O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou mais duas operações, no valor total de R$ 8,5 milhões, no âmbito do do Fundo Amazônia. Os recursos, não reembolsáveis, apoiarão projetos nos Estados de Mato Grosso e do Acre.
Um dos projetos, no valor total de R$ 5,3 milhões, intitula-se Sentinelas da Floresta e está sob responsabilidade da Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (COOPAVAM). Os recursos contribuirão para projeto de fortalecimento da cadeia de valor da castanha-do-brasil em comunidades extrativistas e indígenas do noroeste do Mato Grosso.
Os demais R$ 3,2 milhões destinam-se à ONG WWF-Brasil, para projeto de pesca sustentável cujo objetivo é reduzir a degradação de ecossistemas aquáticos nos municípios de Manoel Urbano, Feijó e Tarauacá, no Acre.
Mato Grosso – Constituído por ricos castanhais, o noroeste do Mato Grosso é intensivo em extração e beneficiamento da castanha-do-brasil. A cadeia tem inicio nas comunidades extrativistas, que comercializam o produto in natura com a COOPAVAM, em cuja fábrica é feito o processo de secagem e estocagem.
Para consolidar a produção, serão construídos 17 barracões distribuídos entre as comunidades extrativistas e próximo à fábrica da cooperativa, além de 16 mesas de secagem de castanha-do-brasil. As bases regionais nas comunidades indígenas vão ter melhoria na estrutura por meio da aquisição de computadores e móveis. Além disso, as fábricas da COOPAVAM e Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia (AMCA) serão ampliadas.
O Sentinelas da Floresta pretende reduzir o desmatamento e também dar visibilidade ao produto para atingir novos mercados e parcerias. Isso acontecerá através da criação de um site, de materiais de divulgação e da contratação de empresas de consultoria.
Acre – A pesca é uma das atividades mais importantes em uma área de 60 mil km² das bacias dos rios Purus, Envira e Tarauacá e mais 15 lagos na região dos municípios de Manoel Urbano, Feijó e Tarauacá. Importante fonte de alimento para as comunidades locais, a prática vem sendo explorada de maneira irregular nas ultimas décadas.
O projeto da WWF-Brasil apoiado pelo BNDES por meio do Fundo Amazônia prevê uma mobilização comunitária para implementação dos acordos de pesca, com auxilio de técnicos de instituição públicas ou organizações não governamentais.
O objetivo é intermediar debates e capacitar a população para a prática do manejo, modelo que permite a exploração com técnicas para conter os impactos ambientais e reduzir a degradação de ecossistemas aquáticos. Serão beneficiados 60 pescadores artesanais, que atuarão como manejadores, e 300 famílias ribeirinhas vão participar do sistema de vigilância comunitária dos lagos.
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