Vários temas circularam na seção de colunistas do portal Aberje nos últimos dias. Se você não leu, veja agora.
“Palavras que não devem ser ditas ao CEO” é o texto de Francisco Viana. Jornalista, mestre em Filosofia Política (PUC-SP) e consultor de empresas, ele fala sobre expressões de comunicação negativa que descredenciam aqueles que conversam com os presidentes das companhias. Soam tão graves como descumprir prazos, chegar atrasado para reuniões e não ter em mãos um relatório, mesmo que resumido, dos itens que se deseja tratar. Segundo Viana, a “boa comunicação ensina: aqueles que se reúnem com altos executivos precisam mostrar capacidade de solução de problemas e senso de antecipação. O tempo de quem dirige uma companhia é precioso, mas não é só isso: é imperativo transmitir uma cultura de ação, um posicionamento claro na busca de respostas às demandas. Trata-se de cuidar da própria identidade, revelar domínio do seu trabalho”.
Aconteceu há cerca 15 anos, em uma indústria que tentara implantar, por dois anos, um software que integraria a produção à manutenção, com automatização de controle de estoque, otimização do processo de reposição de peças e controle de falhas de equipamentos. Era um sistema muito avançado para a época e, por isso, alvo de grande investimento financeiro. O funcionamento do sistema, no entanto, deixava a desejar. A causa? Falta de comunicação. Para que a operação funcionasse com precisão, era preciso que os operadores de máquinas alimentassem os computadores com dados corretos e muita agilidade. O que hoje parece fácil representava uma grande dificuldade na década de 90, quando computadores ainda eram objeto de luxo, presente em poucas casas. Esta é a introdução que Mônica Alvarenga fez para seu último artigo. Graduada em Comunicação Social (habilitação em Jornalismo) pela UFRJ, bacharel em Letras (FEUC), com especialização em Marketing pela FGV, é diretora da Múltipla Comunicação. Trabalhou como repórter em O Globo, no início da carreira, de onde saiu para fundar o Jornal Esporte e Saúde. Na Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro, desenvolve, hoje, um projeto de aplicação de ferramentas de comunicação como instrumentos interdisciplinares de apoio pedagógico. Seu texto tem o título “Onde está a comunicação face a face?”.
Paul Edman, que possui Mestrado em Gestão e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Taubaté, Pós Graduação em Marketing, com ênfase em Gestão de Negócios pela ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing e é graduado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Universidade de Taubaté, fez também uma contribuição às reflexões do portal Aberje. Ele possui o curso International Corporate Communications pela Aberje e Universidade de Syracuse - Nova York e PDE - Programa de Desenvolvimento de Executivos pela Fundação Dom Cabral e dirige o capítulo Aberje no Vale do Paraíba. Seu texto é “A comunicação e a construção permanente da verdade”, onde aponta que uma das discussões filosóficas mais antigas da humanidade diz respeito ao que venha a ser a verdade. Movemos nossa vida segundo aquilo que acreditamos como sendo “verdades”, que são aparentemente imutáveis, mas invariavelmente transitórias, sequenciadas de forma a construir uma determinada realidade que expresse fidelidade, segundo um sistema de valores. Nossa percepção sobre o que vem a ser a realidade pode ter profundas implicações na formação do caráter individual e coletivo na sociedade.
“Memória como recuperação da história vivida” é uma continuidade ao conteúdo trazido no artigo de abril para contribuir para o amadurecimento das reflexões sobre o impacto desta interface na comunicação organizacional por Rodrigo Cogo. A História busca produzir um conhecimento racional, uma análise crítica através de uma exposição lógica dos acontecimentos e vidas do passado, com prevalência documental. A memória, por sua vez, também é uma “construção do passado, mas pautada em emoções e vivências, ela é flexível e os eventos são lembrados à luz da experiência subseqüente e das necessidades do presente”. É baseada, portanto, nas evocações de pessoas sobre o passado – pessoal e ao mesmo tempo coletivo. Cogo é Relações Públicas pelo Curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Santa Maria , tem cursos de aperfeiçoamento na ESPM em Promoção, na FGV em Pesquisa de Mercado e no IBRADEP em Gestão em Protocolo e Cerimonial. É especialista em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e RP pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, onde atualmente cursa Mestrado em Ciências da Comunicação.
Já virou mania nas empresas treinar um grupo pequeno de empregados, por questão de custos ou tempo, e delegar a eles a responsabilidade de treinar seus colegas de trabalho, repassando conhecimento. Estes funcionários são chamados de multiplicadores. Há os multiplicadores dos processos financeiros e de auditoria, outros repassam informações sobre identidade corporativa, sobre cursos de aperfeiçoamento de metodologias e afins. Este é o início do texto de Mauricio Felício, que atua em comunicação interna, com passagens pelo setor farmacêutico. Formado em Relações Públicas pela USP, atualmente é professor conferencista da ECA-USP e cursa MBA em Gestão de Comunicação e Marketing (USP/Florida University). Seu artigo tem o título “Multiplicadores de tudo”.
Em “Elogio e reconhecimento”, é citado um belíssimo depoimento do cineasta Akira Kurosawa em que ele diz que até os nove anos era considerado um completo imbecil pela família, pelos colegas da escola e por ele mesmo. Até que um dia o professor de arte pegou um dos seus trabalhos, teceu demorados elogios frente à turma e o colocou em lugar de destaque no quadro de honra. Kurosawa depõe emocionado que nesta hora sentiu despertar o artista que existia dentro dele e, a partir de então, passou a ser respeitado pelos colegas e pelo irmão que estudava junto com ele. Ele contou o acontecimento à família, que passou a respeitá-lo e, principalmente, ele também passou a respeitar-se a si mesmo. Assim que Eloi Zanetti aborda seu tema. Ele foi diretor de comunicação do Bamerindus e de marketing de O Boticário e é consultor e palestrante em marketing, comunicação corporativa e vendas. Um dos idealizadores da Fundação O Boticário, atua como conselheiro da SPVS e da TNC.
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