Encontro da Intelligentsia
Artigo publicado no jornal Correio Braziliense
São Paulo, 20 de agosto de 2014 (página 13).
Reitores das principais Universidades brasileiras, presidentes de Instituições de Amparo à Pesquisa e Culturais, e representantes das principais entidades ligadas ao Agronegócio e às artes Circenses participaram de reunião no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, presidida pelo Desembargador Jose Renato Nalini, em 25 de julho/2014.
O Grande Júri debateu e escolheu os laureados da 59ª edição do Prêmio Fundação Bunge, neste ano voltado à produtividade agrícola sustentável e às artes circenses e que tem por objetivo incentivar o desenvolvimento das ciências, das letras e das artes.
O Conselho da fundação, presidido pelo professor Jacques Marcovitch, define no início de cada ano as áreas a serem incentivadas e convida instituições culturais e científicas para indicar personalidades que pelo conjunto de seus trabalhos (categoria Vida e Obra) merece a premiação, e jovens talentos de até 35 anos que se destacaram em seus campos de atuação (categoria Juventude). Duas câmaras técnicas são também nomeadas e analisam as centenas de indicações, encaminhando os nomes para o grande Júri.
Os contemplados da área de produtividade agrícola sustentável foram o prof. Hiroshi Noda, na categoria Vida e Obra, e o jovem Fernando Dini Andreote, Juventude.
Hiroshi Noda é reconhecido nacional e internacionalmente por sua atuação nas áreas de melhoramento genético de hortaliças para cultivo no trópico úmido; conservação e melhoramento genético de recursos vegetais nativos da Amazônia; agricultura familiar e tradicional e segurança alimentar no meio rural. Suas pesquisas renderam ainda diferentes variedades de hortaliças, dentre as quais tomate, pimentão, melão, feijão macuco e feijão-de-asa. Contribuiu com a capacitação de pessoal, com orientações de mestrado e doutorado, além de orientações de estudantes de iniciação cientifica.
Na categoria Juventude, o prêmio foi conferido ao professor Fernando Dini Andreote, de 34 anos, agrônomo e doutor em genética e melhoramento de plantas, pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ). Estagiou no Plant Research International, na Holanda, entre 2006 e 2007 e de 2008 a 2010 realizou pós-doutorado na EMBRAPA - Meio Ambiente, com bolsa da FAPESP.
Apesar da pouca idade, o pesquisador possui ampla experiência em microbiologia ambiental na área agrícola. O tema a que se dedica é de extrema importância e surge como uma grande possibilidade de descrição de novos processos e interações que podem levar a agricultura a um novo patamar de sustentabilidade. Fernando é professor-doutor em microbiologia do solo na ESALQ, onde coordena o Programa de Pós-Graduação em Microbiologia Agrícola.
O Prêmio Fundação Bunge inovou este ano incentivando as artes circenses. Na categoria Vida e Obra, Hugo Possolo foi o laureado. Capixaba de 51 anos, é palhaço, ator, dramaturgo, figurinista, diretor, produtor cultural e músico circense. Cursou comunicação social pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, história pela Universidade de São Paulo (USP); e formou-se palhaço no Picadeiro Circo Escola, em São Paulo. Foi um dos fundadores dos Parlapatões, Patifes e Paspalhões, em 1991, grupo que se dedica às artes circenses e teatro de rua, no qual atua até hoje. Apresentou espetáculos nas principais capitais brasileiras e diversos países como Espanha, Portugal, Estados Unidos, Escócia, Reino Unido, Colômbia e Uruguai.
Na categoria Juventude a contemplada foi Luana Tamaoki Serrat, de 32 anos. É atriz circense, instrutora de circo e diretora da Cia. Fulanas de Circo e Cia Luana Serrat. Herdou dos pais, Verônica Tamaoki e Anselmo Serrat, fundadores da Associação Picolino, a vocação para a área e aos 5 anos de idade iniciou suas práticas circenses como contorcionista. É formada em interpretação teatral pela Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia – UFBA e como instrutora circense pela Escola Picolino, onde atua como coordenadora artística. Desenvolve um trabalho relevante e inovador, integrando o circo tradicional e o circo contemporâneo, em especial no Nordeste brasileiro.
O Grande Júri contou com a presença de cerca de 70 personalidades do mundo intelectual e foi, sem dúvida, uma festa da intelligentsia brasileira.
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