O Grupo de Estudos de Novas Narrativas/GENN foi recebido pela Aberje para encontro mensal de trabalhos. Vinculado oficialmente ao Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, a estrutura é integrada por professores e pesquisadores de várias instituições de ensino do país e também por profissionais do mercado. Na ocasião, houve uma palestra especial com o jornalista Otavio Frias Filho, que falou sobre "A gênese da biografia e o ‘eu’ fragmentado na modernidade". A íntegra de sua apresentação pode ser vista neste vídeo produzido pelo núcleo audiovisual da Aberje – veja neste link http://youtu.be/xNTm3yV5tmM ou clique na imagem abaixo.
Frias estudou Direito e Ciências Sociais na USP. Escritor, atua como diretor de redação do jornal Folha de S. Paulo desde 1984. É autor de “Tutankaton” (Iluminuras, 1991), “De ponta-cabeça” (Editora 34, 2000), “Queda livre” (Companhia das Letras, 2003), “Seleção natural” (Publifolha, 2009) e do juvenil “Livro da primeira vez” (Cosac Naify, 2004). Participou ainda de duas coletâneas de contos para crianças, “O livro dos medos” (1998) e “Vice-versa ao contrário” (1993), ambos publicados pela Companhia das Letrinhas.
Ele comentou que sua incursão pelo universo das biografias, chegando a estudá-las teoricamente, vem de oito anos atrás, quando começou a escrever um ensaio biográfico sobre o jornalista e político Carlos Lacerda. O trabalho não foi finalizado, mas o fez interessar-se pelo gênero. Em sua visão, o século XX foi fecundo em material biográfico, tendo como motivos o crescimento da alfabetização e do desenvolvimento dos meios de comunicação. Basicamente destacaram-se dois grandes filões: biografias de tiranos e de celebridades (aqui entendidas como figuras revestidas de aura de desejo e bisbilhotice, normalmente vindas das artes de massa e do show-business).
Para Frias, atingir a profundidade de vida de uma pessoa é algo muito difícil e o gênero pode se aproximar de algumas das verdades – que sempre depende do ponto-de-vista do biógrafo. Em tese, o escritor parte de uma hipótese e busca os indícios deste panorama nos relatos coletados. Ele não acredita que o biógrafo tenha que apreciar a história de vida do biografado, mas a tendência é conseguir um distanciamento ou um certo nível de compreensão para poder avançar. Mesmo o mais escrupuloso dos biógrafos vai cometer imprecisões, entende o palestrante, e em alguns casos pode até chegar ao Poder Judiciário. Ele acha interessante a multiplicidade de olhares sobre um mesmo retratado, dando origem a várias biografias com seus recortes e formas de relato, porque as perspectivas de época são determinantes no jeito de contar a história – sem que isto seja falseamento.
O conteúdo integral tem 57min55s. A câmera e edição são de Emiliana Pomarico Ribeiro, sob coordenação de Paulo Nassar. Mais informações do projeto podem ser obtidas no 11-3662-3990 ou no e-mail emiliana@aberje.com.br.
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