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Exposição de artes plásticas traz a SP Coleção Santander Brasil

24/03/2014

Com o intuito de levar a arte brasileira a um público amplo e oferecer múltiplas possibilidades de leitura para as obras da sua própria coleção, o Santander e o Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, inauguram amanhã, dia 25 de março, a exposição Narrativas Poéticas – Coleção Santander Brasil. Trata-se de uma mostra com percurso livre, que utiliza como referência a relação entre artes plásticas e poesia, com a narrativa baseada em fragmentos de poemas. A curadoria geral é assinada por Helena Severo.

A Coleção Santander Brasil, formada pelas obras de arte dos bancos que foram sendo integrados ao grupo, reúne um significativo capital da cultura brasileira. A partir da análise deste conjunto, identificou-se um expressivo núcleo de arte moderna brasileira, além de diferentes manifestações culturais, incluindo arte popular e de cartografia dos séculos XVII ao XIX.

“A arte é um bem cultural de toda a sociedade. Para o Santander, apresentar as obras por meio dessa exposição é uma forma de dar a elas a sua dimensão pública. Queremos proporcionar experiências artísticas que contribuam para o repertório cultural e o desenvolvimento humano”, diz Jesús Zabalza, presidente do Santander Brasil.

Antonio Carlos de Moraes Sartini, diretor do Museu da Língua Portuguesa, destaca: “Para todos nós do Museu, receber a mostra ‘Narrativas Poéticas – Coleção Santander Brasil’ é motivo de grande alegria, pois a possibilidade de sermos instrumento de divulgação de uma coleção privada, de tanta qualidade e tão bem preservada, reforça nosso compromisso público com o patrimônio cultural. Além disso, o diálogo promovido pela mostra entre os gênios das artes plásticas e os gênios da literatura brasileira certamente ecoará com muita força no Museu da Língua Portuguesa.”

Após anos de rigoroso trabalho de catalogação, conservação e restauro, pesquisa e avaliação de mercado esta é a primeira exposição itinerante com obras da Coleção Santander Brasil. Entre as 58 obras que fazem parte da exposição, destacam-se as de expoentes do Modernismo brasileiro, como Candido Portinari, Emiliano Di Cavalcanti, Alfredo Volpi e Tomie Ohtake, e também alguns trabalhos recentes, de artistas como Tuca Reinés, Fernanda Rappa e Renata de Bonis.

O poeta, filósofo e ensaísta Antonio Cicero, em parceria com Eucanaã Ferraz, é responsável pela seleção de fragmentos de 46 poemas de 23 grandes poetas brasileiros, como João Cabral de Melo Neto, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes.  Entre outros, para comporem a narrativa da mostra, Arnaldo Antunes e Waly Salomão foram selecionados especialmente para a exposição em São Paulo.

Outro diferencial da exposição na capital paulista é a inclusão de quatro obras reproduzidas em alto relevo para vivências táteis de pessoas com deficiência visual. São quatro totens que contêm relevos em resina das telas selecionadas, que poderão ser manipulados. As obras escolhidas foram Figura, de Milton da Costa; Paisagem, de Francisco Rebolo; Baile no Campo, de Cícero Dias; e Série Amazônica, de Ivan Serpa.

A mostra Narrativas Poéticas – Coleção Santander Brasil, que iniciou sua itinerância em 2013, já recebeu aproximadamente 100 mil visitantes. A exposição foi iniciada no Santander Cultural Porto Alegre, depois seguiu para o Museu Nacional da República, em Brasília, e encerrou o ano no Museu Inimá de Paula, em Belo Horizonte.

           

Curiosidades

O primeiro ciclo do movimento Modernista foi marcado pela busca de uma linguagem genuinamente brasileira, capaz de revelar nossa identidade, nosso verdadeiro caráter nacional. Este instante fundacional do movimento assinala o surgimento de uma arte que se quer brasileira, modernamente brasileira.

Expoentes do Modernismo, como Mário e Oswald de Andrade que lutaram contra a concepção de nação atrelada a relações de poder oligárquicas, acreditavam que só sairíamos da pré-modernidade se assumíssemos nosso verdadeiro caráter nacional. Partiram em busca de nossas raízes forjando, em suas obras, uma estética de caráter nativista e regionalista.

É o momento de afirmação de nossa produção artística. Do nacionalismo exacerbado, da busca pela construção de uma arte capaz de se impor no cenário internacional por sua dimensão de brasilidade, o projeto modernista caminhou para um patamar mais universal chegando ao século XXI aberto à diversidade e ao multiculturalismo.

O purismo inicial deu lugar ao entendimento de que a cultura é resultado de uma construção histórica que se faz na dinâmica dos contatos entre povos e visões de mundo diferenciadas. Ninguém possui uma só identidade e a pujança de uma cultura reside, sobretudo, na diversidade buscada e assumida.

 

Mostra Narrativas Poéticas – Coleção Santander Brasil

25 de março até 20 de julho de 2014 (24/3, 19h, abertura para convidados)

 

Museu da Língua Portuguesa

Estação da Luz | Praça da Luz, s/nº | Centro - São Paulo – SP | (11) 3322-0080
museu@museulp.org.br

Ingressos:R$ 6 e R$ 3 (meia entrada)

Entrada gratuita aos sábados

Horário de Funcionamento:
Terça a domingo, das 10h às18h (bilheteria até as 17h).

Nas últimas terças do mês, o museu fica aberto até as 22h (bilheteria até as 21h).

 

Curadora Geral Helena Severo

Curadores Antonio Cicero, EucanaãFerraze Franklin Pedroso

Projeto ExpográficoMarcelloDantase Suzane Queiroz

Produtor Executivo Jocelino Pessoa

Diretora de Produção Maria Eugênia Porto da Silveira

 

Sobre a Coleção Santander Brasil

O Banco Santander Brasil possui em seu acervo obras de significativa relevância para a história da arte brasileira.A coleção de arte é constituída majoritariamente por pinturas (40%) e gravuras (39%) – e em menor número esculturas, desenhos e outros suportes – de artistas brasileiros produzidas entre 1940 e 1980. Entre os artistas presentes, destacam-se importantes nomes do Modernismo no Brasil, como Brecheret, Di Cavalcanti e Portinari.

A Coleção Santander Brasil possui ainda nomes do Construtivismo, como Milton Dacosta; da Abstração Informal, como ManabuMabe e Tomie Ohtake; além de artistas singulares, como Iberê Camargo e José Pancetti. Possui um considerável conjunto de obras de artistas imigrantes vinculados à história da arte brasileira e estrangeiros com passagem pelo Brasil, com destaque para a presença dos japoneses (Tikashi Fukushima, Wakabayashi, Kaminagai, Flávio-Shiró). Também estão presentes italianos como Volpi, Fúlvio Pennacchi, além de artistas de outras nacionalidades, como o suíço John Graz, a húngara Yolanda Mohalyi e a polonesa Fayga Ostrower, que tiveram participação importante no cenário nacional, refletindo o multiculturalismo da sociedade brasileira.

O núcleo de gravuras conta com obras de Lívio Abramo, Arthur Luiz Piza, Fayga Ostrower, Renina Katz e Maria Bonomi, entre outros.

A coleção vem sendo ampliada com maior intensidade nos últimos dois anos, por meio de aquisições de arte contemporânea brasileira, com trabalhos de nomes celebrados e emergentes como Marcos Chaves, Ana Elisa Egreja, Cássio Vasconcellos, Luiz Braga, Paulo Almeida, entre outros.

 

Sobre o Museu da Língua Portuguesa

Inaugurado no centenário prédio da Estação da Luz no dia 20 de março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, já recebeu a visita de mais de 3 milhões de pessoas.

Primeiro espaço museológico no mundo exclusivamente dedicado a um idioma, o Museu da Língua Portuguesa tem como missão preservar, valorizar e divulgar a língua portuguesa, compreendendo que ela é um bem cultural dinâmico e em constante mutação. O Museu mostra que a língua é elemento formador e unificador de nossa cultura brasileira, apresentando-se como um lugar de celebração e valorização de nossa pluralidade cultural.

Já passaram pelo espaço expositivo do museu nomes consagrados da literatura e música popular, como Guimarães Rosa (2006/2007), Clarice Lispector (2007), Gilberto Freyre (2007/2008), Machado de Assis (2008/2009), Cora Coralina (2009/2010) Fernando Pessoa (2010/2011), Oswald de Andrade (2011/2012), Jorge Amado (2012), Rubem Braga (2013) e Cazuza (2013/2014) e, também as instigantes mostras O Francês no Brasil em Todos os Sentidos (2009) e Menas, o certo do errado, o errado do certo (2010).

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