Comunicação interna e o Chupa-Cabras Paulo Nassar* Papai-Noel, cegonha, lobo-mau, chupa-cabras e comunicação interna são figuras que certamente têm um papel no reino da carochinha. No caso específico do que se chama comunicação interna cumpre também a função de aumentar o faturamento de alguns consultores de comunicação e preservar o poder daqueles gestores de recursos humanos que não entenderam ainda que a comunicação eficiente é sistêmica, não compartimentalizada, e altamente prejudicial para as empresas e instituições quando nas mãos de diletantes e de amadores. Por quê? Porque comunicação interna não passa de um termo geográfico. O que as empresas, as instituições, e até os indivíduos, têm são públicos estratégicos (aqueles que têm impacto nos seus negócios e nas suas atividades). Públicos estratégicos (acionistas, funcionários, imprensa, comunidade, consumidores, autoridades, sindicatos...) que cada vez mais querem qualidade total da comunicação em empresas ou das empresas, e também de todo o tipo de emissor. Dar status de ciência ao que se pretende chamar de comunicação interna é retomar antigos preconceitos, paradigmas do tempo em que os executivos eram chamados de white collars e os operários de blue collars. No tempo do holístico, da inteligência emocional, do Mercosul, da globalização, por que não assumir, de uma vez por todas, que a comunicação em empresas deve ser integrada e profissional? *Paulo Nassar, jornalista, é autor dos livros "O que é Comunicação Empresarial" (com Rubens Figueiredo, Ed. Brasiliense) e "A Comunicação da Pequena Empresa" (com Nelson Gomes, Ed. Globo). |
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