Novo livro da Aberje Editorial analisa como fazer Relações Governamentais e Lobby

As Relações Governamentais no Brasil, principalmente o lobby, tornaram-se sinônimo de corrupção, tráfico de influência e marginalidade. No entanto, quando feitas de maneira transparente e ética, devem ser encaradas como atividade legítima. Com essa bandeira, a Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial prossegue na luta pela regulamentação das Relações Governamentais e dissemina a ideia com o lançamento do livro “Relações Governamentais & Lobby - Aprendendo a fazer”, do professor e consultor Gilberto Galan, no dia 13 de agosto de 2012, entre 18h30min e 21h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073) em São Paulo/SP.

Conselheiro da entidade, durante sua longa carreira profissional ele atuou como diretor ou VP de Assuntos Corporativos, Relações Governamentais e Comunicação de empresas como Kodak, Philip Morris/Kraft, Embraer, HP e Citigroup. Segundo o autor, o noticiário diário tem mostrado que o volume de decisões e negócios tomados pelo chamado tráfico de influência sobrepuja em muito o alcançado pelo lobby legítimo e transparente, fazendo com que esse termo tenha assumido, infelizmente, conotação negativa. "Lobby é o processo pelo qual empresas, indivíduos, grupos ou associações tentam influenciar as políticas públicas, as decisões governamentais, a legislação e a regulação. Enfim, é perfeitamente lícito qualquer pessoa, grupo, empresa, setor ou o próprio governo tentar influenciar decisões", defende.

Não é a primeira vez que a Aberje Editorial publica um livro focado no tema. O primeiro foi de Said Farhat, em 2007, com o título “Lobby: o que é, como se faz. Ética e transparência na representação junto a governos”. Galan, por sua vez, utiliza abordagem empresarial, de como a atividade é vista e praticada por profissionais das empresas.

Para Paulo Nassar, professor doutor da ECA-USP, educador e diretor presidente da Aberje, é crucial que as Relações Governamentais sejam exercidas baseadas em parâmetros regulamentados e amplamente discutidas pela sociedade, praticadas às claras, de maneira que os grupos de pressão, que querem participar do processo de decisões e desejam contribuir para a formulação de políticas públicas, fornecendo informações importantes àqueles que decidem, colaborando para a melhoria da qualidade da decisão e da política, possam ser interlocutores reconhecidos e reconhecíveis do e pelo estado, dentro do processo democrático.

Ele ressalta que as Relações Governamentais nos Estados Unidos e na União Europeia são consideradas parte do processo político. "Nos Estados Unidos e na Europa, a atividade é regulada por leis. No Brasil, a atividade é informal e não-regulamentada, o que favorece a corrupção e carece, com máxima urgência, de leis que a regulem, legitimem e lhe confiram a transparência indispensável", escreve na apresentação do livro. O primeiro projeto de lei voltado à regulamentação da atividade de lobby foi de autoria do senador Marco Maciel, de 1984. Não aprovado, permanece como assunto tabu até os dias atuais.

Sobre o autor: Gilberto Galan desenvolveu longa carreira de executivo como diretor e VP de Assuntos Corporativos, Relações Governamentais e Comunicação em empresas como: Kodak, Philip Morris/Kraft,Embraer, HP e Citigroup. É professor nos cursos de Pós-Graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e no MBA de Comunicação Corporativa da Aberje. É coautor de dois livros editados pela Aberje Editorial na série Comunicação interna: A força das Empresas. É membro do Conselho Deliberativo da Aberje, foi fundador e chairman do comitê de Public Affairs da Amcham-SP, além de atuar como conferencista e profissional de Interim Management.