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Nos últimos tempos, talvez por causa do ritmo alucinado com que estamos levando a vida, têm surgido movimentos que fazem apologia de se levar uma vida mais devagar. Assim nasceram os slow food, slow arte, slow money e outras dezenas de especificações do gênero. No meio de tudo isso, desponta o “pense devagar” já com alguns livros abordando o assunto e tratado como se isso fosse a maior novidade. O filósofo romano Sêneca há dois mil anos já dizia: “Nada é ordenado quando feito precipitadamente”. É o que trata “Entre no fluxo, aprenda a pensar devagar”, de Eloi Zanetti, que diretor de comunicação do Bamerindus e de marketing de O Boticário e atua como consultor e palestrante em marketing, comunicação corporativa e vendas.
Já Marcos Ernesto Rogatto, jornalista e Mestre em Multimeios pela Unicamp, relata situação vivenciada antes do encontro do GENN-Grupo de Estudos de Novas Narrativas, que ocorreu na ECA-USP no mês de abril, na presença do professor Jaime Ginzburg – que abordou aspectos do seu último livro “Literatura, Violência e Melancolia”. O fato o inspirou a indagar se a sociedade brasileira estaria mais violenta por estar mais melancólica ou o contrário. Afinal a violência explode no Brasil. Como o caso emblemático, ocorrido no mesmo mês de abril, do jovem universitário carioca que brigou com o motorista de um coletivo por não parar no ponto. A agressão causou acidente fatal com o ônibus caindo do viaduto, matando oito pessoas e ferindo outras onze. Seu texto foi “Comunicação e Violência”.
“Uma justa homenagem” é a contribuição de Francisco Viana, jornalista, mestre em Filosofia Política (PUC-SP) e consultor de empresas. Ele refere-se a Domingo Alzugaray, identificado como um dos raros talentos editoriais da mesma estirpe de Henry Luce, fundador da Time-Life americana: onde ele está sempre se fazem presentes a visão jornalística e editorial, o empreendedor e o ser plural, capaz de superar o natural egoísmo democrático para compreender e levar à prática o que os outros pensam. Foi ele quem deu liberdade e vida a profissionais que nos anos do regime militar puderam escrever o que pensavam na antiga Revista Senhor e, posteriormente, na Revista IstoÉ.
“Democracia e comunicação” foi o texto de Ruy Martins Altenfelder Silva, Presidente Voluntário do Conselho de Administração do Centro de Integração Empresa Escola – CIEE/SP e do Conselho Diretor do CIEE Nacional. O marco regulatório existe para pautar o funcionamento dos setores nos quais os agentes privados prestam serviços de utilidade pública, estabelecendo assim condições para a defesa dos direitos do cidadão e o controle das empresas concessionárias. Áreas estratégicas como transporte, petróleo, energia e telefonia seguem essas normas. No entanto, o importante setor de comunicação ainda não tem seu marco regulatório. A legislação atual é extremamente obsoleta, dispersa e confusa, composta de várias leis que não dialogam uma com as outras, causando um cenário de ausência de regulação. Muitas delas surgiram nos anos 60, como o Código Brasileiro de Radiodifusão, que rege o rádio e a TV. Não é preciso nem dizer o quanto as diretrizes estão desatualizadas nesse campo. A legislação arcaica e defasada também deixa um vácuo grande na regulamentação das novas tendências midiáticas, fruto das abundantes inovações tecnológicas dos últimos anos, como o advento da internet, das redes sociais e do universo digital.
Dentro do campo de pesquisa e estudo do voice design, apresentamos uma reflexão sobre um dos maiores, senão o maior de todos os desafios da comunicação humana, a arte de aprender a ouvir. Perceber, entender, compreender, dar atenção, valorizar, respeitar o direito do outro de se expressar até as últimas consequências, mesmo sem, necessariamente, concordar com o que está sendo dito. Apesar de ser tão natural, a habilidade de ouvir é um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento humano. Ouvir é interpretar os significados das palavras ditas, está na área da semântica. É o percurso que os sons inteligíveis fazem no processo cognitivo da compreensão da mensagem. É o que está escrito em “Saber ouvir é o caminho para falar assertivamente”, de Jorge Cury Neto, graduado em Jornalismo pela PUC-PR e criador da Central de Radiojornalismo, agência de notícias voltada ao meio rádio.
Gustavo Wrobel é doutor em Comunicações e bacharel em Jornalismo pela Universidad del Salvador, Buenos Aires. Ele escreveu “O crescente poder da imagem”, onde conta que, semanas atrás, como ocorre todos os anos, foram entregues os Prêmios Pulitzer, de grande prestígio mundial. Este ano, ganham importância especial os diferentes prêmios entregues para as melhores fotografias, da categoria Jornalismo. Entre os 6 fotógrafos premiados, 3 deles são da América Latina. Os prêmios apenas poderiam ser um dado curioso e talvez interessante para os que trabalham no mundo das comunicações. Entretanto, há dois elementos pelo qual ganham enorme valor. Por um lado, o fato de que a metade dos premiados seja da América Latina é um dado que não pode passar despercebido. Mas, por sua vez, o enorme significado simbólico das fotografias, que expressam em segundos a própria guerra e o horror que provoca, projeta-se às outras áreas das comunicações, encontrando seu correlativo em um mundo cada vez mais voltado à imagem.
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