Pesquisa sobre o Brasil na percepção de formadores de opinião europeus é apresentada em Milão

Luca Barabino, Presidente e AD da consultoria Barabino & Partners, Giovanni Sanfelice di Monteforte, Partner and Managing Director da Barabino & Partners UK,  e Paulo Nassar, diretor-geral da Aberje e professor-doutor da ECA/USP, apresentaram e discutiram os resultados de uma pesquisa sobre a imagem do Brasil entre formadores de opinião europeus, dentro da programação do 1st Brazilian Corporate Communications Day realizado em Milão no dia 22 de novembro de 2012. O trabalho foi planejado e formatado pela Aberje e pela B&P.

A análise aconteceu a partir de uma base de dados com 100 artigos e revisão de 10 programas televisivos, além de 10 entrevistas individuais em profundidade com 10 jornalistas de veículos como Financial Times, The Times, The Banker, Daily Telegraph, The Economist, Handelsblatt, Der Spiegel, FT Deutschland, Borsen Zeitung e Il Sole 24 Ore. O trabalho permite visualizar qual a expectativa sobre o Brasil para 2013. A proximidade com grandes eventos esportivos marcados para o país, entre outros pontos, já permitem indicar que o entendimento é de um “ano quente” para a economia nacional.

Luca Barabino/Barabino & Partners e Paulo Nassar/Aberje falaram dos assuntos prevalentes sobre o Brasil

Em geral, a imprensa europeia está voltada para tópicos como macroeconomia, setor bancário, indústria automobilística, petróleo e gás, mineração, agronegócios e indústria de aviões. Entre os assuntos mais tratados, estão as taxas de juros, o protecionismo na indústria do automóvel, a “primeira-dama” no comando da Petrobras, a guerra de moedas e câmbios e o IPO do BTG Pactual. Neste tipo de cobertura, o enfoque é 60% para ações do Governo Federal, sendo que 40% dos materiais falam das oportunidades de investimentos no Brasil, ainda que boa parte dos profissionais veja o crescimento brasileiro com reticências, como um “chicken flight economy”, ou seja alguém que não consegue decolar – inclusive pelo próprio impacto da crise na zona do Euro e pelas fortes evidências de desigualdade entre as classes sociais. A forte tendência de intervenção governamental na gestão Dilma Rousseff é vista com cautela, com apontamentos em torno da possibilidade do Brasil tornar-se a “próxima Argentina”.

Os resultados foram detalhados para cada tema prevalente. Entre as conclusões, estão pontos como a certeza de que o Brasil de amanhã terá 8% da reserva mineral do planeta, 20% da flora e fauna, 2% da produção energética e 20% da água potável, consolidado como a 6ª economia mundial. É cada vez maior a percepção de que o país não é uma entidade única, e precisa ser compreendido diante de vários agentes específicos que configuram sua “marca” e sua performance.

EVENTO – A ação integrou o projeto internacional Brazilian Corporate Communications Day, que já passou por Nova Iorque, Londres, Buenos Aires, Santiago do Chile e Lisboa. Foi a quarta iniciativa em território europeu, e a primeira na Itália. Na ocasião, as boas-vindas foram feitas pelo diretor-geral da B&P, Federico Steiner; pelo diretor-geral da Aberje e professor doutor da Escola de Comunicações e Artes da USP (ECA-USP), Paulo Nassar; e pela diretora da Federazione Relazioni Pubbliche Italiana, Letícia Pini. O seminário foi composto por apresentações dos executivos de comunicação de empresas que são referência no Brasil, proporcionando um panorama das dinâmicas e desafios da comunicação estratégica global.

Estiveram presentes profissionais de organizações como AC Milan, Comune di Milano, Roche, Embraco Europe, Future Concept Lab, BMW Group, The Boston Consulting Group (BCG), Provincia di Milano, Magneti Marelli, Publicis Group e Università IULM. O evento foi realizado com patrocínio do Itaú-Unibanco e da Vale, tendo como co-realizadora a FERPi, além de parceria da Global Alliance.  

Veja abaixo a série de matérias que retomam as apresentações de Petrobras, Fiat e Embraer durante o seminário, assim como palestra do professor italiano Stefano Rolando: