por Paulo Nassar (*)
 

Na década de 90, a Comunicação Empresarial se transformou em ferramenta estratégica para a gestão organizacional. A principal causa dessa transformação foi a necessidade que instituições e empresas tiveram de redesenhar os seus modelos organizacionais para enfrentar com sucesso os grandes desafios macroeconômicos - entre eles, o processo de globalização econômica e a mudança no papel do Estado. E em nível microeconômico, as questões diretamente ligadas a reestruturação produtiva.

As políticas que nortearam os processos comunicacionais foram coadjuvantes de sucessos e desgraças organizacionais. O termômetro desses extremos é o comportamento político dos públicos - mais do que o dos mercados - em relação às organizações. Quem praticou o neotaylorismo selvagem expresso pelas reengenharias, downsizings e programas de qualidade total mal conduzidos, começa a beber o fel dos públicos. Um gosto contrário é o expressado pela qualidade total no relacionamento com os públicos e ambiente sócio-ecológico, resultado da ação de executivos e comprometimento de empresas que se fizeram respeitadas, amadas, cortejadas e admiradas pelos públicos. As pesquisas conduzidas em 1998 pelas revistas Exame ("Melhores empresas para se trabalhar") e Carta Capital ("Empresas mais admiradas") expressam em indicadores a necessidade das organizações praticarem gestões cujo o foco não esteja somente no produto e na comercialização. O desafio das empresas é mais complexo porque envolve a democratização e a humanização dos processos organizacionais - o que provoca um processo de educação dos gestores em comunicação. Isso ocorre porque os públicos modernos não engolem mais administradores analfabetos em comunicação.
 

Simpósio em Santa Catarina

O II Simpósio Aberje de Santa Catarina trabalhou uma temática que reflete esses novos tempos para a Comunicação Empresarial. Durante a tarde de 30 de setembro, em Joinville, mais de uma centena de associados e convidados daquela região debateram o tema "Por que as empresas investem cada vez mais em Comunicação?". O evento foi aberto pelo presidente da Aberje, Ruy Altenfelder, e teve prosseguimento com palestras jornalistas Luiz Egypto e Paulo Nassar, e de Alberto Duque Portugal, presidente da Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Após o Simpósio, aconteceu a entrega dos troféus e diplomas e a festa de premiação dos vencedores do Prêmio Aberje Sul 98.
 

Fórum no Nordeste

A Aberje promoveu, em 25 de setembro, no Sheraton Recife, em Pernambuco, o I Fórum Aberje/Nordeste de Comunicação Empresarial, que teve como tema "O desafio da Comunicação nas empresas do Nordeste". Como palestrantes, o evento contou com Carlos Augusto Costa, coordenador de Relações Institucionais da Chesf; José Cerqueira Filho, assessor de Comunicação Social da Copene; Eraldo Carneiro, chefe do setor de Planejamento e Pesquisa da Petrobras, e Sérgio Xavier, secretário de Comunicação do Programa da Seca, da Sudene. Após o evento foi realizada a festa dos vencedores do Prêmio Aberje Nordeste 98.
 

Ações no Espírito Santo

Em 16 de outubro, em Vitória (ES), os associados da região Centro-Oeste/Leste realizaram o Fórum Aberje Espírito Santo e a festa de premiação do Prêmio Aberje Centro-Oeste/Leste 98. A jornalista Maria Amália Bernardi, editora-executiva da revista Você (Grupo Exame) e responsável pela pesquisa "As melhores empresas para se trabalhar no Brasil", foi a conferencista da reunião. Ainda em Vitória, a Aberje-ES promoveu, em 23 de outubro, o Prêmio Capixaba de Jornalismo, que premiou os melhores trabalhos jornalísticos do Espírito Santo nas áreas de imprensa, fotojornalismo, rádio e televisão.
 

Comunicação e qualidade

Para tratar do tema "Comunicação e Qualidade", a Aberje reuniu, em 21 de outubro, os representantes de três empresas exemplares em sua comunicação com empregados e fornecedores: Copesul, 3M e Xerox. No recinto do Hotel Embratur, no Center Norte, em São Paulo, Eduardo Guaragna, responsável pelo Programa de Qualidade Copesul; Raul Viana, gerente de Relações Públicas da 3M e Cândido Domingos Portela de Barros, especialista de Qualidade da Xerox, trataram de um tema fundamental para o sucesso das políticas de qualidade total das empresas.
 

Prêmio Aberje Brasil 98

Depois de quase 6 meses de trabalho, com mais de mil trabalhos escritos nas seis regiões em que a Aberje está presente, a entidade realizou em 22 de outubro a maior festa de sua história, reunindo os campeões de todo o Brasil para conhecerem os 21 vencedores do Prêmio Aberje Brasil, mais a Empresa do Ano em Comunicação Empresarial. O evento teve como patrocinadores a Petrobras e a Souza Cruz, com o apoio da Andima, Cia.Vale do Rio Doce, Chesf, Rede Gazeta do Espírito Santo, Multibrás, Novartis, Odebrecht, Volvo, Petróleo Ipiranga e Cesp.
  

Rumo à integração

Em 17 de novembro, em Lisboa, a ACELP - Associação de Comunicação Empresarial de Língua Portuguesa promoveu, durante o 9° Encontro Nacional da APCE, a ratificação da ata constitutiva da instalação da ACELP. Ruy Altenfelder (presidente do Conselho Consultivo da ACELP) e Paulo Nassar (vice-presidente da ACELP) representaram a Aberje na data histórica para a Comunicação Empresarial dos povos lusófonos.

 
Justo reconhecimento

O vice-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi homenageado em 25 de novembro pelo presidente Ruy Altenfelder que, em nome da Aberje, reconheceu a excelência de sua gestão na comunicação oficial no período em que ocupou interinamente a governadoria do Estado. A solenidade teve lugar no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

(*) Paulo Nassar é secretário executivo da ABERJE e vice-presidente da ACELP.