após a morte do fundador, em 1917, incorporaram-se ao acervo objetos pessoais, equipamentos e material de trabalho dele e dos pioneiros de Manguinhos, mobiliário, indumentária e pinacoteca.
Biblioteca – Criada em 1902, a Biblioteca de Ciências Biomédicas tem como uma de suas atribuições atender ao Programa de Pós-graduação em História das Ciências e da Saúde. A Seção de Obras Raras, que receberá apoio de restauração, abriga um acervo que se estende do século 17 ao século 20, com cerca de 40 mil itens, entre livros, periódicos científicos, folhetos, dissertações, teses e artigos científicos.
Arquivo Permanente – O Arquivo Permanente da Fiocruz guarda documentos textuais, iconográficos, cartográficos, micrográficos, sonoros, filmográficos e tridimensionais, abrangendo o período de 1803 aos dias atuais, além das coleções biológicas, iniciadas a partir de 1901, que apresentam uma amostragem de grande valor para a biodiversidade do País. Parte do acervo é contemplada pelo projeto.
Produção científica – A coleção da produção científica dos pesquisadores da Fiocruz, por sua vez, reúne trabalhos que datam desde o início do século 20, produzidos por aproximadamente mil autores identificados. O acervo compreende ainda a biblioteca de História das Ciências e da Saúde, com cerca de 34 mil itens, e materiais da produção recente nos campos História da Medicina, História da Saúde Pública, Filosofia, História e Sociologia da Ciência e História das Doenças.
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