Comunicação Empresarial - nº 30

Ano 8
Nº 30
1º Trimestre de 1999

          

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Comunicação analfabeta II

 

O respeito e a atenção às características locais são de suma importância para a inserção qualitativa das marcas globais junto aos públicos de interesse.

por Paulo Nassar (*)

 
"Minha pátria é minha língua", escreveu o poeta Fernando Pessoa. O que ele sentiria ao observar as marcas de dezenas de empresas que sacrificam as suas origens, suas histórias e suas línguas no altar tecnocrático de um design que quer impor conceitos globais que não respeitam o que é local? Imagine, por exemplo, uma marca como a do Itaú que, em nome da inserção em blocos econômicos como o Mercosul e a Alca, elimine o seu acento agudo e, com isso, se transforme numa palavra sintética, plástica, sem identidade e sem origem. O que pode significar algo como "Itau"? Em nome da globalidade marcas como Nestlé, Dägen-Haas não abriram mão de seus acentos, cores e origens.

Muitos gestores empresariais não conseguiram ultrapassar as bases das teorias de marketing desenvolvidas nos anos 60 por Jerome McCarthy, e ainda operam num contexto primitivo onde só são trabalhadas as ferramentas de comunicação de marketing, a publicidade e a promoção. A construção de suas marcas e imagens empresariais não se beneficia dos resultados de uma comunicação que leve em conta os públicos pertencentes a sociedade/comunidade onde atuam, e mesmo a relação local versus global.

Para quem está chegando no Brasil é preciso transferir um pouco de conhecimento histórico. Um deles é que os públicos (conceito maior que o de mercados) brasileiros, a partir de 1985 ganharam poder político para se defender de maus gestores e, depois da promulgação do Código de Defesa do Consumidor, também mecanismos legais para se defender de maus produtos. As marcas estão cada vez mais sendo percebidas pelo respeito que as empresas têm pelos consumidores-cidadãos e pelos valores, tradições, e costumes prezados por essas pessoas. Tornar marcas onipresentes em tabuletas de campo de futebol, praias (muitas vezes tirando o direito dos cidadãos à paisagem), outdoors e anúncios vários não garantem sozinhos o respeito por parte da sociedade e do consumidor.
 

Nova diretoria

Em 4 de janeiro, tomou posse a nova diretoria da Aberje. A equipe que estará à frente da entidade no triênio 1999-2001 tem Ruy Martins Altenfelder Silva como presidente reeleito. Também compõem a diretoria José Eduardo Gonçalves (vice-presidente), Rodolfo Witzig Guttilla (diretor administrativo-financeiro), Renato Gasparetto (diretor-secretário) e Paulo Nassar (diretor-executivo). O Conselho FISCAL é integrado por Roberto Parlatto, Gilberto Galan e Maria Alice Paoliello Lindenberg.
 

Aberje Cidadã

Em 13 de janeiro, em Brasília, a diretoria da Aberje foi recebida pelo novo Secretário de Comunicação do governo federal, Andréa Matarazzo. Na reunião foi discutida a imagem do Governo Federal junto ao empresariado e aos segmentos representados pelos associados da Aberje. Participaram da reunião o presidente da entidade Ruy Martins Altenfelder Silva e os diretores Paulo Nassar, Renato Gasparetto e Rodolfo Guttilla. A reunião foi agendada a pedido de Andréa Matarazzo.
 

Novos cursos

Uma nova bateria de cursos de aperfeiçoamento e reciclagem profissional foi montada para os os primeiros seis meses de 1999. Entre eles, os cursos de Midiatraining - que tem entre os seus professores o jornalista Heródoto Barbeiro, diretor de jornalismo da rádio CBN - e o curso sobre Publicações Empresariais, comandado pelo jornalista e professor Milton Bellintani, chefe de Departamento de Jornalismo da Uniban, ex-editor das revistas Claúdia, e Placar.
 

Aberje On Line

O site da Aberje On Line (www.aberje.com.br) tem grandes novidades para os associados. Duas novas estações já estão no ar e podem ser acessadas nos links Hot News e Guia de Fornecedores Aberje.
 

Prêmio Aberje 1999

O regulamento do Prêmio Aberje 1999 está sendo divulgado aosassociados da entindade e, neste ano, tem como novidade a categoria Balanço Social. Ao maior prêmio da Comunicação Empresarial latino-americana concorrem um total de 2221 categorias, tanto nas fases Regionais quanto na Nacional. Os vencedores do Prêmio Aberje 1999 concorrerão ao primeiro Prêmio ACELP - Associação de Comunicação Empresarial de Língua Portuguesa, junto com os vencedores do Prêmio APCE, da Associação Portuguesa de Comunicação em Empresas.

O regulamento do Prêmio Aberje 1999 está disponível no site Aberje On Line www.aberje.com.br.

(*) Paulo Nassar é diretor-executivo da Aberje.

 

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