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Itaú

"Public Relations in Brazil: 100 years" é a palestra da Aberje em Detroit

20/08/2014

O Brazilian Corporate Communications Day Detroit contou com uma apresentação da própria Aberje, feita pelo Diretor de Relações Institucionais, Mateus Furlanetto. O tema foi “Public Relations in Brazil: 100 years”.

Ele pontuou que as atividades de Relações Públicas no Brasil surgiram no início do século XX, em decorrência de humanização do capitalismo e da crescente necessidade das corporações de construir um relacionamento com seus funcionários e clientes. As origens remontam ao início do século 20, mais precisamente no dia 30 de janeiro de 1914 com a criação de um Departamento de Relações Públicas da empresa canadense de eletricidade The São Paulo Tramway Light and Power Company Limited (hoje conhecido como Eletricidade de São Paulo SA - AES Eletropaulo). Neste histórico, Furlanetto destacou que, em 1926, a General Motors do Brasil, recém-chegada ao país, publicou o seu primeiro boletim para empregado – chamado Panorama. A primeira empresa brasileira a criar um departamento de Relações Públicas foi a Companhia Siderúrgica Nacional/CSN em 1951, com o claro propósito de explorar o potencial simbólico da empresa de rolamento de aço. Na década de 50, a democracia tinha estimulado uma política de desenvolvimento industrial, com a abertura que se seguiu e crescimento do mercado interno. Esse ambiente ajudou a fortalecer e aumentar o valor da atividade de RP no Brasil.

 

 

O primeiro livro sobre RP publicado no Brasil e na América Latina foi de Para entender Relações Públicas, escrito em 1962 por Cândido Teobaldo de Souza Andrade. Em 1964, o Brasil passou a ser governado pelos militares após um golpe de Estado, o que levou à ditadura que durou 21 anos. A profissão foi regulamentada em 11 de dezembro de 1967 através da Lei n º 5.377 legalizado pelo Decreto-Lei n º 63.283 – o que restringiu a atividade somente para graduados em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas. Para o palestrante, a legalização da profissão pelo governo militar foi em grande parte destinada a restringir e controlar o direito à liberdade de expressão e as relações sociais. Hoje, as empresas brasileiras contratam profissionais de várias formações acadêmicas, como jornalismo, publicidade, marketing, administração, direito, ciências sociais, bem como relações públicas para gerenciar seus departamentos de Comunicação Corporativa.

O primeiro curso de graduação em Relações Públicas foi criado pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) em 1967. Naquele ano, a Aberje - Associação Brasileira de Editores de Revistas e Jornais de Empresa era criada por Nilo Luchetti, um gerente jornalista e relações públicas da Pirelli. A Política de Comunicação Social de Portas-Abertas da Rhodia foi outro marco destacado na apresentação, como referência para outras empresas que buscam estabelecer um canal de comunicação aberto com os seus stakeholders. “Hoje, a empresa é apenas um nó em uma rede enorme e deve construir sua imagem através do diálogo. Neste contexto, o comunicador deve abraçar a bandeira da cultura: eles precisam ser intelectuais capazes de lidar com o processo que leva da identidade à alteridade - a alteridade, a diferença”, pontuou.

Esta edição é realizada com o patrocínio da GM e com apoio institucional da Global Alliance for PR and Communication Management, da The Conference Board, da Wayne State University, do capítulo Detroit da PRSA, da Michigan Hispanic Chamber of Commerce, da Global Development Partners, da Brazilian American Chamber of Commerce.

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