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Nova TV

Nelson Gomes*

    
A supremacia das tradicionais grandes redes americanas está na berlinda.

Nos últimos vinte anos a audiência da NBC, ABC e CBS tem caído sensivelmente.

Na década de 70, 57% das famílias americanas no horário nobre, (das 19:00 às 23:00 horas), estavam ligadas numa dessas redes. Já neste final dos anos 90 o índice baixou para pouco mais de 25%. Queda de mais de 50%. Vários são os fatores dessa ladeira abaixo. Na terra do Tio Sam o cabo está presente em mais de 80% dos lares com TV.

Acrescente-se também a importância que vêm conquistando os canais segmentados, regionais e comunitários.

No Brasil nossas principais redes mantêm ainda a preferência do telespectador. E vai continuar por muito tempo.

O bolo das verbas publicitárias com algumas poucas modificações, leia-se um incremento das mídias extensivas, continua privilegiando a mídia eletrônica.

Os canais fechados, por assinatura, ainda não representam 10% dos domicílios com TV. Hoje, são cerca de 2.800.000. Mas existe algo novo no ar. São os canais Comunitários, ou regionais como o Canal 21.

Conhecemos o exemplo da Telecom no Rio Grande do Sul do Grupo RBS. Em São Paulo, através do sistema NET e TVA podemos assistir aos canais Comunitário (14) e Universitário (15).

O primeiro bastante incipiente procurando seu caminho, o segundo, mais estruturado, utilizando não só a força criativa dos jovens universitários como também profissionais de TV orientados por um corpo docente e atuante. E já começa a mostrar um trabalho eficiente. Os segmentos do Mackenzie e da UNISA apresentam bons momentos.

É sempre bom lembrar que antes de tudo televisão é uma concessão do governo a título precário, renováveis de tempos em tempos que tem como principal objetivo a prestação de serviço, coisas que esses canais podem muito bem fazer na medida que ainda não participam da guerra nas pesquisas de audiência.

No instante que esses canais exibem no vídeo entrevistas com a inteligência brasileira, profissionais das mais diversas áreas dividindo suas experiências, a arte popular em qualquer da suas expressões, exemplos edificantes de corretos procedimentos, estão na realidade informando, edificando prestando um enorme serviço à comunidade. E o "zapping" é um bom aliado desses canais alternativos.

Porém para que esse trabalho deslanche mais rapidamente é preciso que tudo seja desenvolvido com profissionalismo, dedicação e competência.

Desta forma o mercado publicitário poderá apoiar tais iniciativas uma vez que os preços de participações comerciais e institucionais exercidos são bastante convidativos. "Peanuts".

Fala-se muito de uma televisão brasileira, não tão ética em determinados momentos, fala-se também de uma guerra não muito limpa (como se guerra pudesse ser) em busca de pontos de audiência. Busca-se há muito tempo uma auto regulamentação para o setor.

Vivemos momentos de mudanças. E é bom estar atento.

Está chegando a hora de se mostrar o que se pode fazer ao vivo e a cores. Com dignidade.
    

*Nelson Gomes: Diretor da GTEC e Vice-Presidente da APP

  

  

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